Tempos sombrios nos cercam 🖤

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Já em casa:

-Black: ...Então eu sai do cabeça de javali e encontrei vocês.

Os quatro assentiram.

-Gui: Bom, os comensais estão por aí.

Black assentiu, observando as expressões de cada um

-Black: Deveria haver algo que pudéssemos fazer. Talvez um feitiço de proteção sobre Hogsmade

-Remus: Não funcionaria, o perímetro é extenso, além de que nosso prazo é curto tendo como ponto de partida, o fato de que comensais andam deliberadamente pelas ruas.

-Black: Mas que merda... — a garota morde o próprio lábio, pensativa. — Teríamos que questionar Severo, então. A não ser que não confiemos mais nele.

-Gui: Nunca tivemos total confiança

-Remus: Nossas apostas estão em Alvo.

Remus se locomove, a xícara de café em mãos, logo afastando as cortinas para observar a janela

-Remus: Tempos sombrios nos cercam.

•••

(A partir daqui, a história se passará em primeira pessoa, na visão de Black).

Quando a noite se aproxima, me preparo para seguir em direção a floresta. Minha primeira lua cheia após a morte de meu pai.
Remus, em meu encalço, está em silêncio. A lua o detona em todos os quesitos possíveis, mas no momento não sou capaz de sentir empatia alguma pela pessoa que mais amo no mundo.

Paro e me sento sobre a raiz de uma grande árvore, o vendo seguir seu caminho para o centro da floresta.
Antes de sumir na escuridão, vejo seus olhos se voltarem para mim de forma rápida e cansada.

Alguns minutos são o suficiente para que os gritos de dor e agonia comecem a circular. Não entendo como os trouxas não são capazes de ouvir, ou sequer sentir algum arrepio perante a isso, mas até então, nenhuma reclamação chegou a nós.

Me sinto fria, gélida como um cadáver, insensível como uma pedra, mas não há mudança alguma além disso.
A lua está no meio das árvores, pairando linda e maléfica no céu escuro rondado de estrelas, ouso encara-la, mas o máximo que sinto é uma coceira horrível nas cicatrizes.
Quando as toco, sinto que minhas unhas estão notoriamente maiores e brutais, mas essa é uma das poucas interferências que me atingem.

Não tenho sono, pouquíssima fome e nada de sede.

Me levanto, intrigada, seguindo em direção a tremenda escuridão. Alguns grunhidos e uivados são dispersados por minha mente, mas sei perfeitamente que não são meus, assim, continuo meu trajeto sem destino.

Poucos minutos de caminhada são o suficiente para que eu alcance uma área um pouco aberta.
Um pequeno riacho se estende, refletindo em dobro a imagem redonda e brilhante que ilumina os céus.

Lua maldita.

Me sento, a noite vai ser longa, isso é notório.
Como meus pensamentos estão avulsos, apenas observo a imagem refletida, sentindo as cicatrizes pinicarem.

A coceira passa a se tornar intensa, mas ignoro.

Em pouco tempo, meu rosto arde, arde como fogo, e então, adormeço, ouvindo o uivado lamentável de meu pai ao fundo.
A última coisa que sou capaz de ver, é uma pequena borboleta, negra como a escuridão, pousando sobre meu rosto.

•••

O sol começa a nascer, mas estou em um lugar diferente, noto isso ao ver a janela que ouso reconhecer.

Aos poucos me levanto, mas noto que não consigo enxergar bem com meu olho direito.
Toco a pálpebra, e ouso evitar um grito ao sentir a profundidade de minha cicatriz, antes tão superficial.

-Black: Merda...

-Molly: Querida!! — A voz chorosa e alta ecoa atrás de mim.

Me levanto de supetão, correndo na direção de Molly Weasley, a qual me abraça com força, acariciando minhas costas.

-Molly: Senti sua falta — o choro exagerado me faz sorrir. — Eu sinto muitíssimo pelo que aconteceu, você não merecia passar por isso, é só uma criança!

Me separo, selando sua bochecha

-Black: Também senti sua falta, senhora Weasley!

Um estrondo na cozinha me faz fechar os olhos com força. Por algum motivo, sinto que minha audição está tão apurada que seria fácil uma dor de cabeça apenas com o tilintar de uma moeda.

Molly esbraveja, correndo em direção ao acúmulo de ruídos.

Quando abro os olhos, noto que a um pequeno reflexo meu em uma das janelas.
Me aproximo, assustada ao notar as cicatrizes extremamente aparentes. Um pouco de sangue seco respinga em meu rosto, mas é notável que alguém está cuidando de mim recorrentemente.
Estou aqui na toca a uma semana, no mínimo.

Ajeito meu cabelo, seguindo em silêncio na direção da confusão.

Harry está encostado sobre a pia, ao seu lado, Remus conversa calmamente.
Rony e Gina discutem e consigo ver Hermione ajudando Molly a limpar cacos de vidro.

Rony é o primeiro a me ver, se assustando.
Seu rosto permanece naquela cara de bobo surpreso enquanto começo a rir, atraindo a atenção de todos.

-Black: Boa noite, eu acho.

Hermione se levanta, agarrando-me em um abraço afoito.
Não há tempo para palavras quando Harry e Rony se juntam a nós.

Pela primeira vez dês de que meu pai se foi, me sinto bem.




Galera, eu sei que eu sumi, e tenho que me desculpar imensamente, está bem? Estou perdida, não posso mentir, mas vou voltar com tudo

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Galera, eu sei que eu sumi, e tenho que me desculpar imensamente, está bem?
Estou perdida, não posso mentir, mas vou voltar com tudo. Essa reta "pré-final"  já está sendo planejada, de acordo com os filmes.
Vou tentar ser mais fiel a ordem cronológica da coisa toda!
Estou tentando evoluir na escrita, pois relendo os últimos capítulos, me senti desapontada comigo mesma.
Espero que estejam bem, e saudáveis!
Com carinho, Manu 🩷

Wolfstar e black🐺🖤🐾Onde histórias criam vida. Descubra agora