3• Histórias

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"lembre-se do que você é, lembre-se do que você quer..."

Eu não irei esquecer do que você fez, Peter Parker...


O ser humano possui habilidades de repouso das mais incríveis e estranhas. Como por exemplo poder dormir por mais de 17 horas e ainda correr a chance de acordar exausto e com o corpo pesado.

E foi isso o que aconteceu com Harry naquele sofá. Não sabia mais se era dia ou noite, se estava vivo ou não. Apenas se lembrava de reflexos de Layla entrando e saindo de sua casa pra trabalhar.

Ele queria apenas sair dali.

- Eu engessei seu pé enquanto dormia,  mas ainda sim seria melhor se você tentasse pelo menos levantar...

Ele se apoiou no braço do sofá e no ombro da bela moça. Ficou alguns segundos parado mas ja conseguia pisar no chão sem dor.

- Parece que melhorou- Harry falou analisando o enfaixamento.

Segundos depois, a mesma dor de cabeça ponte aguda que lhe atormentara por causa da doença, fez com que perdesse o equilíbrio do próprio corpo, mas por pouco foi segurado pela jovem ao seu lado.

- Ei, calma, um passo de cada vez- falou ela tentando ser otimista. Não sentia, mas podia imaginar o tamanho da dor que ele sentia no momento.

Ela o colocou de volta no sofá

- Essa merda vai e volta, eu sinto meu sangue esfriando a cada segundo que passa. Sinto minhas células se corroendo.

Ela passou a o olha-lo sério.

- Eu estava trabalhando e estudando sobre essa fusão das suas células. É como se elas lutassem pra preservarem seu DNA de modo em que não faça a mutação sumir. É por isso que você sente tantas enxaquecas insuportáveis e é comum a aparição de hematomas, é um modo de defesa e preservação.

- E por acaso tem algum modo de pelo menos diminuir a dor?

- Passei um tempo tentando produzir um remédio natural, o bom de se morar no interior é a vasta espécies de plantas medicinais!- foi em direção a uma escrivaninha e pegou um frasco de vidro.

- Tome, beba isso.

Ele olhou desconfiado, mas tomou fixando seus olhos nela.

-Urgh, que negócio horrível - fez careta

- os mais amargos são os mais eficazes falou dando uma risada

- Mas me fala...como você veio parar aqui? Ainda mais nesse estado, e de onde veio essa sua "mutação"?

- Uma pergunta de cada vez. Se você não surtar e me expulsar, eu posso falar.

- Você mesmo falou que levar estranhos pra sua casa era inapropriado, então faça isso não ser a situação atual.

- Certo. - Ele contou sua história tentado ao máximo evitar detalhes comprometedores.

- [...] e agora eu estou aqui, contado da minha vida pra uma desconhecida enquanto ela me dá um líquido que facilmente pode ser um veneno - explicou com um ar de sarcasmo no final.

- Se sua preocupação era eu te entregar, pode ficar tranquilo, não quebro palavra, e muito menos tenho medo de você. Aliás, sinto que você ainda tem sede de vingança pelo homem aranha.

- Ele não quis me ajudar no momento em que eu mais precisava dele, e ainda se diz um herói que "dá esperança ao povo". Isso é apenas armação.

Layla assentiu com a cabeça e se levantou, não queria demonstrar opinião por enquanto.

- Está tarde, você precisa descansar mais um pouco.

- Você também.

Ela sorriu.

- Qualquer coisa, pode me chamar.

- Não se preocupe, já perdi as esperanças de sair desse sofá- falou  dando um sorriso

Estava a ver a mulher adentrar a casa em um dos quartos.

Não queria admitir, mais estava contente. Teve a sorte de não ser encontrado e ainda está tendo ajuda de alguém para tentar resolver seu problema. A moça parecia confiável, e só o seu sorriso já o fazia acreditar um pouco mais na sua cura.

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23/01




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