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Margot estacionou seu carro na rua úmida em frente ao Pub, sob a leve chuva que caía. Ela estava absorta em seus pensamentos, tentando manter a calma apesar do turbilhão emocional que a consumia desde o encontro com S/n. Apenas queria um momento para si mesma, longe das complicadas teias de emoções que a cercavam.

Ao abrir a porta do Pub, um cheiro forte de gasolina a atingiu de imediato, fazendo-a franzir o cenho em preocupação. A luz fraca do ambiente vazio, habitualmente acolhedor, agora parecia sinistra sob a evidência de que algo estava terrivelmente errado ali.

Ela hesitou na entrada, olhando ao redor com cautela. O Pub estava deserto, como esperado em seu dia de folga, mas o odor pungente de gasolina era inegável. Seu coração começou a bater mais rápido, enquanto pensava no que poderia significar aquilo e no que fazer a seguir.

De repente, um barulho metálico ecoou do fundo do Pub, fazendo Margot dar um pulo de susto. Seu coração batia descompassado, a adrenalina correndo em suas veias. Ela apertou o punho contra o peito, tentando controlar a respiração acelerada.

Tomando uma decisão impulsiva, ela se dirigiu à porta entreaberta, pronta para enfrentar o que quer que estivesse lá dentro. A escuridão a engoliu enquanto ela cruzava o limiar, deixando para trás a luz fraca do bar.

Seus olhos se adaptaram lentamente à penumbra, revelando um corredor estreito e empoeirado. No final do corredor, uma luz fraca emanava de uma porta fechada. Margot se aproximou com cautela, cada passo amplificado pelo silêncio sepulcral.

Ao chegar à porta, ela hesitou por um momento. O que a esperava do outro lado? Um perigo iminente ou apenas uma falsa ameaça? Tomando uma profunda respiração, ela girou a maçaneta e empurrou a porta com força.

Ela imediatamente se depara com um gatinho perdido. Por causa do cheiro forte de gasolina ela pega ele no colo e o leva para fora. Ao passar pelo balcão do Pub ela vislumbra a silhueta de um homem sentado e de costas pra ela.

Margot se aproximou da silhueta com cautela, o gatinho aconchegado em seus braços. O cheiro de gasolina era ainda mais forte naquele canto, e a cada passo a ansiedade aumentava. Ao se aproximar o suficiente, a figura se virou lentamente,revelando um rosto que ela jamais esqueceria: Killgrave, seu ex-namorado abusivo, de quem ela fugia há tanto tempo.

O sangue gelou em suas veias. Killgrave a encarou com um sorriso sinistro, seus olhos ardendo em um brilho perverso. Margot se encolheu instintivamente, o gatinho miando assustado em seu colo.

Killgrave: Margot!

Killgrave disse com voz suave, como se estivessem se reencontrando em um café aconchegante.

Killgrave: Que surpresa te encontrar aqui.

Margot não respondeu, apenas o fitou com terror estampado em seus olhos. As lembranças das manipulações cruéis, do controle mental e da violência que ele a submeteu inundaram sua mente.

Killgrave: Vejo que você encontrou um novo amigo.

Continuou, seus olhos se fixando no gatinho.

Killgrave: Mas você sabe que eu sempre serei seu único dono, não é?

Margot apertou o gatinho contra o peito, protegendo-o do olhar penetrante de Killgrave. Ela precisava sair dali, precisava se afastar dele antes que ele a machucasse novamente.

Margot: Killgrave.

Ela disse com voz firme, apesar do tremor que percorria seu corpo.

Margot: você não tem o direito de me intimidar.Saia daqui agora, antes que eu chame a polícia.

O que passa na cabeça dela?Onde histórias criam vida. Descubra agora