Odilon é um homem tímido que se depara com uma garota apaixonada, que, o querendo muito, vence a sua timidez, a sua falta de atitude, consegue quebrar a sua rotina e finalmente o conquista. Através da personalidade dele uma vida amorosa se forma enq...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Ela mudou para o apartamento dele na segunda-feira mesmo. Quando era na hora do almoço, depois de saírem do restaurante para a casa dela, onde normalmente se amavam, ela já tinha esperando por eles duas malas grandes e algumas sacolas. E ainda disse que se faltasse alguma coisa depois voltaria para pegar. Na terça-feira de manhã já tinham o primeiro café da manhã juntos. Ela estava tão feliz naquele dia, como se tivesse dormido pela primeira vez no apartamento dele naquela noite e não na anterior. Parecia olhar tudo como se visse pela primeira vez, sentando nos lugares, pegando nas coisas, experimentando tudo. Talvez estivesse se acostumando com a nova moradia, tentando memorizar as coisas, ou fosse apenas felicidade por estar morando com o amado, por conhecer a casa dele. Não importava, o caso era que ela estava feliz.
Quando acordaram naquele primeiro dia em sua nova casa a felicidade dela era tamanha que não deixou que ele saísse da cama enquanto não a amasse novamente, mesmo ele alertando-a de que ela teria que se preparar para ir ao trabalho e que com o novo ato poderia se atrasar. Só que ela estava querendo muito e sua vontade falava bem mais alto. Seu desejo era não ir trabalhar naquele dia, ligar para o seu serviço e dizer que estava indisposta, que não poderia sair de casa, e com isso ficar no apartamento com ele, consumindo a sua vontade, aproveitando a companhia dele o dia inteiro. Mas as coisas não eram assim e ela teria que ir.
Mesmo ele podendo ficar na cama, já que não precisava ir trabalhar, eles levantaram juntos, dividindo o banheiro ao mesmo tempo. Ele foi escovar os dentes enquanto ela foi tomar banho. Quando ele terminou anunciou que iria sair para comprar o café da manhã deles. E como sempre fazia foi até a panificadora menos de um quarteirão de distância e comprou lanches, desta vez para dois. Tomaram o café e ela foi trabalhar, deixando-o só.
Este ritual era praticamente o mesmo; enquanto ele ia à padaria ela terminava o banho e se arrumava. Quando voltava ela já estava pronta para sair. Tomavam o café e ela seguia seu rumo.
Quase tudo continuava do mesmo jeito, as únicas diferenças eram que não precisaria mais ir a casa dela para dormir com ela e que dividiria seu apartamento permanentemente com outra pessoa, mas de resto, nada mudara; continuavam almoçando juntos no restaurante, poucas vezes saiam, ele ficava em casa aproveitando de suas 'férias', e ela trabalhava. Mas seria a partir de agora, desta mudança, que começaria o teste para ver até onde isto iria dar. Na verdade, seria agora que conheceriam mutualmente seus defeitos, com a convivência, e descobririam se isso seria algum inconveniente, momento onde descobririam se aguentariam a companhia permanente um do outro, se aceitariam parte de suas liberdades substituídas pela vida em conjunto, se os defeitos do outro seriam suficientes para levar tudo a dar errado.
