Inocência [Em pausa]

Capítulo 15- Passado

-Para Lucca.-Eu grito correndo para o outro lado da cozinha, eu tava lavando a louça já que o Lucca dispensou as empregadas e o mesmo deu um tapa na minha bunda, eu relevei. Aí ele começou a me puxar pela cintura e eu corri dele.

-Volta aqui, princesa. -Ele diz vindo pro meu lado e eu corro pra sala de jantar novamente.

-Me deixa lavar a louça, pelo amor de Deus.-Eu começo a dar risada da cara que ele tá fazendo. Ele tenta vir me pegar e eu corro pra outra ponta.

-Cecilia.

-Lucca Santoro.-Digo sorrindo e ele vem correr atrás de mim, meu primeiro instinto é correr pra sala, mas eu mal chego na porta e minha perna é puxada.

-Não fuja de mim.-Lucca diz me puxando pela cintura e me jogando em cima da mesa. Abro as pernas puxando ele pra mim e ele sorri.-Está ficando sem a menor vergonha na cara, Cecilia.

Dou os ombros e passo meus braços em volta do pescoço dele.

-Tá cheiroso.

-Obrigado.

-Você pinta o cabelo?-Peço passando a mão neles e ele sorri.

-Não, são naturais.

-São tão pretinhos, macios também.

-Está flertando comigo?-Ele pede e eu sorrio com cara de criança sapeca.-Já me tem a muito tempo, amor.

Ele segura o meu pescoço com força e me beija, do mesmo jeito de sempre, mais agressivo e com força, como se tivesse medo de eu fugir.

-Sempre que tu me beija...-Eu começo a falar quando paro de beijar ele e me afasto.-É como se tivesse medo que eu fugisse.-Eu digo olhando nos olhos dele.

-Sabe por que?-Nego com a cabeça e ele volta a falar.-Se eu perdesse todo o meu dinheiro, eu conseguia tudo de novo, se eu perdesse essa casa, os carros, tudo é substituível, menos você. Por isso se você for a qualquer lugar eu vou atrás de ti, por isso tem gente de olho em ti o tempo todo, e se você meu amor, fugir e for até o inferno, eu vou atrás de ti.

Reviro meus olhos com suas palavras pra fingir que isso não me abalou, mas a verdade é que saber que o Lucca faria qualquer coisa por mim não me assusta, me deixa segura. Isso é tão horrível a final?

-Você namora a minha mãe.-Digo sentindo meus olhos enchendo de lágrima de novo, que merda.

-Eu amo você.

Escoro a minha cabeça no peito dele e suspiro tentando não chorar.

Escuto o barulho da porta e desço rapidamente da mesa, me afasto do Lucca e escuto os passos da minha mãe.

-Cecilia.-Ela grita e eu olho pro Lucca com os olhos arregalados.-O que estavam fazendo?-Ela pergunta entrando na sala de jantar.

-Eu estava terminando de lavar a louça, vim pra cá e encontrei o Lucca.