Revelações do passado

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Os guardas riam da cara assustada e desesperada da jovem Darya, - O nosso rei lhe Dara a morte mais dolorosa possível. – Dizia um guarda para o outro enquanto riam debochando da loira, eles se viravam para sair e antes de fechar a porta do porão do navio, um dos guardas olhos para a jovem por cima do ombro. – Mas relaxa escamada, o seu amigo vai te fazer companhia, mas cuidado para não perder a cabeça, como ele. – Ao falar isso os guardas saem e batem a porta, quando a jovem se vira ela bate com o olhar na cabeça decepada da naga, um grito desesperado sai do fundo da garganta dela, ela reconhecia a naga da época em que morava no reino. – Crystian... Não, não pode ser. – Passava um filme pela cabeça da jovem que se arrastava para um canto do navio ficando encolhida, sua cauda não secou ainda por causa de toda água que estava derramada pelo porão.

Enquanto isso no convés o príncipe e o rei estavam tentando manter um dialogo na linha, o que não durava por muito tempo. – Tenta entender pai, ela não me enfeitiçou, ela salvou minha vida. – O herdeiro estava tentando ao Maximo manter sua calma. – Entenda Christopher, aquele ser terá que morrer para você voltar ao normal. E pare de agir feito uma criança, você já é um homem, ao invés de estar ai sendo encantado por seres imundos e repugnantes era pra você estar preocupado em casar com Lady Bonnier, a sua prometida. – O herdeiro estava com uma pretendente prometida a ele, a muitos anos, desde quando a mãe da lady ainda estava a carregando em seu ventre. Mas para entender os motivos precisamos voltar um pouco no tempo.

*O rei e um dos lideres dos lobos de outro continente conversavam no escritório do grande palácio de garras. – Senhor Bonnier como o senhor pretende deixar nossa ligação ainda mais forte? – O senhor Bonnier olhava para o rei e apanhava o lindo cálice de prata com vinho, e antes de responder ao rei, o homem de traje elegante, cabelos bem penteados e olhos amarelados, levava o cálice até seus lábios e logo que tomou um gole da bebida ele olhou para o rei. – Então vossa majestade, uma das videntes de meu continente, nos informou que minha esposa ira nos agraciar com uma filha. Sugiro um casamento de minha filha com seu herdeiro, assim nossos reinos irão se tornar ainda mais forte. Para podermos destruir o reino dos seres repugnantes. – O rei ouvia atentamente o que o homem lhe dizia. – Então, este feito, meu filho mais velho esta oficialmente prometido a sua filha, e quando matarmos todos daquele reino, as terras deles pertencerão aos Bonnier’s.*

O herdeiro sentia raiva só de pensar que jamais vai poder se casar por amor, ele iria conhecer Lady Bonnier assim que retornassem da viagem, para poder ser anunciado o noivado e em breve o casamento. O príncipe estava borbulhando de ódio e em um passe de mágica se transformou em um gigante lobo de pelagem escura, rosnando para seu pai em forma de protesto, o rei olhava para seu filho lhe enfrentando. Ele caminhava para mais perto do lobo e o agarrava pela pele da nuca, e o levantava deixando o lobo com suas patas dianteiras um pouco erguidas. – Preste atenção Christopher Darkness, você vai se casar com Lady Bonnier, gostando dela ou não. – O príncipe rosnava para o rei, que começou a arrasta-lo pela nuca e joga-lo contra a parede. – Volte ao normal, agora e suba para o quarto, não quero lhe ver mais hoje, sua mãe ficara decepcionada em ver que o filho dela esta se comportando como uma verdadeira besta. – Ao soltar o príncipe no chão o mesmo voltava a sua forma humana e se levantava, olhando seu pai com raiva e saia batendo o pé para o quarto que ele ficara até voltar ao reio de Garras. E a noite chegou tudo que se ouvia era o barulho do mar, o príncipe esperou todos dormir e saio lentamente de seus aposentos, a cada passo que o príncipe dava ele tentava fazer o mínimo de silêncio possível. Ao chegar no porão o príncipe olha um guarda na porta e caminha até ele. – Deixe-me ver a sereia. – O guarda olhava o príncipe. – Sinto muito vossa alteza mas não posso deixar que entre, o rei me proibiu de deixar o senhor se aproximar desse ser repugnante. – O príncipe agarrava o guarda seus olhos ficaram amarelos com a raiva o herdeiro agarrava o guarda pela nuca. – Se não me deixar entrar nesse porão, a primeira ordem que proclamarei quando me tornar rei, é a ordem para te matar, eu sou seu príncipe o seu futuro rei, então você tem que me obedecer, e se a chamar de ser repugnante mais uma vez eu não irei pensar duas vezes em rasgar sua garganta com minha boca, e sentir a temperatura quente do seu sangue. Então se tem amor a sua vida, abra essa porta. – O guarda olhava espantado os olhos e assim que o príncipe coloca o guarda no chão, o mesmo estava tentando não tremer ao pegar a chave e destranca a  porta para o príncipe.

Ao adentrar no calabouço ele via uma cena da jovem Darya sentada encolhida em um canto, ela chorava seu parar de cabeça baixa, ao ouvir os passos se aproximando e sentir a sombra, a jovem fala entre soluços. – Por favor, eu já disse que não enfeiticei o príncipe, eu... – A loira era interrompida por uma voz que ela conhecia. – Eu sei que a senhorita não me enfeitiçou. – Ao olhar para o herdeiro a jovem se encolhia ainda mais. – Eu vou ser morta, certamente vão me matar na praça do seu reino, vossa alteza. – Darya falava olhando com seus olhos azuis carregados de tristeza para o príncipe, ela se sentia traída, sentia medo, desespero e angustia. – A senhorita não será morta, eu lhe dou a minha palavra. – Christopher se abaixava em frente a Darya, e com cautela ele levantava sua mão para enxugar as lágrimas do belo rosto da jovem. Darya por um momento deixava o herdeiro enxugar suas lágrimas, mas logo recuava o rosto. – O senhor não poderá me prometer isso, eu só queria ajudar. Somente isso. – Christopher sentia um peso na consciência e uma angústia se apertava em seu peito. – Por favor, senhorita confia em mim, eu não irei deixar nada acontecer com você. – A jovem o olhava com negação tristeza. – Confiar no senhor? Olha aonde eu vim parar quando confiei em você. O senhor me enganou, mentiu e eu a todo o momento só tentei lhe ajudar. Olhe aquela cabeça de naga, o mesmo acontecera comigo. Por favor, me deixe sozinha, acho que já me apunhalou o suficiente pelas costas. – O herdeiro se levantava e quando iria abrir a porta ouviu a loira o chamar. – Por favor, se ainda existe alguma coisa nesse seu coração, tire essa cabeça daqui. – Christopher respirou fundo e disse sem se virar para a moça. – Fique bem Senhorita, ao acordar essa cabeça não estará mais ai.

Príncipe em sua forma de lobo

Olhos do príncipe ao se dirigir ao guarda

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Olhos do príncipe ao se dirigir ao guarda

Olhos do príncipe ao se dirigir ao guarda

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