Capítulo 1

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As almas gêmeas se reconhecem pelo olhar e sabem que a vida toda, estiveram procurando um pelo outro. - Marianna Moreno"

Século XVIII Austrália Sydney

-A vossa senhoria precisa de algo há mais? Perguntou a escrava ao rei Artur.

-Peça para que meu filho mais velho Damião venha até mim quero falar com ele Dália por favor! Disse rei Artur.

-Sim vossa senhoria! Disse Dália.

Quando Damião chegou aos aposentos do pai o rei Artur estava dando seu último suspiro.

-Meu pai! Disse Damião.

-Meu filho quero que cuide da sua esposa e de meu herdeiro ou herdeira que chegará logo, quero que cuide de Rafael, ele é muito especial para mim assim como foi para sua mãe um dia ele será para você agora! Disse rei Artur.

-Ele não vai ficar só pai eu prometo que cuidarei dele! Disse Damião.

Damião sentou-se perto do pai, pegou a almofada ao lado do travesseiro do pai, e então aproveitou para lhe sufocar até que partisse. Quando viu que seu pai o rei Artur estava sem vida ele sorriu para si mesmo através do espelho.

-Até logo meu pai! Disse Damião.

A festa do povoado acontecia exatamente nesse instante na tarde pelas 17:00 horas o sol iluminava com algumas nuvens que começaram a aparecer a camponesa Maria Antonieta, dançava pelo campo de lavanda com sua irmã a duquesa Maria Lúcia que estava grávida de seis meses.

-Ah é tudo muito lindo aqui, não é? Perguntou Maria Lúcia.

-Eu sempre venho aqui quando dou uma escapadinha da cozinha da dona Benta! Disse Maria Antonieta.

-MARIA ANTONIETA CUIDADO! GRITOU A IRMÃ.

Sem ao menos perceber Maria Antonieta, havia pisado em uma casca de tomate podre, antes mesmo que ela caísse alguém a segura.

-A senhorita estás bem? Machucou-se muito? Perguntou o príncipe Rafael.

-Vossa majestade! Disse-lhe Maria Antonieta fazendo a referência.

-Não precisas fazer de referência perante a minha pessoa! Disse Rafael.

Eles sorriram um para o outro, a alma gêmea de Rafael estava bem a sua frente assim como de Maria Antonieta, naquele momento não existia ninguém além dos dois jovens casais ali naquele campo de lavanda.

-Perdoe-me! Disse Maria Antonieta ainda segurando nos braços fortes do príncipe Rafael.

-Tudo bem, a senhorita se machucou? Perguntou ele.

-Não eu estou bem! Ela disse sorrindo.

-Como se chamas? Perguntou o príncipe.

-Maria Antonieta, sou a irmã da duquesa Maria Lúcia! Ela disse.

O príncipe olhou para Maria Lúcia e sorriu.

-Olá Lúcia, meu irmão sabes que estás na festa do povoado? Perguntou ele.

-Sim na verdade foi ele quem me mandou vim vossa alteza! Disse Maria Lúcia.

Maria Antonieta olhou para Rafael de uma maneira curiosa e sorriu dizendo-lhe.

-Antonieta! Ela disse.

-O que? Perguntou o príncipe a encarando.

-Pode me chamar de Antonieta! Ela disse.

Era como o pai a chamava antes de partir para o plano espiritual, Antonieta, e agora parece que a mesma sensação de antes estava de volta a sensação de que ela estava em sua própria casa!

Mais o que ela mal sabia era que o destino estava lhe reservando a mudança da sua vida.

-Gostarias de dar uma volta a cavalo comigo Antonieta? Perguntou o príncipe.

-Sim claro! Disseste Antonieta.

Maria Antonieta e Rafael foram andando pelo campo de lavanda, sorrindo um para o outro.

-Vejo que gostastes muito do campo! Disse Rafael.

-Eu amo esse campo ele é uma parte de mim é uma parte de quem eu sou! Ela disse.

Ele sorriu com sua resposta.

-Eu venho aqui e fico sentado bem naquela arvore todos os dias e eu também tenho essa sensação, eu sempre a vejo aqui! Disse Rafael sorrindo.

Maria parou e o encarou.

-Você me vê aqui? Perguntou ela corando.

-Sim! Disse ele sorrindo.

Ele levou a sua mão no rosto de Maria que fechou os olhos para sentir seu toque por algum momento quando de repente a voz de um dos empregados da festa do povoado os interromperam.

-O REI ARTUR ESTÁ MORTO! Gritou o empregado.

O mundo de Rafael parou naquele momento ao saber que o pai havia sido partido.

Os olhos dele se encheram de lágrimas, ele olhou em direção ao castelo no alto e então olhou para Maria Antonieta.

-Eu tenho que ir lhe vejo novamente nesse mesmo campo? Perguntou Rafael.

-Sim! Disse Maria Antonieta.

Rafael a beijou na testa segurou em sua mão e a soltou saindo.

Quando Rafael chegaste ao castelo, Damião seu irmão foi até ele fingindo o choro.

-Ah meu irmão eu sinto muito! Disse Damião.

-Eu quero ver nosso pai! Disse Rafael.

-Talvez não seja uma boa opção você está muito abalado! Disse o irmão.

-Eu quero ver o meu pai, eu vou ser o rei e quero vê-lo! Ele disse.

Damião então olhou para o irmão virando a cabeça de lado.

-Como queira alteza a mamãe não está mais aqui e agora o papai também não! Disse ele com sarcasmo.

Em um ato de fúria Rafael puxou a sua espada erguendo-a até o pescoço do irmão.

-Você nunca mais fale dos nossos pais assim não terei dó e nem pena de mandarem lhe enforcarem! Disse Rafael.

Ele guardou a espada e então foi em direção aos aposentos do pai, quando chegou, ele chorou demais, quando sentiu uma mão em seu ombro, alguns fios de cabelos caíram em seu ombro, ele sabia exatamente quem era.

-Eu sei que não deveria estar aqui, mas a minha irmã é casada com o seu irmão então... Ela me deixou vir! Disse Maria Antonieta.

-Ele era o meu melhor amigo, era o meu conselheiro e eu não estava aqui quando ele se foi! Disse Rafael.

-Você não precisa se sentir culpado não foi culpa sua! Ela disse.

-Antonieta... Você aceitaria ser a minha esposa? Perguntou Rafael.

A pergunta de Rafael a deixou surpresa.

-Aqui você estaria perto da sua irmã, não precisaria trabalhar no campo, e também não precisaria fazer nada que você não queira! Disse ele.

-Sim! Ela disse. – Eu aceitaria ser sua esposa, você não está sozinho vamos passar por essa situação juntos!

Rafael a encarou com lágrimas nos olhos.

-Você é bem doce, como um doce suspiro Antonieta! Disse Rafael.

Rafael e ela se abraçaram. 

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