presa com você.

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Pov s/n

— Estou feliz. — digo sincera. Agora estávamos na varanda do quarto de hotel, Jenna sentada no meio das minhas pernas, pintando suas unhas.
Ela se vira para me encarar.

— Eu também estou feliz. — ela diz antes de depositar um beijo na ponta do meu nariz.

Sorrio para a morena, que agora aplicava pequenas pedrinhas em suas unhas.
— Está lindo. — comento. — Você gosta de preto, hm? — falo notando a quantidade de roupas, acessórios e objetos na mesma cor que a mulher mantinha com si.

— Eu adoro. E você também. — ela diz, denunciando metade das minhas roupas que também eram pretas.

Ficamos naquele momento durante algum tempo.

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Pov Jenna

— Não sei porque você, parece melodia, pra cada verso meu, em cada riso meu, tem você.
Não sei dizer, te vi e já sabia, que era pra ser, que era pra ser... — eu ouvia atentamente s/n proferir as palavras em português. Era lindo, e aquela música era de um duo brasileiro. Elas se chamam Anavitoria, e S/n me mostrava todas as músicas enquanto cantava para mim.

— Mesmo sem ter o conhecimento da tradução exata, consigo sentir que a letra é tão linda quanto a melodia. — digo sorrindo. A música realmente parecia ter uma letra extremamente sentimental, s/n parecia gostar daquilo.

— Você gosta? — ela pergunta se aproximando.

— Eu gosto sim. Mas fica ainda melhor na sua voz. — ela sorri, abraçando meu pescoço.

— Eu tenho uma surpresa. — s/n sussurra.

— Outra? Me conta. — peço.

— Nah. Surpresa é surpresa, senhorita Marie. — ela diz, chamando meu sobrenome.

— Uh. Estou ansiosa.

— Faremos como da última vez. Você se apronta, e eu te busco na frente do hotel às 20h. — ela diz e eu aceno.

S/n sai do hotel em alguns minutos, alegando que iria em casa para arrumar algumas roupas e em seguida viria me buscar para a tal surpresa.
Como estava a noite, deduzi que a ocasião pediria algo mais formal, e com as dicas que recebi, resolvi usar um vestido desta vez.

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Jenna's outfit

Jenna's outfit

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S/n's outfit

Vejo s/n estacionar o mesmo carro que saímos ontem, na frente do hotel

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Vejo s/n estacionar o mesmo carro que saímos ontem, na frente do hotel. Me aproximo, mas antes que pudesse abrir a porta, s/n pede que eu espere, e a mesma abre a porta para mim, fazendo reverência.

— Você está... Espetacular. — ela diz sorrindo.

— Oh, Mon Cher, nem todas as luzes da cidade podem competir com o brilho que vejo em seus olhos. — digo antes de beijar o rosto da mulher, que sorri mais ainda, com suas bochechas rosadas.

Entramos no carro e enfim s/n se pronuncia sobre nossa noite.

— Desta vez, escolhi um restaurante para jantarmos. E após nosso jantar, iremos dançar sobre as estrelas. — ela diz, piscando para mim em seguida.

Podia notar a ansiedade em s/n, pois seus lábios extremamente vermelhos se pressionavam a cada rua em que fazia uma curva, cada vez mais perto do destino.

Logo chegamos ao restaurante, perfeitamente iluminado, mas não tanto para invadir a privacidade de cada cliente ali. As mesas devidamente organizadas fazendo o ambiente parecer acolhedor, e uma melodia de fundo.

— Senhorita s/n? — o homem a nossa frente pergunta. S/n acena e ele nos leva até uma mesa mais afastada, de frente para a vidraça do lugar, onde teríamos vista privilegiada das luzes da cidade.

— É surreal. — comento baixinho, mais para mim mesma.

— Gosta da vista? — s/n pergunta sorrindo. Seu sorriso iluminado e visivelmente feliz.

— Muito. — respondo, segurando sua mão por cima da mesa.

Logo o garçom se aproxima, e s/n pede um vinho para darmos início a noite. Ele deixa o cardápio de pratos e ela o entrega para mim.

— Peça o que quiser, cariño. — ela diz me fazendo lembrar do apelido que meu pai costumava chamar minha mãe quando eu era criança. “Cariño”.

— Posso pular para a sobremesa? — pergunto maliciosa, muitas ideias se passando pela minha cabeça após ver s/n com esse vestido preto. Definitivamente, minha cor favorita ficava incrível na minha garota favorita.

Ela ri com o comentário. — Talvez possa. Mas preciso ter você alimentada e forte. — ela diz, parecendo mais uma mãe.

Nosso jantar correu perfeitamente bem. A comida do lugar era deliciosa, e os olhares lançados sobre a mesa entre nós eram de tirar o fôlego. Duas garrafas de vinho depois, s/n e eu deixamos o restaurante, felizes como nunca.

Entramos no carro e s/n prontamente colocou uma música.
Play em: Stuck with U - Ariana Grande, Justin Bieber.

Pov s/n

— Got all this time on our hands
Might as well cancel our plans, yeah
I could stay here for a lifetime... — cantei, olhando para Jenna, que repousava sua cabeça em meu ombro e fazia coreografias com sua mão livre.

— So, lock the door and throw out the key
Can't fight this no more, it's just you and me
And there's nothin' I, nothin' I, I can do
I'm stuck with you, stuck with you, stuck with you... — ela completou, dessa vez fazendo um microfone imaginário com sua mão.

— There's nowhere we need to be, no, no, no
I'ma get to know you better
Kinda hope we're here forever
There's nobody on these streets
If you told me that the world's endin'
Ain't no other way that I can spend it... — essa foi minha vez, Jenna me encarava atenta, parecia encantada com a música.

Nossas vozes. O clima entre nós. Tudo parecia flutuar. O mundo não existia naquele momento, apenas nós duas.

— So, go ahead and drive me insane
Baby, run your mouth, I still wouldn't change
All this lovin' you, hatin' you, wantin' you
I'm stuck with you, stuck with you, stuck with
You, oh, oh. — cantamos o último verso da música juntas, enquanto fazíamos carinho uma na outra.

De vez em quando Jenna roubava um beijo de meus lábios, mas sem atrapalhar minha atenção no trânsito que se instalava.

Eu sequer ligava para o trânsito caótico, estava no carro cantando a plenos pulmões com Jenna.
Que agora, não era Jenna Ortega, mas apenas Jenna.
A garota por quem me apaixonei a alguns dias atrás, numa balada qualquer.

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Nosso trajeto se fez complicado quando terminamos de cantar e eu me dei conta de que o álcool estava presente em meu corpo. Jenna cantava alegremente ao meu lado, denunciando que também estava alterada.

A música estridente fazia o barulho de buzinas do lado de fora praticamente nulo, sequer vi ou senti a luz do caminhão antes do mesmo estar perto demais para frearmos.

Eu não consegui enxergar mais nada além dos olhos assustados de Jenna, antes da escuridão tomar meu ser.

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Be mine - Jenna Ortega e s/n Onde histórias criam vida. Descubra agora