Somos diferentes

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Robin Arellano.

Você jamais saberá o quanto eu me sinto aliviado quando estou fora de casa.
É muito simples,fora de casa: me sinto  em casa.

Ter passado o dia com Finney ontem não foi tão ruim. Porém,não posso ser seu amigo,por motivos muito simples,o principal deles é porque estou tentando arruinar a vida dele. E o outro é porque Blake é um mimado,temos vidas completamente diferentes,ele não tem muito com o que se preocupar.
Tem tudo servido em uma bandeja de ouro,não precisa se esforçar para subir na vida,e dessas pessoas,eu prefiro me distanciar.

— Você ter mandado uma carta a ele estando aqui foi muito arriscado. Ele pode começar a suspeitar que seja você,até porque é com você que ele está dividindo quarto,e é estranho demais a carta ter aparecido por lá. — Vance fala me tirando de meus pensamentos.

— Ele é muito inteligente,mas é lerdinho demais para essas coisas. — Falo dando de ombros.

— Eu não faço ideia do porque está fazendo isso,é loucura, cara. Desde de quando você está se tornando um psicopata? — Ele pergunta negando com a cabeça.

— Hooper,me poupe desse seu papinho de bom garoto. O quê  fizeram com meu velho amigo?,então quer dizer que vai ficar todo certinho por seu namoradinho ser o Yamada?,me poupe. Eu só espero que você não decida me trair e contar para Bruce o que estou fazendo com o amigo dele. — Falo o olhando de forma séria.

— Cara,eu só não consigo entender o por que de você está tentando arruinar com ele,você ao menos tem interesse em ser presidente do grêmio estudantil? — ele pergunta que faço "não" com a cabeça.

— Finney tem tudo. E estou cansado de ser comparado com ele o tempo todo.
"Você deveria ser um pouco mais como Finney"," seu cabelo seria mais bonito se fosse como o de Finney","seja mais inteligente,como Finney". O fato dele ser bom em tudo me irrita,eu só queria mostrar para as pessoas que ele também erra,eu não sou o único imperfeito. — Falo com ódio aparente em minha voz.

— O que eu acho disso tudo é que você está enlouquecendo. Desculpe,Robin,mas eu não estou nessa com você,não me meta mais em seus problemas. — Vance fala saindo.

— Podemos ao menos jogar videogame hoje? — pergunto em um tom que ele escute por está meio distante.

— Vou sair com Bruce. — Ele fala de forma seca e então some de vista.

É isso aí,estou completamente sozinho.

Você não me entede,não é?,ninguém nunca me entende. Eu sou um maníaco,eu sou mau, eu sou um monstro,egoísta,sem noção.
É isso o que eu sou para as pessoas,para mim eu sou apenas um garoto com sede de vingança.

Finney Blake.

Me sinto exausto. Ainda faltam seis semanas para as provas finais.
Ninguém está pensando nisso,especialmente agora que estamos todos viajando.

Porém,eu estou pensando nisso.
Isso não sai da minha cabeça,e mesmo que eu tente,mesmo que eu tenha um dia inteiro de diversão,eu sempre volto.

Estou estudando vão fazer 7h,enquanto todos lá fora estão tomando banho de piscina agora. Ouço risadas altas,às vezes elas me tiram o foco,mas permaneço.

Ouço um barulho da porta se abrindo e me viro rapidamente.

— O quê está fazendo? — Robin pergunta com as sobrancelhas arqueadas.

— Estudando para as provas finais. — Falo em um suspiro.

— Cara,você é doidão mesmo. Falta muito tempo para as provas finais,todos estão lá fora se divertindo,e você infornado nesse quarto o dia inteiro. — Ele fala me olhando de maneira estranha.

— Parabéns,Arellano,você consegue viver de forma tão leve,é uma pena que eu não consiga fazer o mesmo. — Falo me irritando com o garoto em minha frente.

— Não sei o porque,seus pais são podre de ricos,até Juan consegiu pagar para passar no ano passado. Você se preocupa com essas coisas porque você quer. — Ele fala então não posso evitar que uma risada escape ao eu ouvir isso.

— Você não entende Arellano,ninguém nunca me entende. — Ao falar aquilo Robin me olhou de forma diferente,de forma estranha.

— Tudo o que eu sei é que você é Finney Blake. — Ele fala e então concordo com a cabeça.

— Você tem razão,é tudo o que você sabe. — Falo e ele dar de ombros.

— Robin,eu confesso,eu já senti muitas vezes uma vontade genuína de ser seu amigo. Mas,você é tão complicado,e não entendo a rivalidade que você tenta criar comigo. — Falo me levantando de onde estava.

— Eu não tento criar rivalidade nenhuma,só acho que somos muito diferentes para estarmos em uma amizade. — Ele fala e então sorrio pequeno.

— Tudo bem,então. — Falo meio desconfortável.

— Eu estou saindo,lhe aconselho a ir também,precisa se divertir.Ele fala e dou de ombros.

Talvez depois. — Falo me apoiando na porta do banheiro.

— Adiós, olvidé decirte, te ves encantador hoy. (Adeus, esqueci de lhe dizer,você está encantador hoje.) — Ele fala e não entendo absolutamente nada.

— Está me xingando,certeza. — resmungo quando ele sai e me deixa sozinho naquele quarto onde tem papéis espalhados por todo o canto da cama.

Sento no chão dessa vez e vejo algo debaixo da cama de Robin,decido me abaixar para pegar.

É uma caneta. O mesmo tom de roxo que a pessoa que me envia cartas usa.

Por um momento, passa rapidamente por minha cabeça a possibilidade de ser Robin,mas dou risada de mim mesmo ao pensar nisso. A pessoa pode ter deixado cair quando entrou aqui,ou não passa de uma coincidência.













Olá,meu leitor,o quê achou deste capítulo?

Eu ainda estou viajando,e as coisas estão sendo por uma parte boa.
Mas,tem algo que não está saindo da minha cabeça,é uma conversa que tive com meu pai em novembro do ano passado. Ele me pedia chorando para comparecer no meu aniversário desse ano,ele estava bêbado,óbvio.
(Meus pais terminaram,moro com minha mãe e meu padrasto que considero meu pai).
Ele é um bom pai,embora eu quase não veja ele,às vezes fico seis meses ou mais sem vê-lo. E então,eu sinto vergonha de falar com ele,eu sinto muita,mas eu o prometi deixar ir no meu aniversário, mas isso não depende de mim. O meu aniversário está tão longe,o ano mal começou,mas isso por algum motivo não sai da minha cabeça,se ele fosse,isso estragaria tudo,me sinto mal de falar assim do meu próprio pai,porém,ele é tão ausente que é como se nem fizesse diferença. Meu padrasto,moro com ele desde os meus cinco anos,ele é estressado demais,eu sempre o chamo de pai,embora ele tenha alguns problemas com raiva (como eu),ele sempre esteve comigo. E eu não sei o que vou fazer em relação ao meu pai,eu realmente não sei. (Se você se sentiu curioso (a) e leu isso até o final,desculpe-me, eu precisa desabafar e não sentir que estou falando com a parede).

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