Confio em vocês🖤

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-Siriús: Bom dia, querida!

A menina abriu os olhos com dificuldade, sentindo o braço de alguém pesar sobre seu corpo.
Conseguiu ver a silhueta de siriús se inclinando em sua direção, estava começando a se adaptar com a luz quando sentiu a pessoa ao seu lado se mexer inquieto, ouvindo o ronco baixo do mesmo.

-Siriús: Sei que você está um pouco perdida, desculpe te acordar tão cedo. — ele cochichava passando a mão no cabelo da mesma. — mas, hoje, infelizmente é lua cheia, e mesmo que seja de manhã, a lua está no céu. Só não está visível o suficiente para fazer com que você e Remus sofram transformações, ou algo do tipo.

Ela olhou para o lado, aonde Remus dormia pesado.
Os três estavam sobre um colchão que fora colocado na sala dos weasleys. Harry estava deitado no sofá, por opção, pois gostava da companhia de siriús e Remus.

Ela se sentou na cama, vendo os raios de luz passarem pela fina cortina. Siriús a analisou preocupado, intercalando o olhar entre a filha e o marido dormindo.

-Siriús: Como está se sentindo?

Ela o olhou, ainda atordoada pelo sono. Sem muita vontade de dizer algo.
Siriús notou a dificuldade, se sentando de pernas cruzadas em frente a filha.

-Siriús: sente tontura, enjoo ou raiva?

-Black: Me sinto... — ela bocejou. — cansada.

Siriús sorriu.

-Siriús: Temos que ir para a floresta. Sei que está cedo, mas vamos aproveitar para analisar o perímetro. Molly deixou o café pronto, voltaremos na hora do almoço e depois ficaremos até a fase de lua cheia acabar.

Ela assentiu, se levantando e estendendo a mão para que o pai se levantasse.
Ele deixou um selar na testa da filha, seguindo para a cozinha de Molly.

Em um cômodo silencioso e vazio da casa, black se trocou, agasalhando-se para o frio estridente que fazia lá fora.
Colocou um casaco de lã preto por cima de uma camisa branca, também quente para suportar a temperatura externa.
Calçou as botas pretas como os pelos de siriús em sua forma animago, e então, seguiu para a cozinha.
Siriús notou que a calça da menina era a que ele usava em sua adolescência. Sorriu, tendo boas lembranças.

Com os dedos, a menina "penteou" o cabelo, para que as "ondinhas" mal definidas dele não se desfizessem. Cansada, ela se sentou em uma cadeira e começou a comer o bolo que Molly havia feito.
A senhora Weasley havia voltado do hospital na noite anterior, mas já retornara para lá pela manhã, segundo Siriús.

-Siriús: Já avisei a Carlinhos e ele disse que nós temos que voltar meio dia. — ele observou o marido sonolento coçar os olhos inchados enquanto se aproximava em passos lentos

Remus beijou a cabeça da filha, sentando-se ao seu lado e se servindo de panquecas.
Ele não falava muito em dias de lua cheia.

-Black: Pai, se estiver cansado não precisa ir com a gente. Eu me viro com o papai.

Siriús negou

-Siriús: eu prefiro ir com vocês. Não me sinto cansado e, quero analisar o que eu deveria ter analisado a tempos. — ele apontou para a menina e depois para o marido. — em específico, você, garotinha.

Ela sorriu, voltando sua atenção agora, para o Remus silencioso ao seu lado. Ele parecia mal-humorado, comia sem dar bola para assuntos externos.

-Black: o senhor fica fofo com essa carinha de pato que  faz.

Viu Remus a olhar de canto, e ouviu a risada baixa de siriús. O homem de pouco humor sorriu, empurrando de leve a menina.

-Black: Tenho que deixar o Qilin e bicuço prontos. Vou tratar deles e já volto.

Siriús assentiu. Iniciando uma conversa séria com o Remus ranzinza.

A menina passou por Harry, o qual dormia de óculos. Ela tirou o óculos do mesmo, colocando sobre o colchão, somente depois, seguindo para a porta de entrada da toca.

Ao sair, se arrepiou com o frio, mas sorriu ao sentir flocos de neve caindo sobre seu rosto.
Correu para uma pequena casinha que ficava pouco afastada dali. Aonde os weasleys guardavam as bagunças ou objetos trouxas de Arthur. Molly havia deixado legumes para o Qilin. Black os cortou na noite anterior e os deixou dentro da casinha. Para bicuço, infelizmente animais abatidos. O que black odiava, tinha de admitir.

As duas criaturas galoparam ao seu encontro, e ela sorriu, acariciando o pelo do Qilin e as penas de bicuço.
Com cuidado, deu a eles a comida, e observou os arredores enquanto ambos comiam.

Viu as árvores que se estendiam para trás da casa, sentindo um arrepio percorrer o corpo.
Para o outro lado, um pântano se estendia, repleto de muitas plantas úmidas e gigantes, as quais a menina preferia evitar.

-Black: Seria fácil se perder ali... — sussurrou amedrontada pelos pensamentos intrusivos que a perseguiam.

Ouviu a porta bater, vendo Remus caminhar um pouco desajeitado em sua direção.
Ele colocava as mãos enluvadas dentro do bolso do casaco, e suspirava, adaptando-se a temperatura brusca daquela manhã.

-Remus: Está se sentindo bem?

Ela assentiu

-Black: Me sinto normal. Só estou um pouco enjoada.

Ele a olhou pensativo.

-Remus: Está com medo.

A menina desviou o olhar que antes estava no pai, para as imensas árvores atrás da toca.
Ele acompanhou o olhar, colocando um braço sobre o ombro da filha, a acolhendo mais para perto de si.

-Remus: Siriús me prometeu que não sairá do seu lado.

Ela deitou a cabeça sobre a lateral do corpo do pai, sentindo o cheiro de chocolate que suas vestes tinham.

-Black: De noite é muito escuro por lá... eu imagino que pouca luz se passa por dentre as árvores.

Ele assentiu, acariciando o ombro da mesma.

-Remus: Mas não precisa se preocupar com isso. Levaremos um lampião. Eu não me lembrarei de nada, mas não sei como você age ou como tudo fica para você após a lua. Siriús estará sempre por perto. Sei que tem medo do escuro e que seus pensamentos intrusivos estão em alerta com tudo isso, mas tente se manter calma.

Ela respirou fundo, olhando para o pai.

-Black: confio em vocês.

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