Onze.

2K 159 0
                                        

✝ Julie ✝

Uma semana depois.

- Anthony vai vir me buscar - afirmei.

Camille deu uma risada - Ele já está lá - apontou - E ele é um gatinho.

Reviro os olhos - To indo.

Caminho até Anthony. Ele esta encostado no carro, de braços cruzados, com cara de bravo.

- Se eu não te conhecesse - dou uma pausa - pode ter certeza, que eu ficaria com medo.

Ele continuou sério - Isso é o que acontece quando damos intimidades - falou divertido.

Ele abre a porta do carro para mim. Sussurro um obrigado. Ele dá a volta no carro e entra em seguida. Ele pega alguma coisa do banco de trás.

- Para você - fala. E me dá um buque de rosas.

Sorrio. Cheiro ás flores - Obrigada.

Ele sorri - Como foi á aula? - perguntou. E acerelou o carro.

- Chata - respondi - E o seu trabalho?

Ele fez cara de pensativo - Cansativo - deu uma pausa - mas, produtivo.

- Estou ansiosa - afirmo.

Ele me olha de canto de olho - Não precisa ficar - afirmou - Você vai gostar.

Sorri de canto - Quero que você me apresente de ponta a ponta a empresa - falei - E me apresente alguns funcionários - ele sorriu - para que eu não me ache á novata - revirei os olhos - E que me espere todos os dias, para ir embora.

Ele da risada - Eu prometo - ele sorri - Mas você tem que me prometer que vai se acalmar.

O encarei - Impossível - retruquei. E liguei o rádio.

Fechei meus olhos. E fiquei prestando a atenção na letra da música.

- Chegamos - avisou. Não respondi - Julie?

Sorri - Eu!

Ele pôs uma mão em minha coxa e a apertou de leve.

- Vai dar tudo certo - sussurrou baixinho.

Descemos do carro e fomos em direção ao elevador. Eu o seguia. Ele me mostrou sua sala e me apresentou sua secretária.

- Esse é o Benjamin - apontou - Ele vai trabalhar com você.

Benjamin esticou a mão - Minha parceira.

Anthony revirou os olhos - Ele é assim mesmo - deu uma pausa - não seu assuste.

Sorri baixinho.

- Tudo bem - falei - E o que eu faço agora? - perguntei

Benjamin sorriu - A partir daqui sou o seu guia - falou - Anthony não conhece nada e não entende nada dessa parte - Olhou para Anthony - Pode deixar, eu vou com ela.

- Qualquer coisa está na minha sala - Anthony falou e saiu.

- Ele já te mostrou tudo - Eu assenti - Então vamos conhecer a minha área.

Ele abriu uma porta. Eu tive que colocar uma roupa protetora para que não caísse nada na preparação dos vinhos. Era uma coisa inacreditável.

Benjamin me ensinou e me mostrou muitas coisas legais. Fora que ele já me colocou para trabalhar. E eu estava tão feliz. Passei á tarde interira.

- O que achou? - Benjamin perguntou.

Sorri - Achei incrível - afirmei - Nunca tive certeza do que realmente eu quero fazer.

- É muito bom saber disso - falou - Vamos procurar o Anthony!?

- Isso foi uma pergunta ou uma afirmação?

Ele sorriu - Com o tempo você vai entender que achar o Anthony é a coisa mais fácil que existe.

- Por quê? - perguntei curiosa.

- Ele sempre esta na sala dele - afirmou baixinho

Dei uma risada - Vocês são amigos? - perguntei.

Ele sorriu - Somos irmãos de pais diferentes.

Lembrei de Camille, ela teria um troço agora. Caminhamos até a sala do Anthony. Benjamin me puxou junto com ele. E abriu sem bater.

Anthony estava serio sentado na cadeira - Falta de educação - falou e olhou para Benjamin - E o que você quer?

Ele olhou no relógio - O expediente acabou - afirmou.

Caminhei até a cadeira que ficava de frente para a mesa de Anthony e me sentei.

- Oi - falei.

Ele continuava sério. Benjamin se sentou na outra cadeira.

- Ele só pensa em trabalho - deu uma pausa - Acredita Julie - provocou.

Anthony respirou fundo - O que você quer?

- Ir embora - deu uma pausa - E ir em um barzinho.

- Pode ir - afirmou - To trabalhando.

Benjamin levantou e foi em direção á porta - Então eu to indo nessa - olhou para mim - Tchau, Julie. - olhou para Anthony - Adios.

Sorri baixinho. Anthony me olhou.

- Qual a graça? - perguntou

- Você e a sua seriedade - respondi - Está nervoso?

Ele suspirou - Isso me estressa.

Eu me levantei e fui em sua direção.

- Vou te fazer uma massagem - falei. E não esperei ele responder. Apertei seus ombros de leve. Ele suspirou - Está bom?

Ele sorriu - Está ótimo - afirmou - Sempre que eu estiver estressado vou te pedir uma massagem.

- Não se acostume - afirmei.

Ele deu risada - Isso é que nós vamos ver.

Ficamos em sua sala até ele acabar. E depois ele me deixou em casa.

Mudanças na noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora