(Revisando ortográfia)
S/n está no segundo ano de literatura na universidade Corrigan, e diferente dos de mais alunos, tem trabalhado duro para manter suas notas acima da média e honrar a sua bolsa que ganhou. Com os trabalhos da Universidade, pale...
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Vocês estão deitados imersos no silêncio ainda nus por debaixo dos lençóis, Roman faz carinho em suas costas nuas e você repousa a cabeça no peito dele. Já está totalmente escuro mas nenhum de vocês queria se mover para ligar as luzes. Tudo o que querem é ficarem presos naquele momento pelo máximo de tempo que puderem.
-Como conseguiu essa cicatriz? -Ele pergunta tateando o lado direito de suas costas.
-Caí da escada quando eu tinha 1 ano. -você explicou.- Minha mãe tinha ido até o bar. Quando acordei me assustei e tentei descer as escadas.
-Ela deixou você sozinha? -Ele sussurra com descrença enquanto mexe em seus cabelos.
Aquela pergunta te faz sentir vergonha porque para você aquilo foi só mais uma coisa numa lista de coisas ruins que aconteceram na sua vida. Mas ouvir Roman perguntar daquela forma te faz enxergar o quanto você não foi protegida e cuidada.
Quando se tem um pai ou uma mãe que tem problemas com drogas ou álcool, absurdos passam a ser rotina. Como alguém consegue viver assim? Se acostumar com uma vida assim faz você não enxergar os limites do que é saudável e do que não é.
-Um vizinho me ouviu chorar. Ele quebrou uma janela e encontrou. Ela só apareceu 3 horas depois.
Você puxa o lençol para cobrir a cicatriz e suspira fundo tentando se afastar daqueles sentimentos e da sensação de abandono que sempre te acerta no estômago quando fala sobre sua mãe.
Roman puxa sua mão e leva até o meio do peito dele. E você nota um desnível. Um lado mais elevado e do que outro lado do peito.
-O que é isso? - você pergunta tentando disfarçar o espanto
Mas mesmo assim ele nota e se permiti rir de sua reação.
-É uma má formação-explicou o rapaz.
- nunca notei, sempre teve isso.
-Quem me dera. - ele diz - isso... Foi presente do meu pai.
Roman suspira pesadamente e evita contato visual. É Esse assunto parece ser uma ferida antiga que deve estar custando um esforço emocional enorme para verbalizar essas lembranças. Mas ele o mesmo assim ele faz. Porque se sente seguro, confortável e nem um pouco julgado.
-Meu pai não era um cara legal. -falou encarando o teto- E sempre que estava irritado com alguma coisa, ele me pedia para ir ao escritório dele e me batia até a raiva passar.
Seu estômago se revira e seus olhos se enchem de lágrimas, mas você faz o máximo para que ele não note que você está prestes a chorar. Então você continua a escutar.
-Não importava se era culpa minha ou não, ele não precisava de um motivo plausível, nunca precisou. -Roman dá um riso melancólico- Ele só fazia porquê podia fazer. Os socos no peito causaram essa má formação com o passar dos anos.
