16 | Seja o que Deus quiser

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Thaís

quem tá sendo chato agora, doutor Jude? — falei enquanto me levantava. Me encostei na mesa, em sua frente, cruzando os braços.

— eu fui chato? — perguntou ainda relaxado em seu estofado.

— eu fiz uma pergunta e você me respondi com um " essa eu já respondi" — fiz aspas com as mãos — é pra eu virar adivinha agora?

— não — riu e se levantou parando bem em minha frente.

Não sou muito baixinha, 1,65, mas ao lado dele ou melhor em frente dele como agora, eu me sinto anã.

— não é que você tenha que virar uma adivinha, é só procurar um pouquinho aí na sua memória.

E eu já não fiz isso? Eu simplesmente não sei porque ele disse aquilo, eu não lembro de o ter perguntado algo de gênero em momento algum.

— isso não vale, Jude — olhei pra cima, sim pra olhar pra ele eu tenho que olhar pra cima.

— deixa de ser curiosa e ansiosa — colocou suas mãos na mesa. Uma em cada lado do meu corpo, o que o fez ficar muito próximo de mim.

— mas se você quiser eu posso te dar uma outra resposta — encarou meus olhos serio.

— ai é? — o encarei de volta. — qual?

Ele simplesmente ignorou minhas falas e começou a beijar e cheirar meu pescoço.

— vira — ele mandou e eu franzi o cenho. — Thaís. — o tom de voz dele me causou uns arrepios e eu simplesmente virei. Foi como se tivesse sido automático.

Ele tirou  meu jaleco e jogou sei lá onde.

— o que você vai fazer? — me ouvi perguntar.

— você só trata de ficar quieta.

Ele puxou meu cabelo me fazendo encostar minha cabeça em seu peitoral.

Voltou a espalhar beijos pelo meu pescoço enquanto sua outra mão subia por minha barriga até chegar ao meu seio esquerdo, onde ele apertou me fazendo arfar.

Ele desabotoou todos os botões de minha camisa social, mordeu o lóbulo da minha orelha e me virou de maneira brusca, o que me fez dar um gemido baixo.

— eu falei sem barulho — repreendeu — um piu e eu paro, entendido? — assinto com a cabeça — responde.

— sim — falei num sussurro.

Uma mão foi de encontro ao meu pescoço apertando e me causando uma falta de ar gostosa.

Seus beijos trilharam um caminho de meu pescoço ao meu peito, onde ele mesmo tirou meu sutiã, os deixando em pé à sua frente.

Ele agachou e os sugou, me olhando nos olhos, nesta parte aqui eu tive que colocar minha mão em minha boca pra não gemer.

Ele desceu até ficar totalmente ajoelhado em minha frente, subiu a saia que eu usava até a cintura, colocou minha perna direita em seu ombro, afastou minha calcinha e o fez.

Minha mão disponível foi à sua cabeça enquanto eu jogava a minha pra trás. Sua língua circulava meu clitóris enquanto me sugava.

— Jude...— falei baixinho sentir tudo que ele me proporcionava.

— Jude...

Os movimentos não paravam e me levavam ao delírio.

— Thaís — ouvi meu nome do outro lado da porta e Jude me olhou.

— não para — falei pra ele que continuou.

— Thaís — outra vez.

— HOOOUUU.

Abri meus olhos e dei de cara com o Lewis.

Puta que pariu, eu tive um sonho erótico com o Jude Bellingham!

— o sonho tava bom aí, né? — meu irmão falou e pareceu debochado. — Jude...não para — falou afinando a voz e depois deu uma risada.

Basicamente, tudo isto nunca aconteceu. Ontem depois daquela resposta que ele me deu, a sessão continuou de forma normal? Não, com essa coisa que vem acontecendo connosco, mas nada de tudo isto aconteceu.

— seu idiota — levantei da cama e senti um enorme desconforto entre as pernas.

— você tava sonhando com o vizinho de cima né? — perguntou se sentando na minha cama.

— desde quando você quer saber dos meus sonhos?

— desde que eu te encontrei tendo um erótico. — riu.

— como você me irrita Lewis — ele se acabou de rir.

— vai se arrumar, que o teu sonho te atrasou.

Mandei o dedo do meio pra ele que saiu do meu quarto.

Fiz um banho rápido, me vesti e já fui ter com o Lewis.

— já podemos ir ou...você ainda tá se recuperando?

— dá pra parar? — fui fazendo uma pequena sandes — parece até que nunca te aconteceu, eu hein.

— já me aconteceu, sim....só que eu não me lembro de além de sonhar ainda falar alto.

— Ahh, sei — me sentei pra comer, não sei se foi pelo sonho mas até acordei com fome.

— mas você tá mesmo afim dele ou...

— eu não sei Lewis, eu juro que eu não sei.

— foi só assim do nada?

— não é que eu esteja afim dele é só que...— dei uma pausa — ele me irrita e ao mesmo tempo...— suspirei — eu não sei o que acontece.

— aí tem coisa.

— nem sei porque eu tô falando disso contigo. — levantei da mesa — vamos.

— a gente atrasou por tua culpa.

— foi culpa do Jude. — falei e nós rimos.

Fomos e já pedimos o elevador.

Quando chegou eu quis cair de trás.

Jude já estava lá, impecável e insuportável como sempre e eu vi Lewis segurar uma risada.

— bom dia — ele cumprimentou.

— ótimo dia — Lewis falou todo debochado e eu revirrei os olhos.

— você ta bem? — Jude perguntou olhando pra mim.

— tô — o olhei — tô ótima, melhor impossível.

— o que uma boa noite de sono não faz, né? — meu irmão perguntou lá de trás todo debochadinho e eu quis matar ele.

— é — O bonitinho falou — tá indo pro CT?

— tô, contra minha vontade, mas tô.

— quer carona? — ele perguntou e eu acho que Lewis vai ter um enfarte lá atrás de tanto segurar uma risada.

Realmente, não tem nada ruim que não possa piorar.

— não, não pre...precisa — caralho, eu gaguejei? — o Lewis vai me levar.

— é sabe como é minha princesa, é que com aquele incidente mais cedo eu tô atrasado e como vocês vão pro mesmo lugar mesmo...não vejo nenhum problema.

— é — o jovem ao meu lado concordou.

Meu Deus o que tá acontecendo? Porque eu?

O elevador abriu e nós saímos.

— Lewis — olhei pra ele suplicando.

— vocês vão pro mesmo sítio, não tem problema e a gente ia de taxi porque o meu carro ainda esta no conserto. — eu o olhei quase chorando — aproveita e realiza seu sonho — sussurrou em meu ouvido e saiu dando uma risada fraca.

— vamos? — Jude perguntou.

Seja o que Deus quiser.

Meta pra o próximo capítulo:
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