Lavanda

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Quebra de tempo - 1 de fevereiro de 1983

Pov's Sirius

Não me aguentava de ansiedade, já havia trocado de roupa cinco vezes, penteado meu cabelo e mudado de penteado dezenas de vezes. Eu me surpreendia com a capacidade de Remus de ficar ali, sentado como se nada tivesse acontecendo.
Em apenas alguns minutos as duas pessoas que eu mais sentia saudades iam chegar, nunca admiti mas sempre tive ciúmes de Tunny e Monny.
Tanto dele com ela quanto dela com ele. Eles sempre se deram super bem, só por que ele também foi criado entre os trouxas. Que merda de família puro sangue.

A campainha tocou, e eu saí correndo atender. Tropecei? Sim. Remus riu? Definitivamente sim.

—Oi Tunny pode entrar viu-abracei a mais velha- Oi garotinha, tudo bem com você pequena?

Ela sorriu para mim e meu coração apertou na mesma hora. Ela tinha o sorriso de Lily.

—To... to... tou si..si...sim!

—Que ótimo pequena, vem da a mão pro tio e vamos entrar?

Ela pegou no meu dedo com aquela mãozinha minúscula e eu me derreti na mesma hora.

—Monny olha quem está aqui!

Tunny e Remus já estavam sentados no sofá comendo um biscoito trouxa e me ignoraram descaradamente.

—Mo.. moni!

Os dois rostos que conversavam alegremente de viraram para ver Rose sorrindo e indo na direção de Remus.

—Oi querida

—Por Merlin... Pad's... o sorrido dela... é o mesmo de Lily.

—Sim Monny, é quase como se eu visse ela aqui agora na minha frente.

Remus estava com os olhos cheios de lágrimas e eu mesmo estava me controlando para não derramar as lágrimas que insistiam em borrar minha visão.

Eu consegui me recompor primeiro indo ao quartinho que eu entupi de brinquedos e trouxe uma vassoura infantil e entreguei para Rose. Os três me olharam estranho, como se o esquisito fosse eu! Olha que absurdo.
Rosie era uma menina esperta, obviamente puxou isso do padrinho. Mas devo ter calculado errado alguma coisa, a garota estava VARRENDO com o mais novo modelo de vassoura infantil que voava. ABSURDO. Meu espanto mesmo foi Rose ter devolvido a vassourazinha e falar que estava QUEBRADA pois não varria. Estava passando mal, o que fizeram com a minha afilhada?
—Petúnia... ela não sabe nada de magia?
—Cla...clalo que e... eu sei! - Ela se estressava cada vez mais que ela própria gaguejava, o que fazia com que ela gaguejasse cada vez mais, era engraçado pra caralho, mas se você risse dela ela bateria em você.—Fada fa...fazem ma..ma.ma... mágica!

Eu talvez tenha sentido a vontade de chorar.

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