𝐎 𝐡𝐨𝐬𝐩𝐢𝐭𝐚𝐥

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A manhã clareou, mas o apartamento de Camila permaneceu impregnado pela sombra dos eventos da noite anterior. Seu corpo, marcado pelas provações, jazia no chão da sala, como uma testemunha silenciosa da violência que se abateu sobre ela. A notícia do incidente chegou à sua família, despertando preocupação e urgência.

A família de Camila, ansiosa e apreensiva, chegou ao hospital na esperança de encontrar respostas. O choque que os envolveu ao verem sua sobrinha tão debilitada foi palpável. Margarida, a tia, abraçou Camila, os olhos marejados de lágrimas enquanto tentava compreender o que havia acontecido.

Margarida: (voz embargada) Camila, meu Deus, o que aconteceu?

Camila, ainda atordoada, tentou articular palavras para explicar, mas a dor e a confusão nublavam suas respostas. A família, perplexa diante da situação, decidiu levá-la de volta ao apartamento para recuperar algumas roupas antes de buscar ajuda médica adequada.

O trajeto até o apartamento foi marcado pelo silêncio tenso. Camila, ainda zonza, tentava entender a extensão dos ferimentos enquanto sua família trocava olhares preocupados.

Ao chegarem, Margarida sentou-se com Camila no sofá, sua expressão pesada de preocupação.

Margarida: (hesitante) Camila, precisamos te levar para um lugar onde possam cuidar de você adequadamente. Vamos ao hospital.

Camila, confusa, não compreendia totalmente a gravidade da situação.

Camila: Hospital? Por quê?

Margarida: (respira fundo) Camila, querida, decidimos que é o melhor para você. Um hospital que possa oferecer ajuda especializada.

A realidade do que estava por vir atingiu Camila como um golpe. As lágrimas que ela segurava começaram a escapar.

Camila: (desesperada) Não, tia, você precisa acreditar em mim! Eu não estou louca, eu juro!

Margarida, mesmo com a dor estampada no rosto, manteve sua decisão.

Margarida: Camila, confiamos que isso é o melhor para você agora.

A garota infelizmente sabia que esse seria seu fim, já que estaria trancada em um quarto de hospital, se gritasse seria chamada de louca, mas dificilmente atendida na hora, ela não tinha forças para fugir, estava muito cansada para fazer isso, percebeu que apenas restava aceitar, mas tinha algo que ela poderia fazer,  para conseguir tranquilizar sua família depois que estivesse morta.

Não estou sozinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora