A morte é aquele estranho
Ele vai fazer bem?
Vai fazer mal?
A gente não sabe
É aquela sombra que paira no ar
Ou que tira seu ar
Tem gente que entende
Tem gente que se desentende
Tem gente que deixa de ser gente
São segundos
Ou milésimos de segundos
Que meio que param tudo
Tudo congela
Vem o frio na barriga
A negação
E depois
Lágrimas rolarão
Ninguém sabe quando o estranho vai aparecer
Com bondade?
Com maldade?
Pra quem vai
Talvez pouco importe
A morte só existe para os vivos
Que estranham quando perdem aquele ente querido
Até vir o próximo estranho
Pra levar você
Para o seu abrigo
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Punhos de Gesso
PoetryPosso dizer, com certa audácia e um pouco de pretenção, que esta é a obra da minha vida. Sim... são anos escrevendo e compartilhando com os amigos. Talvez hoje eu esteja aqui por ter conseguido abrigo na leitura e na escrita. E hoje compartilho tud...