Mission letters

the apocalypse party

Robin Arellano

Hoje é o dia da festa do apocalipse. São sempre às melhores festas, impossível não se divertir.

Porém eu estou indo a festa com um outro propósito, isto é óbvio, ele tem nome e sobrenome: Finney Blake.

A parte principal do plano está pronta, e você deve está se perguntando, "ainda está com essa maldita vingança na cabeça?", E sim, eu ainda estou. Embora às coisas estejam um pouco diferentes e eu tenha percebido que o Finney é só um garoto ingênuo, eu não vou parar com algo que já comecei, se tem algo que eu não deixo é algo pela metade.

{. . .}

Já faz meia hora que estou esperando o garoto de cabelos cacheados aparecer.
A festa está lotada, o cheiro de álcool e suor dominam este lugar.

Ao olhar para porta de entrada vejo o garoto assustado entrando pela mesma.
Suas mãos aparentemente estão trêmulas, mas ele mantém uma expressão neutra.

— Finney, que bom que veio. — Falo o puxando pelo braço.

— Você disse que seria diferente. — Mal consigo escutar sua voz por conta do barulho alto do som.

— Você mal chegou, a festa está apenas começando. — Falo no ouvido do cacheado para que ele possa escutar.

Ao passar do tempo, Finney não parecia está menos desconfortável, pelo contrário, ele está ainda mais inquieto.

— Robin, eu vou ao banheiro. — Ele fala saindo e não demora muito para eu perdê-lo de vista.

É agora, talvez eu me arrependa de ter feito isso amanhã, ou talvez eu me arrependa daqui alguns anos. Mas, nós não costumamos pensar nisso quando temos vingança em mente.

Finney Blake

Eu não faço ideia do porquê eu achei que era uma boa ideia vim para uma festa novamente, mesmo sabendo das consequências.

Lavo meu rosto, pare não ficar tão claro de que eu desabei naquele banheiro.

Ao sair, vejo todos me olhando de maneira estranha, alguns parecem decepcionados, outros estão rindo, e outros negam com a cabeça em minha direção.

Ao olhar para o telão, não consigo acreditar no que vejo. Tudo desabou naquele momento.

São minhas cartas, tudo o que eu escrevi está exposto alí, todos parecem saber que fui eu e não consigo parar para pensar em nada. Não paro para pensar em quem fez aquilo, tudo o que me vem a mente é que tudo está arruinado.

Não consigo controlar minha respiração,  perco rapidamente todo o controle sobre o meu corpo.

Minha visão fica embasada, tudo o que consigo ver é o Robin parado em minha frente. Sua expressão é inexplicável, suas mãos seguram os meus ombros com firmeza e eu não penso em mais nada, talvez eu perdi completamente o controle das minhas ações, pois sem pensar duas vezes eu o abraço, não faço ideia do porquê, mas eu o abraço, eu desabei alí, e ele não retribuiu o abraço, parecia está sem reação.

Robin Arellano

Eu pensei que aconteceria em 24h, pensei que poderia demorar alguns anos, mas foi em segundos, em segundos que eu senti um nó em minha garganta e me arrependi amargamente do que fiz.

Finney é um garoto inocente, é muito ingênuo para perceber a maldade em mim.

Eu o abraço de volta, sinto suas lágrimas molharem minha comisa, sinto olhares ao nosso redor, sinto medo, sinto arrependimento, me sinto perdido.

— Eu não posso Robin, eu não posso, me ajude pofavor. — Ele fala com a voz embargada e chorosa.

— O que você não pode? — Pergunto para o garoto que não me solta em nenhum momento.

— Eu não posso deixar de ser presidente do grêmio estudantil, eu não posso. Eu não quero, mas meus pais querem, não acredito que todos os meus anos de esforço, de tudo o que fiz para ser o filho perfeito, foi tudo destruído. — Finney fala tão baixo que parece mais com um susurro, porém, aquelas palavras cravaram em meu peito como uma flecha.

— Vai ficar tudo bem, tudo vai ficar bem. — Falo em seu ouvido e ele nega com a cabeça.

— Não, não dessa vez. Acabou, tudo acabou para mim, Robin. — Ele fala me soltando, limpa seu rosto e então sai dali, ao olhar para cima, vejo todos me olhando de maneira que me constrange.
Mas, ficaria ainda mais constrangido se soubessem que quem fez isso com Finney foi eu.

Não há como mudar, sempre foi assim desde o começo. Eu sou o monstro, eu sou o vilão, Finney é o protagonista, não existe nenhuma possibilidade disso mudar.

Olá, caro (a) leitor. Eu falei que iria desistir desta fanfic, que a tentativa de recomeço foi um fracasso e talvez tenha sido.

Porém, eu não falei que iria desistir para chamar atenção, pofavor, não achem que eu fiz aquilo para receber atenção, eu realmente estava pensando em desistir. Mas, eu acho que essa história tem um potencial, eu gosto do que ela passa, vai ser uma história onde vai mostrar assuntos muito importantes, e eu quero continuar com ela, eu espero do fundo do coração que vocês possam gostar.