27. Lexa

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Eu deveria ter postado ontem mas meu dia foi tão corrido e estressante que eu simplesmente esqueci, fora o fato de que fui dormir muito cedo. Peço mil desculpas. Amanhã sai o próximo capítulo. Boa leitura!

Puta que pariu.

Das dezenas de pessoas amontoadas na sala de estar, eu conseguia contar quatro com quem eu já tinha ficado. E não no sentido de levar para sair. No sentido de comer uma vez e nunca mais repetir. Atravessar a multidão de corpos para chegar até Clarke seria como passar por um campo minado. Eu teria sorte de não sair com estilhaços na bunda.

Eu já tinha sido alertada, mas eu não havia calculado quantas das meninas que Harper e Monty conheciam já tinham ficado comigo. Ninguém era muito inacessível antigamente. Talvez eu devesse ter preparado Clarke um pouco mais para quem ou o que ela podia encontrar.

Para piorar a situação, Clarke estava absurdamente gostosa vestida como uma dona de casa dos anos 1950, com os cabelos presos em um lindo rabo de cavalo. As pessoas estavam olhando para ela, que devia estar ali sozinha por horas, e um monte de babacas podia ter dado em cima dela. Eu queria erguer a saia dela, enrolar o rabo de cavalo na minha mão e debruçá-la sobre a superfície mais próxima disponível, só para deixar bem claro. Mas não consegui nem fechar a porta antes de Ontari, uma trepada antiga, vir correndo até mim. Tinha ficado com ela uma vez, três anos antes. Costia também estava nessa.

Eu me encolhi quando ela apertou meu pescoço em um abraço e esfregou os peitos em mim, descaradamente. Mantive a mão para cima, me recusando a retribuir o assédio, e então vi o sorriso de Clarke se dissolver.

Puta merda.

— Oi, Ontari — cumprimentei, me desvencilhando dela.

— Lexa! Como vai? Você está linda. — Ela deu um risinho nervoso.

Eu tinha uma vaga lembrança do som que ela fazia quando gozava. Não era agradável. Suas mãos pareciam passarinhos irritantes, batendo no meu rosto e no meu peito.

— Tem alguém ali com quem preciso conversar. Depois nos falamos.

Dei a volta em torno de Ontari e me dirigi a uma Clarke bem irritada.

— Sua amiga? — perguntou ela, tomando um gole de vinho.

— A gente costumava sair.

— Isso foi um eufemismo? — Havia uma acidez em seu tom de voz que eu nunca tinha ouvido antes. Aquilo me deixou nervosa.

— Não era para ser. — Embora, naquele caso, realmente fosse. Mudei para um assunto menos nocivo.

— Desculpe ter me atrasado, o Jasper me largou sozinha com um cliente de última hora que precisava de um intervalo a cada cinco minutos, mesmo depois de eu ter dado uma boceta de brinquedo para ele.

Ela ergueu as sobrancelhas.

— Boceta de brinquedo?

Sorri e me inclinei até que meus lábios estivessem no ouvido dela.

— Fala outra vez, mas sussurrando, e só a parte da "boceta".

Clarke me cutucou. Eu agarrei o dedo dela e o mordi logo acima da primeira articulação, passando a língua pela pontinha.

— Por favor.

Pronto. A raiva desapareceu e Clarke abriu os lábios. Sua mão repousou no meu peito e ela ficou na ponta dos pés. Eu me curvei até que meu ouvido estivesse perto da sua boca.

— Não — sussurrou ela com uma voz sensual.

— Eu como a sua depois, se você disser — sussurrei de volta, barganhando.

À Flor da Pele (G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora