𒀽 Epílogo: O Início do Fim 𖣚

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𒀭 ׅ ֹ 𖤐 𒈝 𖤐 ֹ ׅ 𒀭

Um sentimento de volta toma conta de mim, puxando o ar para meus pulmões como se houvesse por muito pouco não morrido afogado. Demorei poucos minutos para me habituar com a mudança de ambiente, este que me encontrava agora estando repleto de luminosidade.

Não havia nada à minha volta além de pequenos pontos de luz, que eram até demais para conseguir contar. Aproximando-me de um, apercebi-me de se tratar de meteoro cintilante e cercado por fogo, provavelmente uma estrela.

Eu não estava em local nenhum que fosse desconhecido, apenas perdido no meio do espaço sideral. A confusão estava estampada em meu rosto, tentando entender o que exatamente havia acontecido. É isso que há após a morte? Ou eu não morri, e sim fui teletransportado para o meio do nada? Alguém me salvou? Ou foi algum efeito colateral de tanto haver viajado no tempo? Ou, como Tails disse, fiquei preso nas dimensões do passado, presente e futuro naquele espaço continuum ou algo assim?

As perguntas eram infinitas, e as respostas, limitadas. Havia apenas uma verdade, mas qual?

Meus olhos foram tomados por uma claridade maior, que me veio a crer que estaria próximo do Sol. Cobrindo-os com os braços, permaneci esperando a volta da escuridão, que não parecia chegar.

O que despertou-me mesmo foi um toque gentil no ombro, seguido de uma voz melodiosa que conhecia muito bem, deixando-me novamente confuso sobre o que era ou não real.

— Eu estava esperando por você.

Agilmente, tratei de olhar para Shadow em minha frente que, assim como eu, flutuava na gravidade baixa e brilhava tanto quanto as estrelas que nos cercavam. Ele continha um sorriso amigável no rosto, continuando a fala quando percebe que meu choque era demasiado grande para ser capaz de reproduzir algum tipo de som.

— Você morreu mesmo, Sonic. Mas a morte não é o fim.

Compreendendo o pouco que me foi dito, pulei em seus braços, sendo recebido com um caloroso beijo de sua parte, o qual não neguei e retribuí instantaneamente. O ouriço, contente com isso, não largou-me nem após o término do ósculo, fazendo um leve carinho em meus espinhos brilhosos.

— Nós não temos a vida para viver juntos, mas temos isso aqui — filosofou ele, sorridente.

— Isso só prova que nem a morte pode nos separar.

Juntando nossas testas, seus olhos fechados para apreciar o momento, ditou:

— E você achava mesmo que qualquer coisa do universo iria desfazer nossos destinos conectados? Sempre fomos destinados um ao outro, e agora seremos eternamente um só.

E, como que para selar o que havia dito, assim como para provar que estava certo, colou nossos lábios novamente, beijando-me como se esta fosse a última vez.

𒀭 ׅ ֹ 𖤐 𒈝 𖤐 ֹ ׅ 𒀭

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