Desde criança Ryen sempre teve um sonho, se tornar freira. Ela passou sua vida devotada e dedicada a igreja, sempre obediente, abrindo mão de uma vida normal para seguir sua vocação, longe dos pecados humanos. Mas, certo dia, ela conhece Tyler, um a...
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RYEN
Semanas se passaram desde o ocorrido na garagem. Honestamente, não sei explicar essa onda de sentimentos que vem me consumindo a cada dia, é como se eu precisasse do Tyler para respirar, como se eu dependesse dele o tempo inteiro para existir, é esse o sentimento de estar apaixonado? Ou é porque eu sou muito jovem? A questão é, o que eu vou fazer, de agora em diante, porque eu sei o que eu quero, quero estar com o Ty, mas e quanto ao convento e toda minha história aqui? E a minha família? Eu estou cogitando em desistir de tudo e viver esse amor mas o preço a se pagar por tamanho sonho é alto demais, e não sei se o Tyler está disposto a correr esse risco ao meu lado.
– No que você tanto pensa? - Tyler chama minha atenção acariciando meu rosto
– No nosso futuro.
– E em que você está pensando para nosso futuro? - Levanto o rosto para encara-lo e finjo pensar
– Na nossa casa, nossos cachorros e filhos. - Ele fica, pálido?
– Bons pensamentos. - Ele não foi sincero
– Na verdade, estou pensando se ainda quero ficar aqui. No convento.
– Porque não?
– Adam e Nath acabaram de sair, poderíamos ir também, porque ficar se não podemos estar públicamente juntos?
– Ryen amor, a questão é muito mais complicada do que você pensa. O mundo lá fora, é barra pesada, e não podemos tomar esse tipo de atitude sem ter um plano arquitetado.
– Eu vou ficar louca se ficar aqui mais uma semana.
– E eu preciso ficar.
– Chegamos a um impasse. - Ele suspira e deito minha cabeça no travesseiro.
– Cereja, eu entendo sua necessidade de quebrar suas barreiras e seguir sua vida, começar sua vida de verdade, como uma pessoa comum, mas eu, não quero isso agora, não quero sair agora sem ao menos ter onde cair morto.
– Adam e Nath deram um jeito, podemos dar também.
– Eles estão no apartamento do Adam que ele ganhou dos pais de aniversário de 10 anos. É muito diferente.
– Vamos para a casa dos meus pais.
– Ryen você acha que seus pais vão te aceitar depois de abandonar tudo por causa de um homem? Você acha mesmo?
– Que se foda eles.
– Onde você aprendeu essas palavras?
– Eu não sou criança.
– Você é. - Ele me olha, seus olhos frios estão tentando mudar minha cabeça, me convencer de que o jeito dele é o certo, de que devermos fazer o que ele decidir, infelizmente ele me ensinou a ser independente e que eu posso realizar minhas vontades.
– Uma criança chuparia seu pau até você ficar ofegante e gozar na minha boca? - Seus olhos castanhos piscam várias vezes processando minhas palavras e então vejo um semblante de malicia em seu olhar. Ele se aproxima beijando suavemente meus lábios e depois sussurra.
– Sua menina levada. - Abro um suave sorriso e ele volta a beijar meus lábios.
– Você fumou hoje?
– Porque a pergunta?
– Seus lábios tem sabor de essência de uva.
– Talvez um pouquinho. - Ele sorri e beijo seu rosto.
– Quero experimentar algum dia.
– Se você gostar, terei que puni-la. - Ele ri, como gosto de ouvir sua risada.
No dia seguinte, acordo decidida a mudar minha vida para sempre. E vou. Vejo a irmã Elizabeth junto a irmã Mônica sentadas costurando alguns tecidos em um banco um pouco afastado no jardim, decido convidar Tyler para me encontrar lá, e ele chega, como eu esperava.
– Porque me chamou cereja?
– Senti sua falta. - Puxo seu rosto beijando seus lábios apaixonadamente enquanto ele segura meu corpo apalpando minha bunda.
– IRMÃ LANGFORD. - Ouço a voz da Irmã Elizabeth me chamando. O estrago já está feito.