Feel - Eleven

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Silvy ouvia a voz da amiga com apreensão, afinal, ela odiava ver Amiryat mal com algo

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Silvy ouvia a voz da amiga com apreensão, afinal, ela odiava ver Amiryat mal com algo. A filha do Olo'eyktan continuava a falar sobre seu pressentimento ruim, o que fazia Silvy engolir seco, afinal, Eywa a mostrou algo que ela não gostaria de ter visto; a guerra, Eywa a mostrou a destruição que a guerra causaria, e na sua visão, ela mesma não aparentava estar nada bem.

Era uma falha tentativa tentar fazer Amiryat acreditar que elas não compartilhavam da mesma sensação de angústia.

Amiryat que ainda contava, parou por alguns segundos, voltando seu olhar para a face de sua melhor amiga. - Mas me diga, o que Rotxo te devia a ponto de vocês necessitarem de um "encontro particular longe das vistas"? - A expressão de Silvy rapidamente mudou; uma mistura de rubor, raiva e vergonha surgiu ali, e então, ela abriu a boca para tentar se defender.

- Walak, por Eywa! Aquele pirralho não consegue manter a boca calada!? - Ela perguntava embaralhando as palavras pela vergonha, fazendo a amiga rir.

- Então quer dizer que realmente tem alguma coisa. - De forma sugestiva, Amiryat bateu no braço da Metkayina ao seu lado, que revirou os olhos. - A minha melhor amiga finalmente perdeu o interesse no meu irmão? - Silvy mordeu o interior da bochecha. Fazia um tempo que ela vinha se aproximando mais de Rotxo, ele não devia nada mais que uma pequena pulseira de conchas, afinal, em uma de suas brigas bobas, o garoto acabou quebrando uma das missangas penduradas sobre o pequeno pedaço de fio, que fez com que este arrebentasse. Rotxo prometeu fazer outro para a garota.

Diferente de Ao'nung, Rotxo era um garoto gentil, apesar de não demonstrar, ele gostava da companhia de outras pessoas e mesmo acompanhando Aonung em suas brincadeiras infantis, ele geralmente ficava um pouco mais atrás. Ela descobriu que seu interesse por Ao'nung não passava mais de admiração, talvez por ele ser mais velho, ela nunca soube explicar ao certo, uma parcela desse "sentimento" também era a intenção de provocar a melhor amiga; mas talvez Rotxo fosse mais que admiração, apesar de ela odiar admitir isso, talvez estivesse gostando de alguém.

- Tsk, vá para o fundo do oceano e fique lá, Amiryat. - A Metkayina mais velha disse num tom baixo, olhando para o lado, tentando não olhar nos olhos da amiga, que deu uma risadinha. - Admito que Rotxo pode ser melhor que meu irmão, bem, ao menos ele é gentil com você. Digamos que ele é uma lagoa de tamanhos médio para grande, e você tem água o suficiente para encher 2 lagos grandes. - A comparação de Amiryat fez Silvy mais confusa do que nunca, mas ela ignorou aquilo. Então, um flash se passou pela cabeça da filha de Ronal, ela precisava falar pelo menos uma vez com todos que amava antes daquela guerra iniciar de vez.

Se levantando, ela encarou Silvy. - Vy, eu irei conversar com Tsireya, faz um tempo que não temos aquela conversa de irmãs. - Afirmou, vendo Silvy sorrir. Ela admirava a amiga por se importar tanto com a família; apesar de amar sua mãe e seu irmão, Silvy nunca foi tão próxima deles quanto gostaria. Amiryat temia que algo acontecesse e ela nunca mais pudesse ver sua família, apesar de ser uma possibilidade distante, ainda era uma possibilidade.

A jovem saiu do local, a procura de sua irmã caçula. Ela percebeu algo diferente no olhar da irmã em relação a Lo'ak, o filho mais novo de Toruk Makto. Ela notou a garota saindo de uma espécie de bosque, e então, fez um sinal com as mãos, como se dissesse para ela se aproximar. Tsireya deixou uma expressão confusa transparecer, porque a sua irmã queria falar com ela sem um motivo aparente? Deu de ombros, ignorando aquele pensamento e se aproximou.

- 'Reya! - Sua voz soava quase como um alívio em ver a irmã bem. Com aquela destruição cada vez mais próxima, a garota sabia que poderia perder a qualquer momento, um daqueles que ama. Sua mente já vagava em outros pensamentos: Como Kiri estaria agora? Ela necessitava ver a garota, mas faria questão de ver sua família antes. - O que há, 'Ryat? - Questionou à sua irmã, que sorriu, colocando as mãos sobre o ombro da irmã.

- Nada, eu só queria me certificar que a minha irmã estava bem. - Afirmou, convencendo Tsireya com aquela semi-verdade. O sorriso de Amiryat foi retribuído pela irmã mais nova, que observou o rosto da Metkayina em sua frente, notando que esta a olhava com curiosidade. - Aconteceu algo? Está me olhando com aquele olhar de desconfiança e curiosidade! - Elas se conheciam tão bem, elas conseguiam identificar o que uma a outra sentiam só pelo simples olhar; isso foi algo que Amiryat sempre gostou: reconhecer o que a sua irmãzinha sentia só de olhar para ela.

- Talvez um ilu tenha sussurrado em meu ouvido que viu diversas trocas de olhares sua com Lo'ak... - Seu tom era divertido, Tsireya franziu o cenho e logo, pensou numa resposta ágil, curvando os lábios num sorriso de lado. - Assim como um ilu me sussurrou que viu você e Kiri próximas até demais. - Ambas riram com aquilo, e Amiryat desviou o olhar.

- Esses ilus estão se tornando cada vez mais observadores, não? - Disse fingindo um falso desentendimento; Tsireya revirou os olhos pela atitude da irmã, sorrindo logo em seguida. - Muito observadores! Eles tem olhos em todos os cantos, 'Ryat.

As irmãs se olharam, como se soubessem o que ambas sentiam. Tsireya estava se revirando internamente, como se pedisse a Eywa em uma oração silenciosa que ela mostrasse se os sentimentos de Lo'ak eram recíprocos ou não; já a sua irmã, Amiryat, esperava ansiosamente para ver Kiri, e poder lhe dizer mais uma vez o quão ela a admirava e a amava.

Talvez aquele momento fosse o momento de ambas refletirem seus sentimentos pelos filhos de Toruk Makto. Amiryat não tinha palavras para explicar o quão ela ansiava para ir ver Kiri, afinal, estava se perguntando o que a garota sentiria após aquela grande "vergonha" que havia passado com seu irmão, na casa do Olo'eyktan, pai de Amiryat. Ela queria abraçar ela e tentar expressar novamente o quanto ela a amava, demonstrar o afeto antes que todo aquele lugar fosse arrasado pela guerra, ela implorava a Eywa que isso não acontecesse, mas de alguma forma, o destino era inevitável.

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Oioi meus amores! Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo? (ou não).

Como vocês estão?

Esse capítulo eu quis focar mais nas relações de amizade da Amiryat, além do fato de eu ter ficado bastante nos atuais pensamentos dela em relação a todo esse caos que eles estão vivendo. A guerra está se aproximando cada vez mais, será que alguém vai morrer?

No próximo capítulo, prometo que vou tentar fazer algo boiolinha entre a Kiri e a Amiryat!

Beijinhos e até o próximo! <3

𝗙𝗲𝗲𝗹 - Kiri Sully Onde histórias criam vida. Descubra agora