presas.

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Pov Jenna

Podia ouvir o choro quase silencioso de s/n ao meu lado, ela não parava de chorar. Eu, por outro lado estava paralisada, não conseguia dizer sequer uma palavra para que a morena pudesse se acalmar. Pensava o tempo todo sobre o que poderia acontecer conosco a qualquer momento naquele carro. A mulher no volante resmungava, mas era imperceptível suas razões, o automóvel se movimentava cada vez mais rápido.

- Jenna, do que se trata isso? - ouço a voz chorosa da morena ao meu lado. A encaro em confusão, sabia tanto quanto ela.

- Eu não sei s/n, mas estou assustada. - entrelaço nossas mãos, sentindo o tremor da mulher.

- Para onde está nos levando? - pergunto e a mulher ruiva ignora.

- Que merda. - diz s/n, chorando novamente.

A mulher dirigia em alta velocidade, por ser muito tarde não havia grande movimento de carros na estrada. Não havia como pedir ajuda, as janelas estavam cobertas, assim ninguém nos veria. Duvido muito que pudéssemos gritar, quem planejou isso deve ter pensado nesse detalhe também. Logo notei algo diferente, a van agora passava por uma superfície pedregosa.

Levamos um susto com o toque surpresa do celular da motorista ruiva, infelizmente o plástico preto não me permite ver quem é.

- Sim... estou com elas. Certo. Agora mesmo? Ok. - ela desliga o telefone e acelera o carro, fazendo nossas costas encostarem mais ainda no banco.

- É melhor obedecerem, ou não sairão vivas de lá. - ela fala, seriedade no tom de voz.

Depois de alguns minutos em silêncio, o carro para e a porta do motorista abre. Em seguida, a mulher abre a porta traseira.

- Coloquem essas vendas. Anda, porra! - ela atira as vendas em nossos rostos e rapidamente seguimos sua ordem.
- Saiam do carro. Sem enrolação, caralho! Mas que merda.

(...)

- Aqui, nem deram trabalho. - escuto a voz feminina falar em um tom divertido enquanto empurra de leve meus ombros.

- Toma, agora mete o pé. Tenho mais o que fazer. - escuto a segunda voz, era Jhon.

Mas que merda! Ele é o causador disso tudo?

- Ora, ora... Jenna Ortega! Que bom ter você aqui. - ele fala naturalmente, como se aquilo fosse divertido, nos fazendo encará-lo.

- Que porra é essa, Jhon? Qual é o seu problema?! - digo, inconformada com a situação.

- Fica tranquila, só quero conversar. - ele fala sarcástico, se aproxima e retira a venda que cobria meus olhos. - Não era isso o que você queria? Aqui estou.

Pisco repetidamente, o local é iluminado por algumas luzes no teto, é um galpão vazio. Giro meu corpo para olhar ao redor, havia ali uma grande mesa de madeira e uma enorme caixa de vidro, parecia mais um aquário ou terrário humano.

Abro minha boca para dizer algo, mas Jhon me interrompe, colocando o dedo indicador em meus lábios.

- Não. Quem fala agora sou eu. - Jhon se vira de costas para mim, aproveito a oportunidade para agarrá-lo por trás. Envolvo meus braços em seu pescoço, fazendo Jhon andar pela sala, tentando se soltar do meu aperto. S/n rapidamente se junta à mim, ela o empurra, fazendo o mesmo cambalear para frente e cair debruçado em cima da mesa.

- Vamos! - grito para s/n, que rapidamente corre atrás de mim. Logo avisto uma escada branca no fundo daquela sala e sinalizo para ela, essa era nossa chance de escapar daquele maluco.
- Vamos logo! - olho para trás e noto que s/n não estava mais ali.

- S/n?! - o desespero toma conta de mim, começo a andar devagar, olhando em volta, mas nenhum sinal dela.

- Cadê você, droga. - sussurro para mim mesma.

De repente, sinto um golpe forte em minhas pernas e caio em meus joelhos.

- AH! - grito de dor ao sentir Jhon puxar meus cabelos, me arrastando pela sala mal iluminada e em seguida jogando meu corpo contra o chão.

- Vocês não deviam ter tentado isso. Não mesmo! - ele fala. Reparo que s/n também se encontra ali. Desacordada ao meu lado.

- O que você fez com ela, porra?! - grito com ele, me levantando e dando de cara com uma parede de vidro. Confusa, olho em volta e vejo que estamos presas em uma espécie de caixa.

- Eu só queria conversar, mas você dificultou as coisas, Jenna. - Jhon se aproxima do vidro e eu recuo um passo para trás. - Você nunca percebeu?

- Como assim? Você tá me assustando. - digo, realmente assustada com aquilo.

- É claro que não percebeu. Eu sempre dei sinais de que estava apaixonado por você, Jenna. Desde o primero dia em que te vi, eu só queria estar ao seu lado. - ele diz, franzindo as sobrancelhas, adotando agora uma expressão confusa em seu rosto.

- Eu só queria você pra mim, mas aí chegou a s/n e toda a sua atenção se voltou para ela, uma completa estranha... Enquanto eu, que sempre estive perto, não sou nada para você?

- Jhon...

- Cala a boca! - ele exclama, me fazendo encolher os ombros.

Jhon agora anda em círculos, impaciente. Eu assisto tudo já conformada com a situação, afinal, o que posso fazer?

- Eu preciso ir, fica quietinha. E não tente fazer merda de novo, ou ela morre da próxima vez. - ele conclui apontando para s/n, que permanece desacordada, e se retira do local subindo as escadas.

Me limito a chorar histericamente, descarregando todas as emoções que guardei até aqui enquanto balançava o corpo da morena, a chamando.

– S/n... Porra, acorda! – falo alto, até notar os olhos castanhos abrindo devagar, se acostumando com a luz antes de me encarar confusa.

S/n sentou-se, abraçando seus joelhos com um dos braços, enquanto usava o outro para massagear sua cabeça.
– O que está havendo, Jenna? Que merda é essa? – ouço ela perguntar, já voltando a chorar.

– Eu não sei. Não sei o que está acontecendo, mas, relaxe. Logo vão notar nossa ausência.
Vão nos achar, okay? – eu tentava ser positiva, mas no fundo estava tão preocupada quando a mulher ao meu lado.

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Hello, babycakes.
Mais um cap em que o bigpeperone me ajudou, muito.
Finalmente fevereiro chegou!
Não esqueçam de avaliar o cap.
Boa semana!!!

Be mine - Jenna Ortega e s/n Onde histórias criam vida. Descubra agora