Capítulo 30

1 0 0
                                    

Demorou alguns segundos até ele tomar conta do que estava fazendo dormindo naquele lugar depois que acordou

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Demorou alguns segundos até ele tomar conta do que estava fazendo dormindo naquele lugar depois que acordou. Estava quase chegando às oito horas. Só que mesmo o afastamento daqueles problemas durante o seu sono não foram suficiente para fazê-lo despertar de forma totalmente calma, pois quando o fez parecia ter despertado de um pesadelo. E em seguida se tocou do porque estava virado para a porta.

Quando pensando na manhã daquele dia e na espera que mantinha, ele também percebeu que aquele já era o dia seguinte ao que atacara Célia, no dia seguinte a sua morte. E no quanto se mostrava tranquilo quanto àquilo, parecendo não carregar nenhuma preocupação ou remorso pelo ocorrido.

Odilon permaneceu no mesmo lugar, retomando a sua posição, aquilo o que fazia no dia anterior, disposto a ficar ali o quanto precisasse, e a qualquer custo. Mas isso não o impediria de sair rapidamente de seu posto para resolver as suas necessidades básicas dentro do apartamento, nunca fora dele – era algo inconcebível deixar o apartamento; ficaria ali esperando todo o tempo até a pessoa que aguardava aparecer. E sair do seu posto foi o que aconteceu uns vinte minutos depois que acordou; levantou-se.

Numa calmaria e silêncio ele foi até a cozinha onde abriu a geladeira servindo-se de água, arrastando um copo sobre a pia até si para o seu propósito. Depois de beber a água e voltar a garrafa para a geladeira, ele se direcionou para o banheiro, atravessando a sala e o quarto. Pouco mais de um minuto depois, quando saiu do banheiro, já estava decidido a não comer. Apesar de ter conhecimento das necessidades do corpo humano, não estava disposto a atendê-lo naquele momento, não queria ou precisava se distrair mais. E não estando com fome dava para aguentar durante um bom tempo.

Estava ainda no seu dormitório, parado, quando um barulho de recebimento de mensagem de telefone foi ouvido por ele. Indo na direção de onde os chamados vinham ele imaginava que partiam de seu telefone e não se a percebeu indo na direção do quarto da sala. Ele alcançou o centro da sala e chegando à poltrona foi que se deu conta do que estava fazendo, de para onde estava indo, justamente o quarto onde o corpo de Célia estava. Parou na hora em que percebeu a situação inesperada. O telefone que estava recebendo mensagem e que estava avisando sobre isso era o de Célia, que estava no quarto com o corpo. Ela segurava o aparelho quando ele a matou, talvez até estivesse em sua mão ainda. Mas não era isso que o alarmava, intrigava-o, era a mensagem e de onde ela estava partindo. A pessoa estava entrando em contato com ela, preocupado ou avisando alguma coisa, ou perguntando algo. Célia já estava morta fazia certo tempo, então não trocaram informações alguma nesse tempo, não sendo informado de nada. O que acontecera com Odilon depois que Célia o trouxera de volta não fora avisado. A última mensagem que ela mandou foi quando eles estavam saindo da rodoviária e Odilon se lembra muito bem disso. Agora a pessoa do outro lado das mensagens, da linha, da história, estava procurando saber o que estava acontecendo. Pois bem que Odilon decidiu por nada fazer a respeito e continuar com o planejado, que era esperar.

Como sempre os chamados de mensagem só tocaram duas vezes, parando enquanto ele ainda pensava em tudo, largando-o sozinho com o silêncio novamente. Tendo a sua nervosidade renovada por aquele pedido de informação, ele sentou na poltrona e ficou, olhando fixamente para a porta, com o rosto fechado, esperando e esperando.

OS BONECOS ENGRAÇADOSWhere stories live. Discover now