Quatorze.

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✝ Julie ✝

Uma semana se passou desde que Anthony me chamou para essa tal viagem. Foi uma loucura só. Tive que trancar minha faculdade. Avisar meus pais. E conseguir o visto.

Hoje seria o dia da viagem. Olhei em volta para ver se eu não esqueci nada.

- Estou pronta - falei - Camille - a chamei - O que você está fazendo?

Ela sorriu - Pegando o número do Benjamin.

Revirei os olhos - Certo - dei uma pausa - Agora vamos.

Ela assentiu. E fomos com as malas até seu carro. E fomos em direção ao aeroporto.

- Obrigado - falei - Se vemos quando eu voltar - afirmei. E a abracei.

Caminhei para dentro do aeroporto. E esperei Anthony. Assim que ele chegou fizemos os procedimentos necessários. Tivemos que esperar o embarque.

- Ansiosa? - perguntou

- Muito - respondi - Eu vou realizar meu sonho.

Ele sorriu - Eu sei disso - falou - Estou tão cansado.

Apoiou sua cabeça em meu ombro. Apoiei minha cabeça na sua.

- Nós vamos dormir se continuarmos assim - falei baixinho

Ele riu - Eu sei.

Nosso voo foi chamado e caminhamos em direção ao embarque. Eu tinha medo de avião. Minhas mãos estavam geladas. Sentaram-se em nossas poltronas e esperamos a decolagem.

Peguei a mão de Anthony e a segurei forte.

- Vou ficar sem mão - brincou - Isso tudo é medo? - perguntou. Fiz que sim - Interessante.

- Não ri - resmunguei - Não é engraçado.

- Eu sei.

Ele me abraçou apertado - Também tenho medo - afirmou

O olhei nos olhos - Mentiroso - afirmei.

- Pelo menos você se esqueceu do avião - sussurrou baixinho.

Sorri como resposta. A viagem seria longa. E bem cansativa.

Chegamos estava batendo um vento gelado. Anthony fez os procedimentos necessários.

- Vamos para casa - afirmou

- Casa? - perguntei

Ele sorriu - Vamos passar um bom tempo aqui - deu uma pausa - por isso aluguei uma casa - afirmou - É mais econômico.

Dei risada - Entendi - falei - Mas você não me explicou dos cursos e das coisas daqui - afirmei

Ele deu de ombros - Já esta tudo preparado - afirmou - Você só tem que ir lá e estudar - fez cara de bravo

- E se eu não estudar? - perguntei provocando-o.

Ele me encarou - Te mando de volta para o Brasil.

- Duvido - falei.

Ele sorriu - Julie - me chamou - nunca duvide de mim.

Agora eu fiquei com medo. Mentira. Não tenho medo de ameaças, aliás, eu gosto delas.

- Certo - afirmei - Agora - passei as mãos em sua cintura - Quero ir para casa.

- Temos que esperar o táxi - falou.

- Pensei que estivesse tudo pronto - afirmei

Ele sorriu. E passou um dos braços em minha cintura - Está - afirmou - Só esqueceram-se do táxi.

Mudanças na noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora