Inocência [Em pausa]

Capítulo 8| Baby

Vejo que já deu minha hora e saio da casa, passo pelos portões e vejo um carro vermelho, parece ser um pouco mais simples que o carro do Lucca.

-Entra aí, linda.-Diz o Marco e eu sorrio abrindo a porta.

-Oi.

-Tá uma gata.

-Obrigada.

Ele sorri de lado e eu entro no carro, ele liga uma música e vamos até a sorveteria mais próxima em um silêncio agradável.

Descemos do carro e pegamos duas casquinhas e nos sentamos.

Estamos comendo e conversando sobre a faculdade que ele faz, algo sobre engenharia.

-E você tem quantos anos mesmo?-Ele pergunta e eu sorrio.

-Tenho 17 e você?

-Tenho 19.

Meu celular toca e eu olho venho escrito Lucca, não me lembro de ter salvo o número dele. Desligo e começa a tocar novamente.

-Não vai atender?

-Vou. Um minuto.

Atendo a ligação e coloco o celular no ouvido.

-Alô.

-Que porra Cecília, vem pra casa agora.

-Não posso, estou ocupada.

-Agora.

-Você não manda em mim.

-Te dou 10 minutos.

Desligo a ligação e sinto um mão no meu cabelo.

-Então Cecília quem era?

-Meu padrasto, pode me levar de volta pra casa?

-O que ele queria?

-Só estava preocupado.

-Eu te levo, vamos.

Ele passa pelo caixa paga o nosso sorvete e vamos em direção ao carro de mão pegada, não sei por que ele segura a minha mão.

Entramos no carro, eu passo meu número de celular pra ele e logo depois ele me larga em casa, da um beijo na minha bochecha e eu entro pelos portões.

-Mãe?-Digo entrando na casa.

-Esta tomando banho, pelo visto as compras e o SPA cansaram ela então ela precisa tomar um banho e dormir.-Diz a voz rouca que eu conheço muito bem, olho em direção da sala e vejo ele tomando uma coisa escura e me olhando.

-O que quer?

-Te disse pra não sair com ele.

-Eu sou solteira.

-É um caralho.

-Você está com a minha mãe, me deixe em paz.

-Ele perderá uma mão por ter tocado em ti, se sair de novo com ele, ele será um homem morto.