O novembro não foi doce,
os meses não foram doces,
muito menos os anos que vieram depois,
mas o filme foi.
Naquele tempo,
não existia um amor,
uma dor,
uma saudade.
Existia somente a ânsia
de querer viver aquilo tudo.
Uma breve romantização
com a leveza da inocência
dos que ainda não foram castigados, diria.
Aquela pessoa que aparecia do nada
mudava a vida de uma outra
que estava ali no seu mundinho...
tudo virava de ponta a cabeça.
Mas no fim... no fim era dor.
E no fim, era o que a gente romantizava - a dor por um amor que não podia ser mais vivido.
Existia uma lição moral ali? Talvez...
A questão era que novembro não foi doce,
os meses não foram doces e nem os anos.
Talvez a única coisa doce
tenha sido a idealização de tudo aquilo.
Sim...
isso foi doce.
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Punhos de Gesso
PoezjaPosso dizer, com certa audácia e um pouco de pretenção, que esta é a obra da minha vida. Sim... são anos escrevendo e compartilhando com os amigos. Talvez hoje eu esteja aqui por ter conseguido abrigo na leitura e na escrita. E hoje compartilho tud...