Todos que estavam a bordo ficaram preocupados com a demora de o rei acordar, a pedra havia drenado o veneno então ninguém conseguia entender o porquê do rei não acordar, todos os lobos cercaram o corpo do monarca e uivaram como se fosse um anuncio da morte do rei, mas logo são interrompidos pela aprendiza de bruxa. – Parem o rei esta respirando, é provável que ele esteja apenas desmaiado, levem ele até seus aposentos. – Ao ouvirem isso todos os lobos voltam a sua forma humana, e caminham até o corpo de Richard, dois guardas se abaixaram e recolheram o corpo do rei até os aposentos que o rei se instalava no navio. Os guardas jogavam o corpo da naga no mar e guardavam a cabeça no porão do navio, eles fariam questão de jogar a cabeça no outro lado da divisa, alguns aprendizes do mago assassinato pegavam o corpo dele e levaram até o quarto dele, para começarem um ritual.
Na ilha de seiko os dois jovens caminhavam pela praia e conversavam sobre as habilidades de cada uma de suas espécies. – Nós lobos temos a mordida mais forte de todo reino sobrenatural, temos um abraço caloroso, somos ágeis, rápidos, regeneração, super força e temos uma mordida que é letal a vampiros. – Ele dizia seus poderes e olhava para a loira. – Sua vez de me dizer alguns dos poderes de sua espécie. – A loira o olhava e dava um sorriso. – Os poderes são uma voz que encanta qualquer homem, um nado veloz e melhorado, posso conversar com animais marinhos, consigo respirar debaixo d’água e manipulação da água. – O herdeiro olhava para a loira e lhe dava um sorriso. – Seus poderes são bem interessantes, mas com a manipulação da água, eu sei que vocês dominam muito bem esse elemento, pode me mostrar? – A loira deu um sorriso e puxava o herdeiro para a beira da praia, a sereia estendia sua mão e logo uma grande esfera de água saia do oceano e vinha até os jovens, a loira fazia com que a esfera de água chegasse em cima da cabeça do herdeiro e logo ela fecha a mão, fazendo a esfera de água ser derramada sobre o príncipe, eles não conseguem conter a risada com o que acabou de acontecer. – Até que o senhor fica melhor assim de cabelo molhado. – Darya dizia entre risadas para o herdeiro, e tirava o cabelo de seu rosto, olhando em seus olhos. A jovem só conseguia ver e admirar a beleza do rapaz e o quão bonito ele é, e o mesmo podia se dizer ao herdeiro, ele olhava Darya e se sentia perdido profundamente nos fundos de seus olhos azuis. Christopher se aproximava da jovem e descansava sua mão no pescoço da mesma, eles estavam tão próximos que podiam sentir a respiração um do outro. – Senhor... – Dizia a sereia com uma voz baixa e em um sussurro. – Não diga nada senhorita, apenas sinta. – Após dizer isso os dois fechavam seus olhos e podiam finalmente sentir os lábios um do outro em um beijo calmo e apaixonado.
No navio todos estavam preocupados com medo do seu rei não acordar, mas depois de alguns minutos um guarda descia no convés e fazia uma anunciação. – O nosso rei Darkness, acordou e está bem, ele me ordenou a dizer a todos para continuarem a caminho da ilha. Um aprendiz do mago que havia ido a óbito ia até o convés após o ritual. – Eu vou tentar ajudar o navio a ir mais rápido. – o aprendiz caminhava até a polpa e respirava fundo tentando mentalizar os ventos fortes assoprando as velas do navio, e depois de algumas tentativas falhas o aprendiz conseguia fazer ventos fortes assoprar as velas, o homem que ficava em um cesto no alto de uma pilastra gritava para todos do convés. – Terra a vista! Terra a vista! – Ao ouvir isso o rei aparecia no convés, e caminhava rápido até a proa. – Aquilo só pode ser a ilha de saiko, façam esse navio ir mais rápido agora! – As bruxas apareciam por ouvir o grito do homem que estava em cima do cesto, e logo iam até as beiras do convés para assim fazer a correnteza ir mais forte.
Os dois jovens separavam o beijos que haviam iniciado, e se encaram com um pouco de vergonha, Christopher estava envergonhado e passava sua mão na nuca, enquanto Darya sentia as maçãs de seu rosto ficarem vermelhas. – Eu vou pra ilha tentar achar algumas frutas, licença senhor. – A sereia saia rapidamente de la adentrando a mata, e o herdeiro sentava na areia sem acreditar no que havia acabado de acontecer. Enquanto estava sentado o príncipe pode perceber um navio ao longe se aproximando da ilha, parecia que o navio estava chegando mais rápido que o normal. Todos que estavam a bordo do Navio já conseguiam avistar com clareza a ilha, e a cada segundo estavam se aproximando mais. Ao chegarem em uma distância que já podiam parar o navio o rei ao ver o seu filho que ficará de pé olhando a embarcação lança uma ordem a todos. – Abaixem a âncora, e coloquem a prancha, chegamos ao nosso destino. – O príncipe sorria alegremente na areia, mas não podia parar de se preocupar, pois se Darya aparecesse naquele momento, ela seria morta, em meio a pensamentos o herdeiro só volta ao seu estado normal quando percebe que toda tripulação, já desceu do navio. Ele sentia o abraço caloroso de seu pai, mas a demonstração de afeto some rapidamente junto ao abraço. – Onde esta o ser escamado que afundou seu navio? – Christopher ficava indignado com o que ouviu. – Pai a sereia não afundou meu navio, ela me salvou do afogamento. – O rei olhava seu filho e negava com a cabeça. – Meu filho você deve estar enfeitiçado, aquele ser cheio de escamas deve ter lhe jogado um feitiço terrível, mas não se preocupe vamos matar aquele ser e você ira se livras do feitiço. – O príncipe olhava o rei espantado ao ouvir que matariam Darya. – Entenda pai, eu só estou vivo por causa dela, ela me salvou. Não tocará nela de forma alguma, eu não irei permitir. – O herdeiro se exaltava o que deixava o rei enfurecido. – Preste atenção Christopher Darkness, quem pensa que é para falar assim comigo, você até pode ser o herdeiro do trono, mas enquanto eu viver, eu sou o rei, eu sou o todo poderoso. Eu vou matar aquele ser e você não irá me impedir, quando o feitiço for retirado você irá perceber que é tudo pelo seu bem, e que eu estou certo. – Ao terminar de dizer a frase, Darya caminhava para fora da mata, como estava segurando frutas, e muita lenha para fazer uma fogueira acaba não percebendo a presença na ilha, mas ao chegar na ilha Darya ouve os gritos do príncipe direcionado a ela. – Corra! Corra para bem longe. – Ao ouvir isso Darya inclina um pouco a cabeça para o lado e ver todos aqueles guardas, ela solta tudo no chão e começa a correr, por dentro da mata. – Não fiquem ai parados, peguem-na e me tragam ela com vida. – Todos guardas corriam para dentro da mata e se transformavam em rápidos e velozes lobos. Quando alcançam a jovem um dos lobos para em sua frente rosnando e ameaçando morde-la, quando ela menos percebe já estava cercada por vários lobos, e um dos guardas voltava a sua forma humana e caminha até ela, ele segurava seus braços atrás das costas dela e caminhava até a praia. Ao chegar na praia a jovem tem seus pulsos amarrados e em seguida é posta de joelho.
O herdeiro tentava correr até ela mas dois guardas o seguravam, logo o rei pega um punhal de um dos guardas e caminha até a jovem, ele levava sua mão até o cabelo da jovem e o puxava para trás, fazendo a mesma olhar para ele. – Eu como um rei misericordioso vou lhe dar uma chance, tire o feitiço que jogou sobre meu filho. – As lagrimas molhavam o rosto da jovem, principalmente quando seus cabelos são puxados para trás, mas ela ficava confusa quando o rei chamava o navegador de filho e olhava para o herdeiro. – Aii! Filho? O senhor é o príncipe de Garras, mentiu pra mim esse tempo inteiro. É claro, é por isso que fez aquela cara quando viu que eu estava com a coroa, o senhor nunca confiou em mim, eu achei que estávamos nos entendendo, o senhor me enganou, ou eu devo chama-lo de vossa alteza? E ao senhor vossa majestade, o seu filho não esta enfeitiçado. – O rei achando que a jovem estaria mentindo puxa com mais força seu cabelo. – Tire agora esse seu feitiço do meu filho! Ser repugnante e asqueroso, ou eu terei que mata-la para que isso aconteça. – O herdeiro olhava Darya ser agredida por seu pai e tenta de todas as formas se soltar. – Não toque nela pai, solte-a agora, ela não fez nada. – O rei ignorava totalmente o que seu filho dizia e continuava olhando para a jovem. – Esta vendo? Meu filho esta assim por sua causa, ele não sabe o que esta falando, se você não vai tirar o feitiço dele agora eu irei lhe matar para isso acontecer. – A jovem olhava para o rei e engolia seco. – Ele não esta enfeitiçado, eu não o enfeiticei. – O rei ficava ainda mais cheio de raiva, ele segurava o cabelo dela ainda mais forte e colocava a lamina do punhal no pescoço da jovem. E seu filho começa a gritar. – Solte a Darya! Ela é inocente. – Ao ouvir o nome da jovem o rei abaixa o punhal e começa a olhar com mais atenção para ela. – Não a matarei agora, mas será levada ao reino de Garras. Guardas! Levem este ser ao porão do navio, e para ela não tentar fugir, a molhe com água do mar, que fará com que a cauda dela seja revelada. – Ao ouvirem a ordem do rei os guardas bruscamente levam a jovem até o navio e lá eles a molham com água do oceano, é questão de segundos até as pernas da loira se transformar em uma cauda.
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A Sereia e o Lobo
PovídkyEm um tempo muito distante, havia um continente, que por conta de desentendimentos, foi dividido em dois reinos, ao norte temos o reino Sirien em que seus superiores eram tritões e sereias, já ao sul havia o reino de Garras aonde seus superiores era...