Oito.

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✝ Anthony ✝

Surpreendo-me com a resposta de Julie. E mudo completamente meus planos. A levaria para um barzinho, mas resolvi que a levaria para minha casa.

- Aonde vamos? - ela pergunta de novo.

Sorrio - Para minha casa - respondo.

- E o que vamos fazer lá? - pergunta

Ou ela era curiosa. Ou estava com medo.

- Conversar - respondo - E eu vou te preparar um jantar.

Ela fica em silêncio. Logo chegamos à minha casa. Eu saio do carro e logo em seguida ela sai. Ela esta quieta e isso são muito estranhas.

- Porque você está quieta? - perguntei. Ela sorriu.

- Só estou pensando - afirmou.

- Lá vem bomba - falei baixinho.

Entramos no elevador e fomos até o meu andar.

- Bem vinda - falei. Enquanto abria a porta.

Ela entrou e olhou em sua volta. Ela caminhou até o sofá e se sentou. Sentei-me ao seu lado.

- O que você quer que eu cozinhe para você?

Ela me olhou e pôs a mão no queixo - Uma comida gostosa - deu uma pausa - Que você ache que eu vou gostar - falou.

- Isso é um desafio? - perguntei.

- Aceite isso como quiser - sorriu.

Levantei-me e fui para a cozinha. Resolvi preparar minha comida preferida - arroz calabrês e de sobremesa, palha italiana - Julie levantou e se apoio no balcão me olhando.

- O que foi? - perguntei

Ela sorriu - É que o cheiro está bom - afirmou.

Dei risada - Sou um mestre cuca, Julie.

- Sei - olhou para a porta - Só acredito provando.

- Vamos conversar - falei. Ela me olhou - Sobre minha vida.

Ela negou - Quero que você me conte por livre e espontânea vontade - falou - E não por eu não ter respondido sua pergunta. - franziu o cenho.

- Bom então vou falar, mesmo assim - dei uma pausa. Ela me encarou - Meu pai tem uma empresa de vinho, e eu a assumi - suspirei - Não queria ter que assumir toda essa responsabilidade. Eu queria fazer faculdade e trabalhar no que eu gosto.

- E o que você gosta? - ela perguntou

- Ciências da computação - respondi - Mas segundo meu pai, eu não posso fazer. Só posso fazer administração - revirei os olhos - Me deixa falar mais - Ela sorriu - Tenho vinte anos. Gosto de cozinhar e de encher a cara. Não sou de sair. E sou muito obediente - Ela da uma risada, que me faz rir junto - Quietinha - pedi - Moro sozinho, não tenho irmãos e bom estou tentando ganhar a amizade de uma boboca que fica rindo da minha cara.

- Você já tem minha amizade - afirma.

Aproximo-me dela e lhe dou um beijo na testa.

- Vamos jantar - falo

- Vamos ver se é mestre cuca mesmo.

Nós sorrimos.

- Posso te fazer uma proposta? - pergunto.

- Depende - responde.

- Quando você acabar a faculdade - ele da uma pausa - Ou durante. Se você quer estagiar na empresa - falei.

Ela arregalou os olhos. E suspirou.

- É sério? - perguntei

- Seriíssimo - respondi - Quando você quiser a empresa vai estar de braços apertos para você.

Seu olhar brilha - Não posso aceitar - fala.

- Pensa direitinho - falo. - Mas agora vamos assistir a um filme?

Ela sorri - Que filme?

- Que tal - eu olho na minha prateleira - A menina que rouba livros.

- Gostei - falou. E se sentou no sofá.

Coloquei o filme. E fui ao meu quarto peguei uma coberta. Voltei para sala e me sentei ao seu lado. Daí play no filme. O filme era emocionante e Julie chorava.

- Não chora - a abracei de lado.

Ela fungou - Não estou chorando.

Dou risada.

- Não quero ir para casa - ela choraminga - Posso ficar aqui - ela pediu

- Claro.

Ela pulou nos meus braços. Abraçando-me apertado.

- O que foi? - perguntei

- Eu me sinto muito sozinha - ela suspirou - E sinto muita saudade da minha casa e da minha família.

Passo as mãos em seus cabelos. E ela adormece em meu colo. Levanto e a coloco em minha cama. Tiro seu sapado. Eu a cubro.

Decido tomar um banho. Tomo um banho bem relaxante. Esses dias ando muito estressados. Visto uma samba canção. E me deito na cama. E fico observando Julie dormir.

Mudanças na noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora