Capítulo 8

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-Tô morta! Como vocês consegue trabalhar lá todo ano!-pergunto no café da amanhã.
-Fizemos uma promessa desde que sua mãe morreu, porque ela gostava de participar das coisas da igreja, e isso nos mantém perto dela.-Minha avó fala passando manteiga no pão.
-Eu li sobre isso no diário,  ela conheceu um garoto na escola e ele deu uma palestra no acampamento. Vocês sabem quem era?-Os dois se olham com uma olhar assustados, e meu avô levanta com raiva.
-Você já chegou nessa parte Aylla! Quero os diários novamente, esse cara só estragou a vida da sua mãe.
- Então me conta como que foi? Esses diários são minha forma de está perto dela.
- QUERO OS DIÁRIOS AYLLA!
-Antônio sem gritar!
-NÃO! DEMOS TUDO PARA ESSA MENINA, SEMPRE CONTAMOS TUDO SOBRE A TALLITA. E ELA QUER SABER O PORQUÊ DESSE CARA NA VIDA DA MINHA FILHA?
-ESSA MENINA É A SUA NETA! QUE É MUITO GRATA POR TUDO QUE VOCÊS FIZERAM POR MIM, MAS PRECISO SABER DA MINHA MÃE.
-Aylla.-olho pra minha avó.-Sai um pouco, vou conversar com o seu avô sobre.-Reviro o olho e vou pro meu quarto me vestir.

Visto um short jeans, uma regata e minha rasterinha e pego minha mochila e ponho os diários dentro dela, não vou parar de ler eles só por causa do meu avô. Jogo a mochila pela janela e saio pela sala. Pego a mochila e vou para casa da Sara,  como conversei com ela sobre sei que ela quardaria bem eles.

-Esse assunto deixa seu avô nervoso em!-Sara fala depois que conto o que aconteceu no café da amanhã.
-Sim! Ridículo isso, mas preciso saber mais sobre minha mãe. Talvez esse cara seja meu pai.
-E isso assusta ele. Posso ficar com os diários, mas eu fosse você não estragava essa relação que tem com seu avô.
-Preciso saber, eles não foram 100% honesto comigo, e ela é a minha mãe, você não intende porque tem a sua.
-Eu sei, faz o que você sente.-Ela pega os diários e põe na gaveta dela.-Agora vamos fazer um dia das garotas?
-Vamos! Posso chamar a Amanda?-Sara assente e chamo ela. Fomos preparar nossas comidas favoritas e quando a Amanda chegou fomos ver um filme.

Ficamos a tarde toda fofocando e a Amanda contou como foi a transição dela ( se é assim que se fala). Seus pais no começo não aceitaram, foi muito motivo de discussão. Seu pai o batia e chingava e a condenou para o inferno. Sua mãe um dia cansou e pegou ela e sua irmã e foram pra cá,  fez uma medida protetiva contra ele.

-Nossa! Olha vamos está aqui pra você Amanda.-Sara fala e vai abraçar ela.
-Muito obrigada meninas, fico feliz de ter ido pra querer acampamento, lá eu conheci grandes amigos.
-E agora é pro resto da vida em garota.-Abraço elas e falo:- vamos fazer uma noite de spar sem ser anoite.-Elas ri e Sara pega seus produtos.

Passamos agila, hidratamos o cabelo, fizemos as unhas e maquiagem e tiramos algumas fotos. E foi o melhor dia da minha vida. Já era quase cinco da tarde e fomos arrumar a casa e deixar as coisas organizadas.
-Meninas o dia foi maravilhoso, mas preciso ir tenho que fazer a janta.-Amanda fala e se despede da Sara.
-Também vou,  amanhã nos vemos na escola. -Falo tchau pra Sara e vou indo junto com a Amanda.

Saímos da casa da Sara e fomos descendo, Sara mora pra cima da praça nova( que não é tão nova assim). Fomos andan ouvindo Luan Santana. Não me julgue amo ele, e sou Luanete com muito orgulho. Tava de boa cantando, se terminou foi? Se solteirou? Quando Amanda me pergunta.

-Você ficou chapada naquele dia que nos conhecemos lá no acampamento?-Olho assustada e respondo.
-Sim! O gael deu pra gente bebida e depois fomos fumar em um esconderijo.
-Ele me vende também! Acho ele barato, foi um cara da minha cidade que me indicou, eu comprava do mesmo fornecedor,  aí o preço não aumentou.
-Pera, você usa maconha?
-Comecei a usar em 2021, quando contei pros meus pais que era gay. Fui de casa e achei o cara que me vendia antes. Ele me ouvia e ficávamos as vezes. Aí depois que falei que era tans ficou mais pesado e comecei a usar com mais frequência.
-Nossa! Não imagino a barra que você teve que enfrentar.
-A maconha me relaxa e consigo levar isso a diante sem fazer besteira. Quer ir comprar comigo?
-Melhor não, se meus avós descobrirem....
-Eles não vão,  e a maconha ajuda muito, vai te deixar mais relaxante para tomar as decisões.-Concordo com ela e a acompanho.

Passamos pela praça e ele morava bem na esquina, a mãe dele atende a porta e entramos, a casa por fora não parecia uma casa desarrumada, mas por dentro a casa parecia um lixão.

-Olá menina! Qual a honra de vocês vinheram aqui?-Gael fala saindo do quarto.
-Quero comprar R$20,00 do seu saquinho especial.
-Hum! Espera aqui que já trago.
-Melhora essa cara,  compra pra você também, você vai se sentir melhor.
-Aqui princesa! E você gatinha, vai querer não?
-Vou querer o mesmo tanto que o dela.
-Isso aí garota!
-Sabia que iria pedir, então trouxe pra você.  Sempre que precisar é só chamar.

Damos meia volta e fomos embora. Fomos fumando até a minha casa, chego em casa e meus avós estão na sala.
-Finalmente voltou!- Minha vó vem me abraçar e eu desvio.
-Sai como a senhora pediu!
-Onde está os diários.
-Escondido, o senhor deixou eu ler e eu vou ler.
-Voce mora na minha casa...
-Não é só sua, o senhor está agindo comigo do mesmo jeito com a minha mãe. O Senhor gostou de ler aquilo depois que morreu?
- Não! Mas...
-Mas nada vô, saiba conversar comigo, eu só quero saber mais sobre minha mãe,  e tenho que saber quem é meu pai.
-Voce não quer saber, ele desgraçou a vida da sua mãe.  A única coisa boa foi você.
-Deixa eu decidir isso, já sou quase adulta, tenho que saber tomar as minhas decisões.
-Certo! Mas queremos saber sobre o que você tá lendo e o que acha.
-Certo!-abraco eles e vou pro meu quarto.

Eu sei o que aconteceu Onde histórias criam vida. Descubra agora