Prólogo

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-O que você acha de amanhã fazermos uma jantar para comemorar seu aniversário meu bem? -Mamãe insistia em me socializar,  só que sou uma adolescente grávida de nove meses que não tem nenhuma disposição pra fazer nada.
- Mae eu sei que amanhã é meu aniversário de quinze anos, e que tudo que a senhora e o papai queria é me da uma festa. Só que a única coisa que eu quero é descansar, pois a Aylla está quase nascendo e não tenho disposição pra nada.
-Entendo minha filha, so que você precisa voltar a ver suas amigas e...

Minha mãe não terminou a frase, minha bolsa estourou. Minha mãe grita  para o meu pai pegar a bolsa maternidade e ela me pondo no carro. Aylla não estava programa pra vim no começo de janeiro, era pra ser no final no mês,  mais fico feliz que ela tenha escolhido vim bem próximo do meu aniversário,  agora vamos poder comemorar juntas.

Chegamos no hospital e já fomos pra sala de parto, não imaginava que sentiria tanta dor, meu pai entra comigo na sala de partoe minha mãe liga pros meus avós. Ter meu pai na sala de parto me ajudando me deixa muito feliz, pois nossa relação nao e muito boa e essa atitude posso ver que ele vai cuidar da minha filha com muito amor.

-Isso Tallita tá quase lá!
Médica não percebe que já estou fazendo a maior força que eu posso?
-Quero uma cesariana.
- Não dá mais Tallita, você já está com 8cm de dilatação,  vamos só mais um pouquinho.
-Aaah!Não aguento maiiiisss!
-Tá quase lá minha filha! Faz só mais um pouquinho de força, que você vai conhecer o amor da sua vida.
-Aaaah! Vem logo Ayyyyllllllaaaaa.

Quatro horas em trabalho de parto e finalmente nasceu,  a meia noite no dia 5 de janeiro, nasceu a minha pequena Aylla. Como ela é linda, minha pequena boneca de porcelana.

Acordo as seis horas com a enfermeira me trazendo Aylla pra mamar.
- Ela é linda!
-É sim! E boazinha, achei que não iria conseguir dormir mais.
- No começo é assim minha filha. Ela parece com você.
Concordo com o que minha mãe, e fico admirando Aylla mamando, mal ela sabe como foi concebida, mudaria algumas coisas, só que ter ela em meus braços tudo fica melhor.
-Vocês podem me deixar um pouco a sóis com ela, por favor!
Todos saem do quarto e fico admirando minha pequena boneca de porcelana.

-Oi Aylla! Você é tão linda, minha bonequinha! Te amo tanto, você não sabe o quanto. -começo a chorar.-  Me Desculpe! Por não ser uma mãe que escolheu um bom pai pra você,  eu nem tive essa escolha,  fui tão trouxa minha filha.  Só que a mamãe promete que vai fazer o possível e o impossível pra sempre te fazer o bem. Você é meu maior presente,  e agradeço à Deus por ter me dado você no dia do meu aniversário,  não desejaria um presente melhor que ter você saudável nesse dia. Te amo minha bonequinha de porcelana.

Algumas horas se passam e minha madrinha, padrinho, meus avós vem me ver e conhecer a Aylla, todos ficam babando nela. Minha madrinha trás o seu novo bebê, que nasceu no mesmo dia, agora temos três aniversários para comemorar. Chega a noite e meus pais vão pra casa tomar um banho e pegar algumas roupas que não deram pra pegar ontem, pois saímos na correria.  Resolve escrever no meu diário,  gosto de deixar tudo registrado pra poder ler depois. Escuto uma batida na porta e falo que a pessoa pode entrar.

-Olá Tallita!-Olho assustada para a porta,  incrédula no que estou vendo.
-O que você está fazendo aqui?-pergunto peplexia
-Então você teve nossa filha?
-Miguel ela não é nossa filha, você só é o gênitor,  ela é só minha filha.
-Ainda magoada? Você gostou do que fizemos, não vem falar que te abusei, você já é quase uma adulta e sabe que foi tudo consentido.

Ouvir ele falar isso me deixa com muita raiva, eu não posso ter um momento de paz? Já não basta ele ter acabado com a minha vida, vem aqui me relembrar de tudo que passei? Só que dessa vez não vou deixar barato, não vou ser fraca.

-Não, não foi concedido! Eu só tinha quartoze anos e você se aproveitou da minha fragilidade. E tenho tudo documentado e logo vai vira processo.  Eu não tenho mais medo de você. Você nunca vai chegar perto da minha filha.

Falo isso e ele vem pra cima de mim,  e começa a me sufocar tento apertar o botão para chamar uma enfermeira só que ele aplica algo no meu braço e eu começo a ficar tonta.

-Nao quero ficar perto daquela criança. Só que você também não vai ver ela crescer. -ele pega o travesseiro e põe na minha cabeça. - É uma pena ter que fazer isso,  você das minhas alunas que já fiquei era minha preferida,  achei que poderíamos aproveitar mais juntos,  só que você tinha que engravidar e me por na justiça como assediador né Tallita! E agora você vai morrer, sozinha e nem vai ver sua filhinha crescer. -Tento ao máximo lutar pra tirar o travesseiro só que meu corpo não responde, estou paralisada, e só escuto ele me chingar é falar mal da minha filha.-Feliz aniversário sua vadia...

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