O nascimento de uma rainha

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Em busca da saída da casa, pois agora Seokjin se sente um tanto quanto atordoado para se focar em achar a direção certa, Hoseok acaba avistando o mais velho. Primeiro, o náiade imagina que o ogro esteja o procurando, caminhando pelo meio das pessoas como se estivesse sem rumo, mas quando ele presta um pouco mais de atenção no rosto alvo, a expressão de Seokjin carrega coisas muito mais pesadas do que antes de se separarem.

Imediatamente, Hoseok enche-se de um sentimento de agonia apenas pela possibilidade de alguma ter coisa ter acontecido ao mais velho, desesperando-se em alcançá-lo e, também, em conseguir consolar, seja lá o que tenha acontecido. Tomado por essa gama de sentimentos tortos, Hoseok decide não esperar para ver os próximos passos de Seokjin, deixando seus amigos e o jogo bobo para segui-lo pelos corredores da enorme casa.

O problema, para ele, se encontra em sua falta de altura. Se perder no meio de uma aglomeração de pessoas desse jeito, se pondo ao acaso para achá-lo, foi realmente um tiro no pé. Olhando para cima, o Jung só consegue enxergar as cabeças dos outros colegas, e pouco tem visão a longa distância.

Hoseok só consegue ter algum vislumbre de Seokjin quando, enfim, coloca os pés do lado de fora da casa, depois de procurar com muito custo a entrada da residência. Porém, a angústia não demora muito para tomá-lo novamente, pois ele vê Seokjin correndo adoidado pelo meio da rua, cada vez mais fora de alcance. Mesmo conhecendo pouco sobre o ogro, o náiade tem certa noção sobre sua personalidade, e ele sabe que Seokjin não sairia correndo desse jeito, sem ao menos se despedir dele, sem que alguma coisa realmente tenha o incomodado, e muito.

Portanto, Hoseok passa a correr também, seguindo pelo meio da rua assim como Seokjin, tentando alcançá-lo a todo custo, o coração à mil enquanto uma forte sensação de imponência e culpa tomam conta de si. Não deveria ter insistido tanto para levar Seokjin para a festa, deveria ter ficado em casa com seus sentimentos patéticos sob controle e não deixar nada de ruim acontecer ao mais velho.

Hoseok já devia imaginar, mas correu o máximo que suas pernas aguentaram antes de perder Seokjin completamente de vista quando o mais velho virou numa esquina. Hoseok já está tão profundamente cansado, que simplesmente não consegue distinguir qual caminho o mais velho pegou para fugir devido à vista turva. Agora, parado no meio da rua, ele só consegue se martirizar e culpar pelo acontecido.

Já não existe mais ânimo para festa alguma, e a cabeça do náiade se tornou uma confusão intensa, doendo em todos os lados pelo grande fluxo de pensamentos. Tudo que consegue extrair dos pensamentos confusos é a vontade de voltar para sua casa, quem sabe mandar mensagem para Seokjin e pedir desculpa? Talvez descobrir o que aconteceu e quem o machucou dessa forma.

Mas é só Hoseok colocar os pés de volta dentro da casa em busca de um copo de água para se acalmar, que Min Yoongi entra em seu campo de visão. O Jung não gostaria de atribuir alguma culpa ao garoto, mesmo com a carinha arteira de quem acaba de fazer coisa errada praticamente despejando-se sobre o chão. Respirando fundo para controlar seus sentimentos e pensamentos, Hoseok faz questão de dar a volta pelas salas, tudo para não dar de cara com o sereia.

Neste momento, tudo que ele quer é se sentir um pouco menos tonto para ter condições de dirigir o carro emprestado do pai, apenas para a ocasião especial de ter trazido Seokjin para a festa. Tudo que precisa é um bom copo de água e mais alguns minutos, e não uma possível briga com seu ex no meio de todas essas pessoas fofoqueiras.

Porém, não é isso que Yoongi quer, e ele deixa isso bem claro ao reaparecer na visão de Hoseok a cada sala trocada, chegando cada vez mais perto do náiade. Hoseok então se dá por vencido, parando há metros da mesa de bebidas, deixando que o mais velho se aproxime o suficiente de uma vez.

ele é demais (2seok)Onde histórias criam vida. Descubra agora