→ 9th Chapter - Como se fosse um filme ? ←

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Quatorze anos atrás...

Anda logo ! — Gowon correu entre algumas árvores sorrindo — Suas pernas são mais longas do que as minhas e continua sendo mais lenta.

– Sua pirralha, crianças de oito anos correm mais do que crianças de onze anos. — uma garota de cabelos loiros gritou ao longe tentando alcançar a pequena Gowon. — Você está me fazendo perder tempo com você.

– Isso não faz sentido nenhum. — Gowon indagou ofegante levando as mãos aos joelhos — Chegamos...eu preciso da sua ajuda.

– O que e isso ? E uma casa na árvore ? — a garota tapou a luz do sol com uma das mãos olhando para cima com dificuldade — Você tem uma casa na árvore ?

– Eu construir com o meu papai...mas tem insetos lá dentro, eu tenho medo...e preciso que tire de lá. — Gowon apontou para cima fazendo um bico.

– Você acha que eu sou sua guarda-costas ? — a garota esbravejou cruzando os braços — Você deveria fazer coisas de crianças da sua idade, brincar de boneca, ou sei lá...você não dança balé ? Vamos voltar antes que dêem nossa falta e aquele almoço estupido se torne uma investigação.

A garotinha pouco mais velha que a pequena Park lhe deu as costas bem mal humorada, ela realmente odiava correr e a pequena "Princesa Gowon" como conhecia estava longe de ser uma menininha apaixonada por contos de fadas e brincadeiras com bonecas. Para ela talvez fosse mais fácil lidar com a pequena se ela coubesse no esteriótipo já que lidar com a menina costumava tirar sua paciência por sempre terminar com ela tendo que procurar por ela em algum canto da casa fazendo algo perigoso ou no meio da pequena reserva florestal perto da casa da garota.

Ela já tinha andado um metro com seus braços cruzados e os pés doendo quando ouviu um choramingar e um narizinho fungar, o que a assustou, já que nunca tinha escutado a "Princesa Gowon" fazer algo parecido com chorar.

– Você está chorando ? — a garota se virou engolindo em seco surpresa.

– Não ! — a pequena fungou novamente esfregando os olhos de cabeça baixa — Vai logo embora. Você nem se importa mesmo.

Por algum motivo desconhecido a garota não esperava que aquelas palavras a fizessem se sentir tão mal, talvez fosse por quê elas não eram verdade, ela se importava, na verdade mais do que ela gostaria, mas ela não conseguia dizer isso a pequena e demostra o suficiente. Mas naquele dia ao ver a pequena chorando a primeira vez ela resolveu romper com  sua resistência e tentar mudar as coisas.

– Isso...isso não e verdade. — ela se aproximou lentamente — Eu...só não sei brincar com você. Você e pequena e frágil, mas não haje como se fosse, você gosta de subir nas coisas, de correr, e fala muito...você e uma explosão — a pequena então sorriu — E eu...eu sou assim, parada e sem graça.

– Você e tão boba. — a pequena limpou uma lágrima no seu rosto se aproximando da menina — Você já me viu fazer essas coisas longe de você ? Eu não sei fazer essas coisas como pular na piscina do trampolim quando você não está lá para me pegar na piscina, eu tenho medo de correr, por quê e você que sempre tem uma caixa de curativos de borboleta. Eu não tenho amigos porque a mamãe diz que eles vão me ensinar coisas erradas...eu só conheço você, você não e sem graça, e a única amiga que eu tenho.

Love D.I.V.& | LOONA |Onde histórias criam vida. Descubra agora