Odilon é um homem tímido que se depara com uma garota apaixonada, que, o querendo muito, vence a sua timidez, a sua falta de atitude, consegue quebrar a sua rotina e finalmente o conquista. Através da personalidade dele uma vida amorosa se forma enq...
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Estava um belo dia de sábado. O sol, marcando presença e sem nenhuma nuvem para cobri-lo, favorecia a todos, trazendo calor e iluminação. Um dia claro, normal, e não dando importância alguma para que dia da semana era, ótimo para sair e passear.
O dia também havia mudado de rumo pela manhã para Odilon. Célia havia saído para o trabalho e algum tempo depois voltara, dizendo que tinha conseguido o dia de folga para ele. Pensando que ficariam o dia juntos em casa, ela o convencera a ir à praia com ela.
A praia estava bem movimentada, num dia como aquele não poderia ser diferente. Mas Odilon se impressionou foi com a quantidade de pessoas naquela hora. Era sábado de manhã, uma hora em que muitas pessoas ainda trabalhavam e mesmo assim ali estava uma porção delas. Quando ele as viu, perguntou: "será que essa gente toda está de folga?" "Que nada," respondeu ela. "Estão de seguro desemprego, como você".
Decidiram ir pela manhã porque de tarde com certeza iriam ao shopping. Ele tinha o seu cronograma e ela queria segui-lo também, coisa que chamou a atenção dele; o fato dela não ter proposto irem à praia de tarde em vez de pela manhã mostrava o quanto ela estava ciente do que ele fazia, querendo aproveitá-lo em lugares que ela queria ir, como também aproveitá-lo nos lugares que ele iria.
Assim que chegaram procuraram pelo melhor lugar para ficar, o que para eles significava numa parte onde tivesse poucas pessoas, para que o local não parecesse cheio demais. Mas a praia estava bem uniforme e não tinha muitas opções, a não ser que se afastassem para bem longe dali, seguindo a costa do mar até encontrarem-se sozinhos, o que não era pensamento de nenhum deles.
Como não planejavam ficar muito tempo, poucas coisas levaram; basicamente chaves, celulares e carteiras com documentos e dinheiro, e no momento em que encontraram uma parte para ficar procuraram também um local onde pudesse deixar suas coisas, de onde pudessem olhar de longe, mas principalmente, encontrar alguém com aparência confiável com quem pudessem deixar essas coisas enquanto se banhavam.
Um casal idoso que provavelmente acompanhava filhos e netos, pois estavam sentados próximo de enumeras cadeiras de praia, fora escolhido. Seja lá com quem essas pessoas vieram, seus acompanhantes não estavam ali, apenas eles mesmos. Aceitaram de imediato o favor, dizendo para Odilon e Célia não se preocuparem, que ninguém mexeria nas coisas deles.
Já vestidos com roupas de banho por debaixo das roupas que vieram, bastaram se despir para entrarem ao mar. Deixaram suas roupas embrulhando seus objetos e foram, ela com um biquíni verde e ele com uma sunga azul. A água parecia ótima, pois o dia estava exatamente assim.
Banharam-se, brincaram, olharam as outras pessoas, os barcos distantes, o casal que os favorecia, suas coisas. Divertiram-se o quanto puderam, ficando na água praticamente meia hora. E apesar de ter pessoas banhando próximas, algumas se divertindo bastante, nem um dos dois tinha vontade de se enturmar com os demais na água.
