Capítulo 12| Estágio

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A aula termina e saímos da sala todos com a cara feia, tivemos que ouvir esporro da diretora já que um dos nossos colegas colocou fogo em uma cortina brincando com um desodorante e um isqueiro

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A aula termina e saímos da sala todos com a cara feia, tivemos que ouvir esporro da diretora já que um dos nossos colegas colocou fogo em uma cortina brincando com um desodorante e um isqueiro.

Eu, Margô e Aron estamos aqui na frente da escola, nos passando número de telefone e fofocando.

-Esse Bred é o homofóbico que eu te falei.-Diz o Aron.

-Pelo visto ele não gosta de homem gay, mas tem tara um mulher bissexual. Acho que pela ideia do menage.

-O que é um menage?-Eu peço e os dois se olham sem entender.

-Você é um pouco ingênua.

-Há, eu fui criada só pela minha mãe, não saía muito de casa e estudava em casa também não tenho muita noção em relação a isso.

-É quando três pessoas fazem sexo.

-Ata, acho que entendi.-Eu digo e escuto uma buzina.

-Teu pai é Lucca Santoro?

-Ele não é meu pai, conhecem ele?

-Sim, as mulheres são loucas por ele. Completamente obcecadas.

Reviro os meus olhos e dou um abraço em cada um.

-Tchau gente.

-Tchau gata. -Eles respondem juntos e eu vou até o carro abrindo a porta do mesmo.

-Te mandei ficar longe de qualquer pessoa que queira te comer e no primeiro dia vira amiga de um homem e uma bissexual.

-Ele também é bissexual. E você não manda em mim, não será seus seguranças que irão me proibir de viver.

-Margô e Aron são apaixonados, mas Aron ainda pode querer te foder, assim como ela. Eles ainda estão na parte de amizade com ciúmes.

-Eles são só amigos.

-Sua ingenuidade me encanta, amor. -Ele diz começando a dirigir para não aonde, eu só fico quieta abraçada na minha mochila quando meu celular começa a vibrar.

Um grupo que foi criado no whats, está eu, Margô e Aron.

Margô:Quando quiser me apresentar esse teu padrasto estou aceitando, o homem tem um charme...🥵😉

Aron:Não inventa não, Margô.

Margô:Qual é que é, tu ficou com a Thifanny 🤢

Aron:Ciúmes, amor?

Margô: Teu cu Aron, sou solteira 🖕🏻🖕🏻

Aron:Vai brincando com fogo, querida.

Eu:Meu padrasto namora a minha mãe mulher, não seja doida.

Margô:Aff verdade, que tóxico.

Dou risada e guardo o celular.

-Do que está rindo?-Pergunta o Lucca e eu viro a cabeça na direção dele admirando esse homem, Margô está certa, ele é muito gostoso.

-Margô te viu e pediu teu contato, Aron ficou com ciúmes. -Digo soltando uma risada e ele continua concentrado na estrada. -A onde estamos indo? -Eu peço e Lucca abre a boca pra responder porém seu celular toca.

Ele discute com seja lá quem seja no outro lado da linha e logo depois desliga.

-Está ansiosa pra começar no estágio? -Ele me pede e eu já nem me lembrava mais disso.

-Nem me lembrava, mas agora que você falou...acho que será bom pra mim.

-Quem bom princesa, todos na empresa são bastante atenciosos.

-Ótimo.-Eu digo e encaro a janela até chegarmos em um restaurante.

Descemos do carro e em entramos no restaurante, aparenta ser bem chique.

-Agora faltam 7 meses para o teu aniversário de 18, já sabe o que vai querer?-Lucca diz puxando a cadeira para eu me sentar e eu me sento pensando nisso.

-Na verdade só estou pensando nisso agora, quem sabe uma viagem entre eu, você e a mamãe.

-Você que sabe amor.

Ele diz é um garçom se aproxima de nós.

-Boa tarde, já sabem o que querem beber?

-Eu quero um suco de laranja.-Eu digo antes de tudo, estou com muita vontade.-É natural?

-Sim, senhorita. E o senhor?

-Vou querer um suco de abacaxi com hortelã, para o almoço eu gostaria de um escondidinho de carne.-Diz o Lucca.

-Eu gostaria do mesmo.-Eu peço, parece ser bom.

-Ok, nossa média de tempo é 20 minutos.

-Obrigada.-Eu digo e o garçom se retira.

Me celular começa a vibrar.

-A mãe está me ligando.-Eu digo e atendo a ligação. -Alô.

-Oi filha, o Lucca já te buscou na escola?

-Sim, vamos dar uma passada na empresa agora.

-Vocês sabem que horas vão voltar?

-Só um segundo.-Retiro o celular da orelha e sorrio pro Lucca. -Sabe que horas voltaremos.

-As 17 horas.

Ele responde e eu volto a falar com a mãe.

-As 5 da tarde mãe.

-Ok filha, beijos.

Ela desliga, não tive tempo de pedir a ela porque ela não voltou pra casa antes. Também estou com bastante fome e o garçom não demorou pra chegar com a nossa bebida e comida.

-Está feliz com a minha mãe? -Peço pro Lucca e ele me encara.

-Não, estou feliz contigo. Se eu soubesse que você ia me perdoar, eu já tinha matado ela.

-Ela ainda é minha mãe, Lucca.

-Bravo está preso tem dias, porque de alguma forma a presença dele "arma o cabelo dela". Não sei como você nasceu daquela coisa.

-Eu dou risada porque parece exatamente uma coisa que a minha mãe faria.

Terminamos de comer e entramos no carro, ele entra em um estacionamento uma quadra depois, um andar subsolo e tem alguns carros mais simples que o dele por perto.

Descemos do carro e entramos no elevador, ele passa um cartão e coloca pro último andar.

Vamos com aquela música meio chata de elevador até lá e quando finalmente descemos, eu escuto uma voz um pouco irritante.

-Senhor Santoro, seus fornecedores já chegaram. E você é...

-Sou Cecília, estagiária.

-Como te deixaram subir Cecilia?-Ela pede fazendo cara de esnobe.

-Ela é da minha família, respeita ela. -Lucca diz antes que eu possa falar qualquer coisa e a mulher tenta parecer mais amigável.

-Claro...um prazer te conhecer Ceci.-Ela força tanto que se forçar mais um pouco se caga.

Analisando o ambiente, o chão é branco, as paredes também, tem uma sala somente aqui, aparenta ser enorme.

A porta da mesma é preta e a vista daqui de fora é toda de vidro.

Lucca me acompanha até a sala que eu imagino que seja dele, ele me guia pela cintura.

A sala é destrancada por outro tipo de cartão e dentro também é de vidro, porém os vidros tem persianas, tem uma mesa linda e bem grande de madeira e a sala dele é enorme.

Tem cheiro bom, do perfume dele, algumas estantes com muitos livros, um sofá cinza escuro, duas poltronas de coro. É enorme.

Inocência [Em pausa]Onde histórias criam vida. Descubra agora