É bom estar viva. 🖤

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Ao fechar a porta atrás de si, ela ouviu as vozes afobadas de Gui e Remus, correndo na direção das mesmas.

-Remus: Se acalme Arthur, nós vamos te levar ao médico!

Ela parou na porta escancarada ao ver Arthur no colo de Remus, as vestes do homem estavam rasgadas e ensanguentadas. Ele parecia inconsciente.
Gui tentava fazer o pai beber água, mas o homem não abria os olhos de maneira alguma.
Ela correu para dentro do imenso cômodo, começando a procurar a cobra que Harry sonhara.

-Remus: Gui, leve seu pai ao hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos. Lá eles vão conseguir aplicar os primeiros socorros devidamente. Eu vou atrás do que causou isso a ele.

A menina avistou uma porta aberta, ainda dentro do cômodo, correndo na direção da mesma.
Se arrepiou ao ver o rabo de uma imensa cobra dar a curva para outra porta do pequeno corredor que se estendia ali.

Remus vinha correndo, parou ao ver a cara de pânico da filha. Ela disse em silêncio, apenas movimentando os lábios: "Tem uma cobra aqui"
e fez menção de que era algo grande, Remus logo entendeu.

A cobra parou, o que fez Black recuar. Lembrou que cobras sentem as vibrações e se desesperou.

-Black: Pai, corre! — ela puxou o pai pelo braço correndo para a única porta aberta do cômodo.

Atrás deles, móveis caiam e o barulho do rastejar da cobra ecoava fortemente por todo o local.
A cobra murmurava palavras desconhecida por eles, e avançava em uma velocidade que dava a black uma sensação de desespero.

A menina e o pai passaram pela porta, ela logo bateu a mesma, se inclinando para mantê-la fechada. Remus, o qual não notou a ausência da filha seguiu caminho.

-Black: Pai!! Vai para a cabine!

Ela se desesperou ainda mais ao ver o pai parando e a encarando.
Ele viu a garota fazendo força, logo observando o focinho da cobra gigantesca aparecer

-Remus: Não vou te deixar para trás.

Ele começou a correr na direção da filha ao invés de correr para a saída.

Não... ela pensou afobada, sendo empurrada e logo se pressionando contra a porta novamente.

-Black: Por favor... — ela sentiu as lágrimas caindo, a falta de ar se fez presente a cada passo do pai em sua direção. — ...você tem que viver!

Ele soltou um grito quando a cobra empurrou black no chão.

A poeira do concreto quebrado pelo animal gigantesco se espalhou pela sala.
Com uma dificuldade gigantesca a menina tentava alcançar a varinha a sua frente, sentindo o peso da cascavel sobre seu corpo.

-Black: Merda! — ela disse, se esticando cada vez mais

Sentiu a boca da cobra agarrar seu pé, logo a arremessando sobre a parede. Quando tudo girou e ela sentiu uma dor latente na cabeça, ouviu ao fundo:

-Remus: Cruciatus!

O animal se retorceu, soltando um grito sofrido.
A menina tentou se levantar, mas logo caiu novamente, vendo o cômodo girar.

-Black: Céus... — sussurrou sem força, caindo trêmula sobre o chão sujo.

Observando o que conseguia enxergar, ela viu de relance o pai com os olhos marejados e com os punhos cerrados gritando com o animal agoniado.

Colocou as mãos sobre o chão, em frente ao peito, empurrando com força o corpo.
Quando se pôs de pé, ouviu um ruído alto no ouvido esquerdo. Mancando um passo à frente, quase que em um tropeço.
Quando ela olhou para as próprias mãos, as viu vermelha de seu sangue.

Wolfstar e black🐺🖤🐾Onde histórias criam vida. Descubra agora