Capítulo 5

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JOSHUA SMITH

Bloqueio a tela do meu telefone e o guardo no bolso. Combinei com os caras de nos encontrarmos na casa do Malkin hoje, eles certamente imaginam que levarei minha "garota secreta", o que me causa arrepios na espinha. Eles podem assustá-la.

Por sorte o treino terminou cedo hoje e posso me preparar para todos os cenários possíveis desse encontro. Kane pode falar alguma merda e Fleury pode agir como um terapeuta, para nossa sorte Mal e Downing estarão com suas mulheres e serão a voz da razão.

Estou retirando meus equipamentos do carro quando noto o minúsculo veículo azul de Kelly entrar no rancho. É um carro compacto e antigo, não sei como ainda funciona ou como consegue chegar até aqui com uma estrada de terra tão longa. Devemos conversar depois sobre a possibilidade de trocar esse carro. Quero os dois em segurança, eles são minha prioridade agora e eu nunca me perdoaria se algo acontecesse a ela ou ao nosso bebê porque não troquei essa lata velha antes.

Retiro meu boné e passo a mão por meu cabelo antes de recolocá-lo. Não me incomodo em esconder a checada que dou em Kelly quando ela desce do carro. Foda-me se ela não é a garota mais voluptuosa e gostosa deste estado. Seu cabelo loiro está arrumado em ondas hoje, parecendo um daqueles penteados dos anos cinquenta, seu batom vermelho destaca a boca carnuda e os olhos azuis, o vestido do dia é um rosa com pequenos corações vermelhos e um decote generoso. Abençoados sejam seus seios.

Kelly diz não ser adepta aos exercícios, isso poderia ser denominado de muitas formas, mas só me deixa feliz que ela não tenha qualquer frescura para comer. Ela se alimenta do que tem vontade, não se submete a dietas loucas ou passa fome por um corpo ilusório. Kelly é uma mulher real, com carne em seus ossos e muitos lugares para explorar. Ela disse que as más línguas a chamavam de nomes horríveis na época da escola por causa do seu peso, o que não faz o menor sentido para mim, a mulher é a personificação da luxúria.

Observo seus saltos vermelhos a moverem em minha direção, o balanço de seu vestido ao vento, seus cabelos movimentando à medida que ela caminha e seus seios atraindo minha atenção como a personificação de minhas fantasias adolescentes. Eu posso estar babando nesse momento.

— Hey Cowboy. — Coloca uma mão na cintura e sorri para mim. Seu sorriso é doce e iluminado, com um ar de pureza que faz pesar minhas partes íntimas. É preciso toda a minha força de vontade para não agarrá-la.

— Minha senhora. — Toco na aba do boné como uma cortesia. — Como foi o trabalho?

— Muitas noivas felizes. Kim veio me visitar e tivemos uma conversa bem incentivadora.

— Contou sobre nós?

— Sim. — Sua língua sai para umedecer os lábios e esse gesto parece acontecer em câmera lenta diante de mim. — E sobre o bebê também.

— Ela reagiu como você esperava?

— Sim, Kim é uma amiga querida. — Dá um passo em minha direção. — Nossa conversa não ficou limitada ao bebê. Kim me fez ter uma percepção interessante sobre as coisas.

— Sério? — Apoio minhas mãos em meu quadril, precisando mantê-las o mais longe possível de Kelly. — Como o que?

— Tudo isso. — Kelly sobe as mãos por meus braços, alcançando meus ombros e segurando minha camisa em seus dedos. — Falou sério quando disse que quer formalizar nossa relação?

— Absolutamente, senhorita.

— Graças aos céus. — Disse em um suspiro.

O próximo movimento de Kelly é ficar na ponta dos pés e me beijar. Eu não ousaria dizer que sou um cavalheiro e recusei sua investida. Estou atrás dessa mulher desde a noite em que ela fugiu! É por isso que afundo meus dedos em sua bunda e nos movimento com cuidado pelo jardim até minha caminhonete, o apoio mais próximo, estacionada na sombra de uma árvore.

Quando consegui colocar Kelly sentada sobre o capô me permitir aproveitar o beijo como eu tanto queria. Seu cheiro de morango alcançou meu nariz, seu cabelo sedoso brincando entre meus dedos, seu gosto em minha boca como meu novo sabor favorito.

Minhas mãos inquietas voltaram para seu quadril, agarrando-o e a trazendo para o mais perto de mim possível. Eu posso sentir seus seios contra mim, as costuras de seu vestido delicado me desafiando a rasgá-las fora. Kelly divide a ação comigo, não há alguém na liderança, são duas pessoas necessitadas e ansioas uma pela outra querendo aproveitar o momento.

Sinto suas unhas arranharem minha nuca, é quando aproveito para segurar uma de suas coxas com força e prensá-la contra mim. Meu boné se perdeu em algum momento e não posso dizer que sinto falta dele.

Kelly se afasta ofegando, me dando a oportunidade de explorar seu pescoço com beijos e mordiscadas, deixando seu perfume me embriagar. Eu sou apaixonado pelo cheiro dela. Esfrego a ponta do seu nariz atrás de sua orelha, disfarçando um sorriso quando ela treme visivelmente.

— As minhas estão no carro. — Kelly fala, ainda ofegante e tentando controlar a própria respiração. — Vamos mesmo fazer isso?

— Nós já estamos fazendo isso, senhorita.

— É a melhor loucura que já cometi na vida. — Dá uma risadinha fofa e tenta limpar a enorme mancha avermelhada que domina meu rosto.

— Nós estamos juntos oficialmente agora.

— Pensei que havia esclarecido isso quando pulei em você.

— Sim, mas gosto de garantias.

— Minhas malas estão no carro e eu tenho o seu bebê na minha barriga. Precisa de mais garantias, cowboy?

— Essas estão boas, por enquanto. — Beijo seu lábio inferior. — Eu adoraria te levar para dentro e te comer no sofá da sala, mas infelizmente temos que encontrar o pessoal.

— Não podemos nos atrasar? — Abre um sorriso de garota levada, que me leva a estapear sua bunda deliciosa como punição.

— Se fizermos isso acharão que estou tentando te esconder e aparecerão aqui sem serem convidados.

— Seus amigos são persistentes.

— Irritantes, eu prefiro. Eles também podem ser terrivelmente inconvenientes.

— Tudo bem. Vou me trocar e podemos ir.

— Você está ótima assim. Está sexy.

— Eu agradeço o seu elogio, cowboy, mas seu beijo e sua tentação de uma possível foda no sofá me fizeram precisar de um banho. Eu sou uma mulher grávida, meus hormônios estão malucos! Não se faz esse tipo de promessa para uma mulher no meu estado.

— Eu não faço promessas que não pretendo cumprir, senhorita.

— Eu acho ótimo. — Dá um tapinha no meu ombro depois que eu a coloco no chão. — Mas temos que encontrar seus amigos antes que eles venham até nós.

— Teremos oportunidades futuras para você aparecer com a cara pós-sexo.

— Você não ousaria, Josh!

— Nós dois sabemos que eu ousaria, sim.

Apenas uma noite - Os Jogadores #2Onde histórias criam vida. Descubra agora