O ciclo da passagem dos tulkuns havia se passado, e no dia seguinte, Amiryat acreditava firmemente na ideia de que nada poderia destruir seu humor.Os tulkuns voltaram, tantas coisas, um misto de emoções. Ela queria compartilhar tanto com seus amigos, ela adorava falar sobre os tulkuns e o quanto eles eram importantes; mas, a voz de Ronal cortou os pensamentos da garota. A mão da mãe parou sobre o ombro da jovem. Observando a mulher, ela suspirou.
Ela dizia para a filha entrar no marui, para não se molhar ou ao menos, ficar doente por conta da água gelada da tempestade.
Entrando em casa, observou os Sully's. Ela sorriu ao vê-los ali, e em poucos segundos, seus irmãos entraram. Feliz, Amiryat se sentou em uma roda.Eles conversaram animadamente sobre os tulkuns, sobre o quão incríveis eles eram. — Parecia mágico! Eles são tão incríveis! — Kiri exclamou, arrancando um sorriso da jovem Metkayina, que não passou despercebido do irmão mais velho, Aonung, e muito menos, da irmã, Tsireya; afinal, ela e a irmã conversaram sobre suas pequenas paixões recentes.
Kiri as vezes olhava para Amiryat, o que era rapidamente retribuídos, sem hesitar. Elas conseguiam demonstrar sua felicidade por um simples olhar.
As vozes animadas dos jovens cessaram ao ouvir a voz da Tsahìk e do Olo'eyktan. A silhueta se fazia presente, e suas vozes estavam levemente alteradas, especialmente a de sua mãe, Ronal. A jovem Metkayina franziu o cenho e tentou ouvir a conversa, que ficava mais alta a cada vez que eles se aproximavam.
— Eles não podem continuar aqui! — Ronal exclavama com a voz alterada, como se dissesse com urgência e quase suplicasse ao marido, que pacientemente, explicou a mulher. — Ninguém dirá seu paradeiro. — E a matriarca mais uma vez exaltou a voz. — Eles estão colocando nosso povo e os povos das ilhas e tribos vizinhas em perigo! — Sua voz exalava sua o quanto estava exasperada.
O olhar de Amiryat passeou pela sala, e um som de tristeza escapou de seus lábios. Era óbvio que seus pais discutiam sobre esconder Jake Sully entre sua tribo. Lo'ak e Neteyam abaixaram a sua cabeça, a culpa pesava sobre eles como uma coroa sufocante, a desgraça perseguia-os, e a jovem Metkayina percebia só de olha-los. Por um segundo, ela sentiu-se culpada pelas duras palavras de sua mãe, mas afinal, a mulher só queria a guerra longe de sua família, de seus bens, de seus filhos.
Ao'nung, que estava do lado da irmã, pegou a mão dela, confortando-a, ao perceber o quão a irmã estava mal com aquilo. Por mais que ele odiasse admitir, ver sua família triste ou decepcionada cortava o seu coração. Apesar de ele passar um pouco do que consideravam limites, ele ainda era um bom irmão. Ele não deixava que ninguém visse aquele ato. Amiryat encostou sua cabeça sobre o ombro de Tsireya, enquanto aceitava o carinho do irmão, afinal, não eram todos os dias que o garoto se sensibilizava de tal modo.
— As tribos ficarão bem, Ronal. Eles não mataram ninguém. — A voz da Tsahìk foi cessada, mas Amiryat jurava que sua mãe havia murmurado algo como "ainda." Ela estava apreensiva, a sua mãe estava carregando um bebê, e talvez, o stress excessivo fizesse mal a seu irmão. — Eles queimaram casas da tribo! — Tonowari suspirou e encarou a mulher em sua frente. — Querida, não podemos simplesmente manda-los embora, acolhemos eles! — O Olo'eyktan explicava. Os irmãos Metkayina estavam apreensivos; desde pequenos eles odiavam ver as brigas dos pais, principalmente quando estas envolviam outras pessoas. Amiryat desde sempre foi a mais afetada.
Amiryat olhou para Kiri, que estava nervosa, passando a mão sobre o braço. A jovem queria correr e abraça-la, mas sabia que precisava do abraço e apoio dos irmãos ali. Então, a conversa foi se distanciando, e a última coisa que foi ouvida por eles foi a voz de Tonowari. — Vamos falar com Jake Sully.
A expressão dos Sully's não eram boas. Tuk estava confusa, era só uma criança, Amiryat se sentia mal pela garotinha; ela queria protege-la de tudo que a fizesse mal. Lo'ak e Neteyam continuavam com a expressão de culpa eminente, e Kiri. Kiri estava pensativa, sua expressão não negava o quão mal estava por causar tudo aquilo à aquele lugar que pensava estar em paz.
Em alguns segundos, Ronal aparece no marui, e de sua boca, uma expressão de descrença sai. A culpa invadiu o coração da mulher, apesar de ela não possuir muita afeição com as crianças, ela sabia que eram crianças, independente de tudo. Ouvir aquelas coisas horríveis sobre seu pai poderiam machuca-las, nenhum dos jovens filhos de Toruk Makto tinham culpa da perseguição do povo do céu. Por um momento, Ronal sentiu seu coração pesar; ela era dura, e admitia isso, mas ainda era uma na'vi e possuía sentimentos. Aquilo lembrou-lhes seus filhos, e o filho que carregava no ventre. Afinal, ela pensou o quão eles se sentiriam culpados se ouvissem todas aquelas coisas sobre seus pais.
— Ah... — Sua voz desapareceu. Ela havia esquecido totalmente do fato dos jovens estarem em seu marui. A Tsahìk suspirou e desviou o olhar para os filhos. O coração pesava, e vê-los juntos provavelmente pela discussão fez com que seu coração doesse cada vez mais.
O olhar permanecia endurecido, a mulher não fez mais nada, além de ir até um dos cantos e esperar por Tonowari. Tsireya se prontificou a levantar primeiro, sendo seguida por Ao'nung. Amiryat fez um sinal para Tuk e Kiri, que se aproximaram. O peso no olhar de Kiri machucava Amiryat de uma forma inexplicável. Era terrível ver a garota que ela amava mal.
Após saírem longe o suficiente do marui, uma enxurrada de perguntas foi largada para os Sully's, e os Metkayinas receberam uma resposta única, vinda de Neteyam. — O povo do céu, é por isso que estamos fugindo. — A tempestade caia sobre suas cabeças, Tuk estava prendendo os braços do lado do corpo de Amiryat, enquanto Kiri acariciava as costas da garota, tentando acalmar a pequena na'vi.
Os outros começaram a seguir, e Tuk resolveu ficar, juntamente de Kiri e Amiryat. A Omaticaya voltou seu olhar entristecido para Amiryat, ela também se culpava por trazer a guerra para as ilhas, ela se culpava de ter que fugir, ela se achava uma covarde. Os olhos azuis tão intensos quanto o oceano pousaram sobre a pele azul como o céu de Kiri. Tuk abraçou a irmã, e Amiryat fez o mesmo, envolvendo Kiri e Tuk em um grande abraço, mas o momento não durou muito, já que, Aonung apareceu desesperado, dizendo a ambas algo.
— Lo'ak, ele foi atrás de Payakan. — Disseram em uníssono, e elas não hesitaram em correr na direção que o garoto havia ido, mas mal sabiam elas o que as esperava. Uma coisa que deixaria Amiryat impressionada.
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Quem é vivo sempre aparece, não é?
Minhas aulas voltaram, por este motivo, talvez ocorra um atraso de 3 dias para a postagem de novos capítulos.
Eu fico boiola só com olhares que a Kiri e a Amiryat trocam!
Espero que tenham gostado.
Não se esqueçam de comentar o que estão achando, inclusive meus leitores fantasmas! 💗Beijinhos, amo vocês!
Capítulo não revisado, sujeito a erros de ortografia.
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𝗙𝗲𝗲𝗹 - Kiri Sully
Fanfiction₊˚✧🪼੭︰F E E L. - By Nanda_Happy on wattpad. "Amiryat será seu nome, que significa esperança, você é a esperança para o nosso povo." Nascida da tormenta dos tempos de guerra, Amiryat, esse foi o nome dado a pequena criança na'vi, cujo toda a esperan...