2• Chances

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Harry estava andando sem rumo pela cidade. Só estava a procura de pelo menos um banco pra passar a noite, isso se conseguisse chegar em um. O impacto fez com que torcesse seu pé o fazendo mancar e quase se contorcer de dor a cada passo, além disso, havia hematomas em algumas partes de seu corpo e estava sangrando por um pequeno local da sua perna onde se localizava a bala. Não havia um vulto de pessoa se quer, ele estava totalmente sem forças e só. Sua visão foi ficando turva até que seu corpo se chocou ao chão.

Quando estava prestes a desmaiar, ele ouve uma voz

- Moço? Você está bem?- A voz feminina ecoou nos seus ouvidos, o fazendo questionar se era real ou uma ilusão da sua cabeça para tentar o fazer acreditar que não estava sozinho.

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Harry se via perdido.

Olhando pras suas mãos sentia armagura ao ver suas veias verdes e unhas reptilianas saltadas.
A única coisa que se passava pela sua cabeça era seu pai, o falando que faltava pouco pra ter o mesmo fim que ele.

" Não tem mais jeito, está no seu sangue, a herança da família Osbord"

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Suas pálpebras foram abrindo vagarosamente, sua cabeça doía, e logo percebeu que estava dentro de uma casa, em um sofá, com uma moça afogando um pano quente em banho maria e passando em seu rosto sangrado.

- Onde eu estou? E quem é você?- Falou Harry desconfiado.

- Ah, você acordou- disse a mulher aliviada. - Meu nome é Layla, aqui é a minha casa. Te encontrei caído no chão da rua e eu não estava com meu celular no momento pra chamar a ambulância, mas também achei que não poderia te deixar ali sozinho, então te trouxe pra cá.

- É perigoso deixar estranhos na sua casa, e é perigoso deixar estranhos cuidando de você- falou a encarando

- Ah pelo amor, se eu fosse te matar eu já teria te matado, bem fácil já que está praticamente imóvel, mas ao invés disso eu estou aqui cuidado de você, seja um pouco grato e cale a boca.

Ele arquiou as sobrancelhas e assentiu, a deixando cuidar de seus machucados como se fosse uma criança que caiu brincando.

- Só... Não chame a ambulância

- E por que não? Por acaso é algum fugitivo?

Ele suspirou

- Nao valerá a pena, a minha doença não pode ser curada com simples remédios que dão num posto, só perderei meu tempo.

Ela parou e o encarou por alguns segundos, em seguida deu um leve sorriso.

- E é por isso que eu estou aqui, eu percebi isso, não é todo dia que eu vejo um paciente com essas marcas e características. Eu sou médica, se faz questão de saber, mas não sou só uma médica, eu sou pesquisadora e cientista e no meu laboratório e lido sempre com coisas estranhas, e acredite, já vi casos piores que o seu.

Ele a encarou confuso, mas curioso.

- Não posso garantir te curar, mas posso tentar achar um jeito de fazer com que não se espalhe e não seja tão aparente.

Um rasto de esperança surgiu na cabeça de Harry, será que realmente ela poderia ajudá-lo? Mas ainda sim, as últimas pessoas com esses ofícios que conheceu, tentaram estuda-lo e o prenderam como se fosse um animal selvagem.

- Como vou saber que não é alguma armadilha? Sei bem seu tipo, só querem nos estudar e nos usar pra experiências como se fossemos ratos nojentos de laboratório.

- Confie em mim, sua doença não é uma mina de ouro pra mim. Se você me der uma chance, vou mostrar que nós dois iremos sair ganhando. Eu irei aumentar minha habilidade na área biológica e você poderá finalmente ser livre. É uma aposta que você só vai saber se ganhou no final.

Ele viu confiança em sua voz, assentiu e com um pouco de força estendeu sua mão para comprimenta-la.

- Obrigado.- falou sorrindo.

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