𖤍 Jinchuuriki da Areia

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Pov Sn:

Acordo lentamente e olho o relógio na mesinha de cabeceira, esfrego os olhos e me levanto preguiçosa.

Entro no banheiro, escovo os dentes e lavo o rosto. Saio do quarto e vou até a cozinha, estou morrendo de fome.

Preparo três mistos quentes e um capuccino gelado, sento na mesa sozinha e começo a comer, ouço passos e me estico para ver de quem se trata.

— Quando terminar de comer, pega o manto. Tenho uma missão pra você.— Pain fala indo até a geladeira.

— Solo, certo?

— Não, com o T...

— Sn-senpaaaaaiii! O Tobi vai na missão com você!!!!! Eu tô tão feliz com isso!— olho incrédula para Pain, ele da de ombros e vai pro escritório.

Pego meu prato e xícara e vou atrás dele.

— Caralho Pain! Com tanta gente pra ir numa missão comigo, você manda logo esse palerma!! Até o Pinóquio seria melhor!— reclamo e volto a mastigar.

— Pinóquio?— ele pergunta arqueando uma sobrancelha.

— O Sasori!— respondo com a boca cheia.

Pain sorri por me ver nessa situação.

— Você é a garota mais esfomeada que eu já vi em toda a minha vida!!— ele diz.

— Ainda vou na missão com o Tobi?

— Com certeza, o Tobi pode com certeza evitar que você mate alguma criança de novo, agora adianta. Estão atrasados.— ele diz e volta a revisar os papéis.

Saio do escritório e vou até meu quarto, termino de comer e arrumo meu cabelo, pego o meu pingente e meu manto.

Encontro Tobi no sofá e assim que ele me vê começa a saltitar e falar que eu estou linda.

— Olha aqui, eu não tenho a paciência dos outros membros da akatsuki! Então, não me amola. Vamos.

Tobi para quieto e me acompanha, saímos da casa e começamos a seguir caminho até a Vila da Areia

— Sn-senpai, por que não gosta do Tobi?— ele pergunta em um determinado momento.— O Tobi é tão chato assim?

— O problema não é só você ser incrivelmente chato e completamente insuportável, é essa sua personalidade criada. — falo séria e ele para no meio da estrada.

— Do que está falando Sn-senpai?— ele pergunta baixo.

— É sonso mesmo não é...— falo me aproximando fazendo ele dar passos para trás.— Essa sua encenação começou quando? Ah é, você surtou depois que a Rin morreu, foi uma pena você ter visto tudo, mas afinal, É Tobi, Obito ou é o Uchiha Madara?— pergunto olhando pelo furo na máscara.— Eu sei que foi você quem jogou a Kurama na vila, é o culpado do fim dos Uchihas e quer dar início a uma guerra ninja, manipula geral com o Sharingan...menos eu, é claro.
(só quem pegou a referência vai ler cantando)

— Mas que porra!— sua voz muda e ele me segura pelo pescoço e me lança contra a árvore.— escuta aqui, não me interessa como você soube de tudo isso, mas eu juro que se você contar pra alguém eu vou te....

— Matar? Ah, vai enfrente, tô louca pra que alguém vença o medo e mate a própria morte.— falo e ele solta meu pescoço aos poucos.

— Vamos logo.

Ele sai na frente e me deixa escorada na árvore, respiro fundo e o acompanho.

•••

É uma missão de reconhecimento e espionagem, e como Obito não quer ser descoberto, eu vou entrar na vila sozinha.

Escondo meu manto e vou em direção a entrada da vila, lá eles pedem minha identificação e dou. Entro na vila como visitante e começo a xeretar por alí.

Aproveito que estou sozinha e paro em alguns restaurantes e lanchonetes, como um pouco de tudo.

Passo em uma padaria e vejo uns doces bem bonitos entro e peço vários deles, me sento em uma mesa e começo a comer, mas eu não faço isso apenas pelo simples prazer de comer, mas também pra ouvir o que a maioria dos guardas conversam.

Vejo 3 jovens entrarem na padaria, uma garota com um leque enorme nas costas, outro garoto todo de preto com algo enrolado em bandagens pendurado nas costas, e um jovem ruivo, com uma cabaça também pendurada nas costas.

Ouço o dono do estabelecimento se dirigir a ele como Kazekage Gaara.

Eles se sentam na mesa ao lado da minha e eu, pra ouvir sobre o que eles estão conversando, peço mais meia dúzia dos bolinhos.

— Soube que a antiga integrante da Akatsuki voltou pra organização.— a loira diz.

— Depois de 8 anos sumida?— o de preto pergunta.

— É Kankuro, ela voltou e já foi vista por aí cumprido missões, quase ninguém viu o rosto dela, mas a fama dela é grande por aí a fora.— a loira diz.

— Eu ouvi falar sobre isso, ela tá sempre usando um capuz, mas as poucas pessoas que viram seu rosto e ficaram vivas pra contar, dizem algo sobre a beleza dela.— O ruivo diz.

— "Bela como um anjo e cruel como um demônio." Todos a descrevem assim, há uns dias atrás ela matou uma criança inocente.— a loira diz.

— É Temari, temos que tomar cuidado.— o tal Kankuro diz.

— Se ela vier atrás de mim pra obter o Shukaku, lutarei com todas as minhas forças.— o ruivo diz.

— E estaremos ao seu lado Gaara.— Temari diz.

Ah, então ele é um Jinchuuriki.

— Ei você!

— Hã, quem? Eu?— pergunto olhando para o tal Kankuro.

— Você mesma, por acaso é turista?— Temari pergunta.

— Sou sim.

— De onde?— Kankuro pergunta.

— Vila do Sol.— respondo a primeira vila que me vêm a cabeça.

Assim que me identifico eles voltam a conversar entre si. Noto que o Kazekage não para de me olhar, é melhor eu dar o fora.

•••

Caminho pela vila por mais algumas horas, percebo que a noite já caiu. Resolvo parar para comprar algo para comer, me sento em um banco numa praça e como sozinha.

Ouço alguém se aproximar e vejo que se trata do Kazekage, mas que porcaria.

— Olá.— ele diz sereno.

— Está me seguindo senhor?— pergunto e vejo o rosto dele ruborizar.

— Não não...bom, talvez. Você me chamou atenção, nunca a vi por lugar nenhum— ele explica.

— Pois é, eu não saio muito. Eu tenho que ir senhor.— me levanto pra ir embora e sinto sua mão segurar a minha.

— Qual o seu nome?— ele pergunta.

— Sn.

— A verei de novo?— pergunta.

— Talvez.

Falo e corro pra longe dali, entro em um beco e ponho as asas para fora, levanto vôo e vou embora.

Encontro Obito na floresta e voltamos para casa, faço o relatório da missão, ocultando apenas a última parte e vou descansar, isso com o garoto Jinchuuriki foi estranho demais, até para mim.

Continua...

A Filha da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora