O choro do nascimento; a segunda criança de Tonowari e Ronal nascia. Naquela noite iluminada pelas estrelas do céu, Eywa lhes concedeu aquela pequena e frágil criança.
Amiryat, este foi o nome dado a pequena esperança que se acendeu no coração de todo o povo naquele dia. Esperança, seu nome significava esperança.Com o passar dos anos, aquela pequena na'vi se tornou uma jovem, uma jovem admirável ao olhar do povo. Possuía a coragem de sua mãe, e a força de vontade e grande coração de seu pai. Era amável, esperta e possuía um grande coração, um coração forte.
— Pegue aquela ali. — Ronal apontou para a concha próxima a orla da praia. A jovem Amiryat se aproximou, em pequenos saltos, retirando a concha do chão e se aproximando de sua mãe. — Aqui mamãe! — Encarou a criança com um sorriso fechado e pegou a concha de sua mão. Ronal raramente demonstrava seus sentimentos, preferia guarda-los para si, mas isso nunca a impediu de criar laços e ter bons momentos com seus filhos.
Tecia o novo acessório da garota, e a concha pega seria o toque final; Amiryat sentou-se ao lado da matriarca e balançou suas pernas, observando o que a mulher fazia.
Após tecer o acessório, colocou-o sobre a cabeça da pequena na'vi, que instantaneamente sorriu. A mulher o olhar para Tsireya, sua filha caçula, que brincava perto da orla do mar; Amiryat e Tsireya possuíam apenas um ano de diferença, o que as faziam se darem tão bem. Aonung, diferente das irmãs, estava sempre tentado irrita-las com suas brincadeiras, que na concepção das duas garotas, eram sem graça.
A garotinha se levantou, e caminhou até a borda da água, observando o que Tsireya fazia, com certa curiosidade. Se aproximou lentamente da irmã, pegou uma concha no chão e entregou a ela. — Olha 'Reya! Essa concha é bela, me lembra você! — Sorriu para sua irmã, que sorriu de volta, abraçando-a. As garotas tinham o costume de se elogiar constantemente, para deixaram uma a outra felizes.
A sensação de nostalgia invadiu Amiryat quando esta voltou a realidade, mais uma vez naquele dia, ela teria fugido para suas memórias antigas. Suspirou e seus pensamentos foram substituídos ao ouvir a voz de sua irmã mais nova.
A família Sully se alojava no marui, Tsireya explicava para eles os horários de jantar, quando iniciariam seu treinamento e etc.
Amiryat entediada, cruzou os braços e passou o olhar pelo local que aquela família se alojava; eles pareciam pessoas legais, um tanto quanto amigáveis, para a garota, talvez fosse bom fazer novas amizades.
Se retirou dali em passadas curtas, indo diretamente até o marui de sua família. Lá, encontrou Ronal, sua mãe. A feição dela não era das melhores, o que fez a garota pensar que provavelmente hoje não seria um bom dia para conversar com a mulher.
Após o jantar, a família permaneceu em silêncio até o outro dia. Quando Amiryat acordou, Tsireya correu para chamar a irmã, afinal, estava ansiosa para nadar com os irmãos Sully.
Um suspiro escapou dos lábios da garota, que seguiu o encalço de Tsireya; chegando ao local, a presença dos Sully's no local não lhe passou despercebido. Mas seu olhar parou na jovem que ela avisou no dia anterior, Kiri. Ela aparentava estar fascinada pela beleza do que viu em seu redor, Amiryat não deixou de sorrir com isso, afinal, admirava aqueles que admiravam a sua casa.
As crianças Sully's estavam mais atrás dos quatro adolescentes Metkayinas, que se encontravam submergidos e mais ao fundo.
O olhar dos quatros jovens que estavam ao fundo subiu em direção a os Omaticaya's que estavam presos a superfície. Tsireya assinou algo perguntando o que eles estavam fazendo, sendo respondida por dois dos garotos, que disseram algo sobre eles não saberem nadar, sendo repreendidos por Tsireya e recebendo uma revirada de olhos de Amiryat.Subiram a superfície e os jovens foram interrogados por Tsireya. — Vocês estão bem? — Tuktirey coçou os olhos, limpando a água deles e então, bufou. — Vocês são muito rápidos, espere por nós! — A Metkayina mais nova pensou alguns segundos e logo deu lhe uma resposta. — Apenas respire. — Amiryat franziu a testa, a resposta da irmã era algo tão sem sentido, resolveu ignorar, quando ouviu outra voz chamar.
— Vocês não são bom mergulhadores, se pendurar de lá pra cá em árvores vocês são, mas — Aonung se pronunciou, sendo cortado por um tapa em sua cabeça, de Tsireya, que fez o garoto se calar. Amiryat riu, não dá piada, e sim do tapa, afinal, ela sabia que Tsireya sempre conseguia repreender o irmão da melhor forma.
A vez de se pronunciar para as reclamações foi de Neteyam. — Nós não entendemos o lance com as mãos. — Afirmou ele enquanto fazia um gesto; Tsireya lançou um olhar a Amiryat, que antes de discordar, foi cortada por sua irmã. — Eu e minha irmã ensinaremos a vocês. — Amiryat mais nada disse, antes de ouvir a voz de alguém perguntando por Kiri, fazendo sua curiosidade vir à tona. — Eu vou procurar ela. — Disse por fim, antes de entrar por completo na água mais uma vez, nadando na direção que viu Kiri ir pela última vez.
Após um curto tempo nadando, avistou a figura da Omaticaya. Ela parecia entretida com a natureza em seu redor, fascinada, Amiryat resolveu se aproximar. Ela já tinha visto interações de todos os na'vis com a natureza, mas não uma conexão tão forte quanto Kiri exalava. O olhar da jovem se desviou para a Metkayina que se aproximava, fazendo-a abrir um sorriso maior do que estava estampado em seu rosto. O sorriso foi contagiante, a jovem Amiryat sorriu juntamente. Por um momento, percebeu o quanto Kiri ficava bela vista observando o que amava. Balançou a cabeça afastando os pensamentos, e ficou ali, juntamente da garota, observando o quão grande e poderosa Eywa era.
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Esse capítulo não teve revisão, por isso, pode haver erros na ortografia.
Esse capítulo eu decidi falar um pouquinho mais sobre a relação da Amiryat com a família dela. Espero que tenham gostado! <3
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𝗙𝗲𝗲𝗹 - Kiri Sully
Fanfiction₊˚✧🪼੭︰F E E L. - By Nanda_Happy on wattpad. "Amiryat será seu nome, que significa esperança, você é a esperança para o nosso povo." Nascida da tormenta dos tempos de guerra, Amiryat, esse foi o nome dado a pequena criança na'vi, cujo toda a esperan...