─── Eu te vejo, 𝐍eteyam. ❜❜
Desde a morte de seu pai quando tinha apenas sete anos de idade, Niga'ri passou a ser cuidada pelos Sully. A garota foi treinada e educada como um deles, crescendo em baixo das asas de Neytiri e de Jake. Sendo a segunda...
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NIGA'RI ACORDOU ATORDOADA, seu peito subia e descia freneticamente, denunciando sua crise de ansiedade. Ela estava ofegante, seus olhos marejados e uma sensação horrível percorria seu peito. A falta de ar se fazendo presente em cada extensão de seu corpo.
Niga'ri odiava aquela sensação.
Por mais que meses tivessem se passado, os pesadelos ainda a assombravam na calada da noite. Toda vez que fechava seus olhos, ela voltava ao dia que perdeu Neteyam.
E ela se sentia uma merda por isso.
Ela se sentou afim de acalmar sua própria respiração, apoiou suas mãos na própria coxa, estas que estavam trêmulas. Ela olhou para suas mãos, lembrando-se delas banhadas pelo sangue daquele que amava.
Porque tudo sempre acabava em tragédia?
Niga'ri se sentiu impotente e vulnerável, ela se sentia fraca.
E então, de repente, sentiu algo tocar de leve sua cintura, acariciando o local. Ela não se importou, absorta demais na prisão que sua mente era.
— Niri. — o garoto que dormia ao seu lado sussurrou, firmando o aperto reconfortante na sua cintura. — O que foi? — ele se sentou, olhando para a menina.
Niga'ri o olhou por cima do ombro, encontrando os olhos que mais amava naquele mundo. A cor deles pareciam ouro derretido; banhados de preocupação.
Os olhos da nativa se encheram de lágrimas, manchando seu belo rosto. As lágrimas escorreram de seus olhos, pingando pelas suas bochechas e salgando seus lábios.
O garoto levou a outra mão até a bochecha de Niga'ri, limpando as lágrimas que insistiam em cair. Ele acariciou sua bochecha, passando o dedo calmamente sobre a pele macia e molhada.
— Por que você está chorando? — ele levou a mão que antes estava em sua cintura para sua coxa, a colocando por cima da sua mão, apertando-a em forma de conforto.
— Só estou feliz em te ver, Neteyam. — Niga'ri respondeu, um pequeno sorriso crescendo no canto de seus lábios, uma lágrima solitária escorrendo pelo canto de seu olho.
Ela entrelaçou seus dedos com o dele, sentindo-o acariciar as costas de sua mão.
— Também estou feliz em te ver. — respondeu o mais velho, puxando a garota para um abraço.
