I. Shipwreck

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Naufrágio

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Naufrágio

Foi num dia ensolarado, sem nuvem alguma no céu, o que contrariava todas as tempestades que surgiriam no futuro distante.

Daemon Targaryen fumegava mais do que seu dragão, Caraxes, conforme cavalgava pelas encruzilhadas daquela ilhazinha onde estava preso. Muito em breve, algum dos cachorrinhos de seu irmão apareceria por lá, seus rostos concentrados em tomar-lhe um certo item. Seus ombros já se encontravam num estado dolorido de tensão, parcialmente por irritação.

Maldito fosse Otto Hightower. Maldita fosse a porra de sua filha, sua linhagem inteira, o que quer que fosse. Seu irmão era tentado a agradar a todos em seu conselho e na corte geral, mas ele não tinha muito desta necessidade. O que mais desejava naquele momento era entrar no palácio em Pedra do Dragão e arrancar todas aquelas cabeças, talvez até dá-las para Caraxes comer. Seriam muito mais úteis daquela forma.

Uma onda violenta se chocou contra o precipício ao lado do Targaryen, fazendo-o virar o rosto. Há uma semana que as tempestades marítimas não davam sinal de parar, impossibilitando que ele levasse seus soldados para qualquer lugar que fosse. Podia, claro, montar em seu dragão e se distanciar do tédio sofrível que a falta de movimento lhe causava, mas agora não. Com um ovo de dragão ainda quente em sua posse, era muito arriscado ir a qualquer lugar. Bem, pelo menos ele não era o rei. Tinha raiva disso também. A esposa de Viserys mal tinha morrido e eles queriam lhe empurrar uma criança mal saída das fraldas como nova mulher... tudo por conta de um herdeiro que, quer eles quisessem ou não, já existia. Ele imaginou se ela viria buscá-lo naquele lugar remoto onde as ondas eram mais fortes que os cavaleiros que a protegiam.

A amante, há alguns metros atrás, reclamava sob a respiração sofrida de tanto andar a cavalo. Queria tanto que ela calasse a boca.

— Vossa Graça — chamou a mulher, interrompendo o galope do garanhão preto do príncipe. — Até quando iremos cavalgar?

Daemon virou o rosto apenas para que ele visse seus olhos cheios de desdém.

— Cavalgamos até eu dizer para pararmos — respondeu ele, voltando o cavalo para o Norte. Haviam algumas flores espalhadas pelo vale e abaixo dele onde a rocha substituía o gramado. — Deve haver um espaço grande o suficiente para Caraxes descansar.

Nepenthe [AEMOND TARGARYEN]Onde histórias criam vida. Descubra agora