Capítulo 22

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JOSHUA SMITH

— Você é idiota? — Libby Ann solta uma risada que beira a histeria. — Eu não posso acreditar nisso. Você é um completo imbecil! Um idiota que não sabe o que é melhor para você! Como você ousa me trocar por aquela baleia cor de rosa enfeitada? Eu sempre estive aqui, Joshua! Fui seu primeiro beijo, fui sua primeira transa, eu sou sua noiva e é assim que você me agradece?!

— Você não é minha noiva. Te pedi em casamento porque queria melhorar o inferno de convivência que tínhamos e você escolheu ir embora mesmo assim.

— Por culpa sua! Você não sabe como tratar uma mulher ou fazer alguém feliz. Você não é nada sem mim, está me ouvindo Joshua? Nada! — Libby Ann lança um copo de vidro que estava na bancada contra uma parede, espalhando estilhaços por toda a parte. — Está vendo o que me obriga a fazer? Se você fosse um bom homem eu não precisaria fazer isso.

— Vá embora, Libby. Você não é bem-vinda aqui.

— Você realmente prefere aquela gorda? — Com uma expressão incrédula no rosto Libby Ann se aproxima de mim, os sons de vidro quebrando à medida que ela pisa nos cacos. — Ela é feia. Ela é enorme. Ela não chega aos meus pés e mesmo assim voc}e 'refere ficar com ela? É por causa do feto?

— É um bebê e não, não é por isso.

— Então o que?

— Eu não te amo. — Lembro dos critérios de Kelly me fizeram pensar tanto sobre o assunto. — Quando eu penso sobre meu futuro não te imagino como minha esposa ou mãe dos meus filhos. Você fica melhor sozinha, não fazendo parte da minha vida.

— Foi isso o que ela te disse? — Outro riso histérico. — Você não é nada sem mim. Você precisa de mim, Joshua. É assim que planeja desperdiçar tantos anos de nossas vidas por uma mulher que acaba de chegar? O que ela tem de tão especial, hm?

— Eu não preciso te responder. Só quero que vá embora.

— Você não pode fazer isso comigo! — Pega uma colher esquecida sobre a ilha da cozinha e lança contra a parede. — Você não pode!

— Essa é a minha casa. Eu decido quem fica aqui ou não e eu não te quero aqui! Eu já tenho uma namorada, ela mora comigo, nós teremos um bebê, começaremos uma família e vou pedi-la em casamento. Nós terminamos, o que eu faço com a minha vida não te diz respeito.

— Mesmo? Não me diz respeito? Você está certo sobre isso? O que a imprensa diria se eu aparecesse machucada denunciando os abusos do meu ex-noivo? Você não imagina como é fácil acabar com você. Eu só preciso de uma entrevista. Você é o mais forte, Joshua. É o violento da nossa relação. Quando eu contar os horroes que sofri durante nosso noivo eles nunca te perdoarão. Oh, Joshua, por favor, por favor não me bata! E se eu conseguir um olho roxo? Alguns machucados renderiam fotos perfeitas, você não acha?

— Eu nunca levantei a mão para você e você sabe disso.

— Quem investigaria essa história? Eu sou o elo mais fraco. No último jogo você foi parar na penalty box por quase quebrar o nariz de um cara. Eles nunca acreditarão em você. Vou acabar com a sua carreira, vou arrancar seu dinheiro e vou te fazer pagar por me trocar por uma porca de tule rosa.

— Não, você não vai. — Fleury entra na cozinha com o celular na mão, parando a gravação de áudio na frente de Libby Ann. — Fui criado por advogados famosos. Você não acha que eu deixaria a oportunidade passar não é sua vadia louca? Faça qualquer coisa contra Smith, a namorada dela ou o bebê dos dois e sou eu que vou destruir sua vida. Não espere compaixão da minha parte, terei muito prazer em acabar com você.

— Isso não é da sua conta.

— É assim. Detesto você, tudo o que você faz e representa me irrita. Por anos você entrou e saiu da vida do meu amigo por capricho e agora você aparece infernizando uma garota grávida? Não é assim que funciona.

— Eu deveria socar a sua cara!

— Você pode tentar. — Fleury lhe dá um sorriso debochado. — Adoraria ver como terminaria. A propósito, os caras já estão lá fora prontos para te levar até o aeroporto. O melhor que você pode fazer é voltar para o Texas e ficar com sua família, aparentemente eles são os únicos que te suportam.

— Isso não vai ficar assim.

— Eu pareço ter medo de você? — Fleury arqueia uma sobrancelha. — E você, Smith?

— Não. Você é apenas uma mulher transtornada e irritante que apareceu na minha casa sem sem convidada.

— Invasão de propriedade. — Fleury desloqueia seu telefone. — Quer mais esse problema no seu processo, Libby Ann? Podemos chamar a polícia e formalizar a denúncia.

— Vocês vão se arrepender muito. — Libby Ann marcha para fora da cozinha.

— Onde está Kelly? — Pergunto.

— Descansando em um dos quartos de hóspedes. O quarto principal está um caos e não queria que ela se encontrasse com a louca pela casa.

— Obrigado, Fleury.

— Estou há anos esperando para mandá-la para o Inferno. Eu detesto essa mulher. — Me dá um tapinha no ombro. — Vou garantir que ela saia da casa. Mal, Kane e Downing vão levá-la ao aeroporto e garantir que ela entre no avião. Vá falar com sua mulher.

Eu concordo com um sorriso agradecido. Meus músculos estão tensos e tenho a sensação de que fui atropelado por um caminhão. Conheço os Williams desde criança, a família não é maluca como Libby Ann, ao menos não todos. Isso não me importa agora, eu só quero garantir que Kelly está bem e depois volto para limpar a bagunça na cozinha e providenciar algo para ela comer.

Esse dia não poderia ter terminado mais caótico, mas espero que tenha sido o suficiente para mantê-la longe de nós. Os Williams morreriam se Libby Ann se envolvesse em um escâdalo dessa magnitute com denúncias comprovadamente falsas. Eles prezam pela reputação na cidade.

Apenas uma noite - Os Jogadores #2Onde histórias criam vida. Descubra agora