𝘞𝘰𝘯𝘥𝘦𝘳𝘧𝘶𝘭𝘭 𝘵𝘳𝘢𝘷𝘦𝘭 🗽

¡¿𝘌𝘯 𝘴𝘦𝘳𝘪𝘰?!

OLIVE

20:34 p.m.

Aquela filha da mãe me paga! Ela me deixou fora de casa só pra ter um encontrinho romântico com o "Pedrinho" dela.

Espera aí...

Se eu estou do lado de fora, só conheço três pessoas aqui na Espanha, e duas delas estão na minha casa, então...

Ah, merda. Saquei.

— Alô? Gavi? — disse eu quando ele atendeu o telefone.

— Señorita? A que honra eu devo a sua ligação? — disse Gavi. — Está com saudades, né? Pois é, eu também.

— Pode parecer um pouco grosseiro, mas na verdade, eu estou presa fora de casa. Kate se trancou com Pedri lá dentro pra fazer sabe-se lá o que.

— Ah, até que é uma justificativa válida. Mas eu ainda não entendi o porquê da ligação.

— Você realmente vai me fazer passar por essa humilhação, Pablo Gavira?

— Eu quero ouvir da sua boca.

Safado.

— Gavi, pode me buscar aqui em casa? — falei, com desânimo.

— Cadê o "por favor"?

— Por favor, Pablito.

— Com o maior prazer do mundo, Liv.

Aaaahhhh!!! Ele disse o meu apelido!

Quando ele chegou, pediu um táxi e me levou até a casa dele, mas não me avisou que a família dele estava lá...

— Pablo? Quem é ela?! — perguntou uma mulher que aparentava ser um pouco mas velha que ele, sentada no sofá. — É a sua namorada??

— Ainda não. — respondeu ele, olhando para mim com um sorriso estampado no rosto.

— Gavi! — alertei-o. — A gente não namora, só... é bem...

— Eu entendi, menina, não precisa me explicar. Mas me diz aí, qual o seu nome?

— Olive. Mas pode me chamar de Ol.

— Só não chama de Liv. Esse apelido só eu posso usar. — disse Gavi, olhando para ela.

— Ok. Bem, meu nome é Aurora, sou a irmã dele. E estou vendo que o meu hermanito tem muito bom gosto! Você é linda!

— Obrigada! Você também! — respondi, sem graça.

Ficamos batendo um papinho, até Gavi decidir que tínhamos que "dormir" .

Hum. Me engana que eu gosto.

— Finalmente, à sós.— disse ele fechando a porta do quarto. — Minha irmã fala demais, ela nunca tinha visto eu sair com uma garota, então...

— Eu acabei de lembrar de um negócio. — disse, interrompendo o assunto dele.

— O quê?

— Há pouco tempo, houve uma polêmica nas redes sobre a princesa daqui, Leonor, gostar de você. É verdade? Ou eu tenho uma concorrente? — perguntei, sorrindo.

— É verdade, mas eu não gosto dela, e mesmo se gostasse, teria que abandonar a minha carreira, o que eu obviamente não aceitaria.

Menos mal. Assim tenho certeza de que não perco para uma garota loira padrão. Eu sou morena, e brasileira. Mas aqui na Espanha eles têm o maior preconceito com mulheres brasileiras. Não sei o que é tão especial em mim que ele tenha enxergado.

— Está com medo de eu gostar mais da Leonor do que de você? Sinceramente, isso é um pouquinho "idiota".

— Só por causa disso vai ficar sem beijinho de boa noite, Gavira. — respondi, fingindo cara de brava.

— Não tem problema. — disse ele se aproximando. — Eu posso roubar um de você.

E ele me beijou de novo, como naquela noite. Mesmo tendo acabado de brincar com ele, eu aceitei. E fui no ritmo dele.

O meu corpo inteiro começou a esquentar, as minhas bochechas estavam pegando fogo, e ele eufórico, como se fosse a primeira vez que estivéssemos nos beijando.

Eu senti um movimento, quase imperceptível, como um impulso, vindo dele. Um movimento que me levava à cama dele. E eu não resisti. Deixei ele me levar, devagar, mas ainda assim.

— Você é linda, ouviu? — disse ele parando por um momento. — Por favor, não deixa nenhum idiota dizer o contrário.

Depois dessa frase, fui eu quem tomou a posse do beijo. Aquilo era demais, eu não podia resistir, tive que me deitar, e depois, deixar ele fazer o que quisesse.

Mas, calma! ele não chegou à...

Deu pra entender.

Só "tiramos a roupa de leve" como eu disse à Kate. Ele tirou a blusa, e eu tirei a blusa, os tênis, as meias, e só.

Depois disso eu decidi dormir. Ele me abraçou e dormimos juntos, comigo contando um pouco da minha vida morando com a doida da Kate e o Pedri agarrado nela.

E foi isso.

E pensando bem, até que Kate pode me trancar do lado de fora quando ela quiser.