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Eu bati na porta do trailer e esperei uma resposta lá de dentro. Mas o que eu nem imaginava foi o que eu vi diante dos meus olhos.

Hailee abriu a porta escancaradamente e dava pra ver até a cama no fundo. Hailee estava apoiada com um dos braços na porta expondo seu corpo, com um vestido extremamente justo, como se fosse uma escultura, ela limpava os cantos da boca com os dedos de sua mão livre. Ela tinha em seu rosto um sorriso perverso. Como se estivesse muito satisfeita com o que estava acontecendo. Seus olhos não saiam de mim, mas nenhuma palavra saía da boca dela.

Meus olhos então foram em direção à Lisa, que estava sentada na beirada da cama de Hailee vestindo sua jaqueta.

S/n: O que... ?

Não tive palavras pra continuar a frase. Tentei não tirar conclusões precipitadas, mas mil coisas já se passaram na minha cabeça em poucos segundos que observei tudo aquilo. Ainda boquiaberta dei as costas pra elas e fui para o estacionamento.

Lisa: S/N! 

Lisa me chamou, mas eu não parei de andar e nem me virei pra ela. -

Lisa: S/N , por favor! Espera!

Eu lembrei que havia chegado no estúdio com ela. Então peguei o celular e comecei a chamar um Uber. Assim que um motorista aceitou a viagem senti a mão de Lisa puxar o meu braço me virando pra ela. Já estávamos afastadas dos trailers, mais próximas do estacionamento vazio já a essa hora.

Ela olhou para a tela do telefone e depois para os meus olhos.

Lisa: Babe, vamos conversar.
S/n: (respondi com firmeza) Eu não quero falar com você agora e aqui também não é lugar pra isso.

O motorista estava a 2 minutos de distância. E eu nunca pensei que esse tempo demoraria tanto pra passar.

Lisa: Tudo bem, eu vou pegar a moto e te vejo em casa. 

Lisa falou como se nada tivesse acontecido. Ela soltou meu braço e foi correndo pegar as coisas dela.

Assim que eu vi ela sumindo o carro chegou, entrei rapidamente e pedi para o motorista me levar para outro lugar, o destino da corrida era pra casa da Lisa, ela viu no telefone que era pra lá, então eu queria ir pra outro lugar.

Eu ainda estava em choque e quando o rapaz perguntou onde eu gostaria de ser deixada eu disse pra ele que precisava ficar em qualquer lugar que me serviria álcool. Eu não sou de beber, mas não queria pensar em nada então esse era o jeito mais rápido de esquecer o que eu havia visto.

Eu agradeci o rapaz pela generosidade na hora e depois entrei no local.

Ele me deixou em um Pub bem bacana. A iluminação era baixa, a música não era muito alta, era calmo e tinha sofás pra todo lado. Ele disse que ao lado tinha um hotel e eu não precisaria voltar pra casa hoje, caso eu bebesse demais.

Não foi difícil achar um lugar escondido pra sentar. Logo uma garçonete veio me atender. 

Margot: Oi, meu nome é Margot e vou te servir essa noite. O que posso trazer pra você?

Nossa, que atendimento legal.

S/n: Oi, Margot. Meu nome é S/N e você pode me trazer alguns shots de tequila por favor?
Margot: Claro! 

A moça foi buscar os shots e eu percebi que minha perna direita estava balançando freneticamente. "Para com isso!" Eu disse a mim mesma, tentando controlar a ansiedade que estava furiosa dentro de mim.

Logo a moça voltou com 3 shots e colocou eles na minha mesa, junto com algumas fatias de limão e sal.

S/n: Obrigada! - eu disse e virei os shots em seguida. Ela não se afastou da mesa, me observando.
Margot: Uau! Você é das fortes. 

O que passa na cabeça dela?Onde histórias criam vida. Descubra agora