Não pode ficar aqui 🌕

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Os três caminhavam floresta a dentro, enquanto o pequeno Qilin pulava por entre os arbustos.
Remus intercalava o olhar entre o caminho e a filha, a qual, parecia absorta em seus pensamentos, não dando a mínima para seu redor.

Siriús parou, vendo os dois pararem atrás.

-Siriús: Aqui é afastado o suficiente. — ele se sentou, abrindo a mochila que trazia, deixando um lampião apagado encostado sobre as raizes expostas da árvore. — Temos tempo o suficiente para planejarmos tudo com calma e cautela.

Remus assentiu, sentando-se no chão, próximo ao marido.
Black olhou para os lados, parecendo perdida. Mas logo se juntou aos pais.

-Black: Ando zonza. — admitiu, ficando o olhar sobre os pés, logo abraçando as pernas. — não me sinto bem.

Os olhos da menina marejaram, ela abaixou a cabeça, não querendo preocupar os pais.
Ambos se encararam.

-Remus: Quando eu tinha sua idade...— ele disse, agora olhando para a filha cabisbaixa. — eu e Siriús amávamos sentar próximos ao lago que tem em Hogwarts. As vezes, James e Pedro se juntavam a nós, mas eram momentos mais íntimos. Tem uma árvore com as nossas iniciais lá.

Ele ouviu um risinho baixo vindo da filha.

-Siriús: Eu que escrevi! — admitiu orgulhoso, sentando-se mais próximo da menina. — Foi lá que nós nos beijamos pela primeira vez.

Os dois se olharam com amor.

-Black: Se algum dia eu voltar para hogwarts, vou encontrar a árvore. — ela disse , ainda com o rosto sobre os joelhos. — prometo.

-Siriús: Fique tranquila... — ele olhou para a posição do sol. — meio dia voltaremos para a toca. Quando estiver anoitecendo retornaremos para onde o lampião estiver.
•••

-Siriús: Certo. Harry, pode ir soltando a Black. Temos que ir urgentemente, já são quatro da tarde. — ele dizia, analisando o marido inquieto do outro lado do cômodo

-Harry: Não posso ir junto?

Siriús negou, vendo Harry se soltar de Black. A menina cambaleou, perdida em pensamentos indecifráveis. Os olhos dela estavam marejados e o rosto pálido. Ela encarou siriús tentando sorrir e falhando miseravelmente.

-Black: Vamos? — disse quase que em um sussurro.

Siriús assentiu.

-Siriús: Harry, voltarei pela manhã buscar alimento. Não vão até a floresta a menos que eu os chame, estão entendidos?

Rony e Harry assentiram. Gui e Carlinhos observavam a mudança repentina de humor da garota, agora triste.

Remus agarrou a mão da filha, e sem delongas marchou com ela para fora da casa, indo em passos firmes até a floresta. Ouviram siriús gritar:

-Siriús: Não se esqueçam de trancar as portas! Se precisarem de algo enviem um sinal! — disse, fechando a porta e correndo para alcançar ambos.

Os passos de Remus eram firmes e ele mantinha uma expressão rude. Segurava a mão da filha com pressão e olhava apenas para frente.
Black encarava os arredores assustada, sentindo uma vontade imensa de chorar que não lhe cabia no peito. E siriús, se transformara em um enorme cão e corria para chegar ao destino antes que Remus e Black.

-Remus: Não se preocupe. — disse brusco.

Ela assentiu, começando a chorar em silêncio.
A lua mexia no emocional de ambos, sendo a raiva, predominante em Remus e a tristeza em Black.

Siriús se sentou ao lado do lampião, ainda em sua forma animago. Indicou com a cabeça o lampião, para que Black acendesse, assim ela fez.

A garota se sentou em uma árvore pouco distante, vendo Remus ir para mais longe. Siriús ficou no centro, aguardando a chegada da lua sobre os céus.

-Black: Devo ficar aqui?

Remus negou, fitando o chão.

-Remus: Vá para mais dentro da floresta. Em algum lugar longe de mim.

O cachorro de pelos negros se colocou no meio de pai e filha e latiu irritado

-Remus: A minha transformação é agressiva! Ela não pode ficar aqui.

Siriús surgiu no lugar aonde antes o cachorro estava

-Siriús: Remus, eu tenho que ficar de olho em vocês dois!

Os dois se encararam
Siriús se assustou ao ouvir um soluço vindo da filha, vendo a menina cair de joelhos no chão.
Remus imediatamente olhou para o chão, evitando o céu quase noturno.

Siriús correu até a menina, se abaixando e encarando o rosto da garota.
Os olhos da menina marejavam e revelavam a cor vermelha. Os caninos estavam visíveis e a pele estava pálida. Ela apertava com força os próprios braços, sentindo uma dor estonteante pelo corpo.

-Black: Me ajuda... — suplicou em um sussurro

Remus a olhou de canto, sentindo uma pontada forte no peito.
Siriús colocou uma mecha do cabelo da garota para trás de sua orelha, a abraçando forte.

-remus: Filha, papai está aqui.

Ela não ouvia mais. Com dificuldade, se levantou, virando-se lentamente para trás e fitando os olhos sobre a imensa lua cheia que pairava o céu.

Siriús olhou assustado para o marido, o qual fitava o chão, afim de ver o que aconteceria com a filha, antes que perdesse a consciência.

-Black: Sai daqui pai. — chorou e como se um estampido estralasse vindo de algum lugar. Caiu sobre os braços de Siriús.

O homem se assustou, pegando a menina no colo e observando o rosto pálido da mesma.
A boca sangrava, a medida que a menina pressionava os dentes, afim de não morder o pai, os olhos refletiam a luz da lua e a respiração estava acelerada.

-Black: Sai daqui... por favor.

A menina tentou se levantar, sentindo uma dor forte latejar a cabeça, caindo para trás.
Siriús se transformou em um cachorro, no tempo exato em que a consciência da menina sumira.

Ela olhou, perdida, para os lados, parando assustada para analisar o cachorro enorme a sua frente.
Remus se pois em caminhada para longe deles e em instantes, a garota ouviu os grunhidos de dor do homem.

O cachorro latiu, abanando o rabo freneticamente, a menina perdida sorriu, revelando o sangue sobre alguns de seus dentes.
Seu próprio sangue.

Rodou, sentou, deu a patinha, até que a garota dormisse. E seguiu então floresta adentro atrás do marido.

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Wolfstar e black🐺🖤🐾Onde histórias criam vida. Descubra agora