Meu Menino

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Ele não era de um planeta pequeno,
Nunca pediu para desenhar um carneiro,
Nem mesmo tinha baobás para se preocupar,
Também não existia rosa para chamar de sua.
Cabelos dourados?
Também não.
Mas ele era do mundo.
E o mundo passava a conhecer
aos poucos
quem ele realmente era.
Não sabia desenhar,
tampouco pedia desenhos...
Ele não precisava de traços no papel para defender seu mundo.
Sabia muito bem o que queria...
E quando não sabia o que fazer,
era sábio para pedir ajuda.
Às vezes esbravejava para baobás imaginários,
Outras vezes,
chorava...
Mas se reerguia logo em seguida
mais forte.
Sempre mais forte.
Ele não tinha uma rosa para chamar de sua...
Entendia muito bem que ninguém podia ser de alguém.
Não queria posse,
queria passe...
Passe livre para amar e ser amado.
E era amado por cada canto passava.
Ele era só amor...
E era livre...
Fazia sua morada nele mesmo.
Um campo de trigo não me faria lembrar dele.
Mas um cavalo selvagem correndo por um campo aberto
e com a sua crina negra e brilhosa,
sim.
Ele era do mundo,
ele era livre e seus cabelos eram negros.
Ele não era o Pequeno Príncipe de um planeja pequeno...
O mundo já era bem pequeno para ele,
por sinal.
Mas ele sempre seria o meu menino.
O menino que eu aprendi a amar.
Aquele que me fez olhar para o mundo
e mostrar a melhor versão de mim.
E sempre vou dizer...
- Aquele menino lá?
É o meu menino.

Punhos de GessoOnde histórias criam vida. Descubra agora