𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 8 - O beijo

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Nosso beijo dura alguns segundos então ele se afasta um pouco dos meus lábios para dizer.

– Tem certeza disso?

– Tenho toda a certeza do mundo.

Então ele sorri e leva a mão até a minha nuca e junta nossos lábios novamente, e então vagarosamente ele entra com a língua na minha boca e começa a me beijar, eu nunca beijei. Não nego, mas me esforço para beijar ele da maneira como ele está me beijando, e esse beijo é tão bom eu não tenho ideia porque me privei disso.

Seguro seu rosto ainda beijando seus lábios, devagar e com delicadeza, como se fossemos de vidro e estivéssemos prontos para estilhaçar no chão. Com o passar do tempo nosso beijo ganha mais intensidade então sinto uma das mãos dele na minha coxa subindo devagar, apertando e acariciando a mesma, com toda rapidez e lentidão do mundo, me fazendo questionar seriamente porque ele ainda não me despiu. Mas acho que ele quer, mas ele me respeita ao ponto de parar a mão na minha coxa sem subir mais, por respeito. E eu amo isso.

Quando terminamos de nos beijar, ficamos trocando caricias e olhando nos olhos um do outro a todo instante, temos uma conexão e química muito boa e eu valorizo muito isso.

– Queria que essa noite durasse para sempre. - Ele diz olhando para o céu.

– Eu também. O céu está lindo.

– Tudo aqui está lindo. - Ele me olha – Inclusive você. - Abro um sorriso.

– Conhece o Adam, né?

– Sim. É meu amigo.

– Ele está vivendo um romance com a Nathalie?

– A Nathalie?

– Sim.

– Sério?

– Sério.

– Mentira.

– Juro. Ela mesma que me contou.

– Safado, ele me disse que não queria nada com ninguém.

– Então eu não sei, mas foi o que ela me contou.

– Não esperava por essa. Se tiver mais informações, me conte imediatamente.
– A qualquer momento ela deve me contar mais. Ela sempre conta.

– Bom, vou perguntar a ele depois. - Olho para ele e ele sorri

– Porque está sorrindo?

– Atoa. - Ele responde passando os braços ao meu redor e me abraçando – Atoa princesa.

– Estou exausta. Esse festival está acabando com o meu sono.

– O que acaba com meu sono são as confissões das irmãs. Passo parte do dia ouvindo.

– E o que elas falam?

– “Perdoe-me padre porque hoje eu pequei, cedi ao desejo carnal e ontem a noite eu me masturbei” - Dou risada

– É sério?

– Sério. Fora as irmãs que vão dormir em outros quartos e vem me contando as coisas detalhadamente. Imagina as irmãs mais velhas? Nossa, é um tormento.

– Essa é a sua vida agora.

– Por enquanto, te contei que não vou ser padre, só estou lá por um motivo, meu irmão.

– E eu sou um extra?

– Você é uma excessão. - abro um pequeno sorriso.

Depois, saimos da praia e voltamos para o convento, ele me leva até o meu quarto e me encara.

– O que? - Pergunto e ele me puxa pela cintura me dando outro beijo que retribuo imediatamente. Ele se despede de mim me dando selinhos e sai do quarto, desabo na cama olhando para o teto e repassando toda essa noite na minha cabeça.

Crucified - Midnight Light Onde histórias criam vida. Descubra agora