Tulipas

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Quebra de tempo (1 anos) (31 de outubro de 1982)

Pov: Petunia

Querida Lily
Faz exatamente um ano que Rose mora conosco e Valter quase aceita ela. Rose parece entender que deve se comportar porque quase nunca chora, dorme a noite toda e é um anjinho.
Rose está começando a andar, e eu estou morrendo de medo que ela caia e se machuque, ela se parece muito com você. Eu estou juntando dinheiro para poder fugir, não acho que seja saudável para Duda ou Rosie morar numa casa que a violência predomina, Duda está muito começando a se lembrar de coisas que não devia e fazer perguntas que não sei responder. Já disse que ela se parece com você? Tão forte, caiu ontem e nem chorou mas eu obviamente fiquei a noite toda do lado do bercinho dela, ahhh o bercinho azul bem clarinho coisa mais fofa, você teve muita bom gosto com as coisinhas dela.
Acredito que em uns 4 anos consigo sair daqui, vou continuar te escrevendo mesmo que você nunca leia. Conversar com você sempre me trouxe paz, sinto falta das suas amigas, mas pelo que soube morreram também né? Sinto muito. E Remus e Sirius? O que houve com eles? Remus era bom com crianças e Sirius era... bom ele era capacho de Remus, seria bom se ele mandasse Sirius lavar uma louça para mim...
Ah, Valter está acordando, vou ter que ir, te amo Lily.
                                      Com amor, Tunny.

Guardei a carta o mais rápido possível com certa urgência ao ouvir os passos de aproximando, me levantei e fiquei sem saber direito o que fazer e decidir sair do quarto de Rose e fingir que apenas estava no banheiro.
Engasguei com o meu suspiro ao ver Valter parado na parte do quarto me esperando com aquela cara maliciosa e eu sabia o que iria vir, sabia que negar tornaria apenas mais doloroso já que ele teria o que queria EU querendo ou não. Então apenas só abaixei uma alcinha da minha camisola e forçando um sorrisinho sexy fui em direção dele, mesmo eu não querendo ele poderia - se eu realmente me esforçasse para querer- fazer aquilo ser prazeroso para mim.
30 minutos depois, Valter dormia tranquilamente na cama e eu me sentia suja, não tão suja quanto normalmente me sentia, mas só um pouquinho porque havia sido realmente bom, e isso me incomodava muito mas não tive tanto tempo para pensar já que Duda resolveu acordar e estava batendo na porta do quarto.
—Mamãe? - ouvi aquela voz manhosa de quem acabou de acordar e rapidamente me levantei vestindo a camisola novamente.
—Oi meu amor, que foi? - disse ao abrir a porta.
— Pesadelo, pode mimi com você e papai?
Sorri levemente e concordei vendo Dudinha subir na cama e se aconchegar em meu braços e em poucos minutos já estaria dormindo suavemente.

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