Thaís
Finalmente a minha sexta feira chegou!
Uma semana de trabalho, até então tudo andando, já consegui ter pelo menos uma conversa com todos os jogadores do plantel do Borússia, o que é bom.
Hoje eu já terminei tudo que tinha por aqui, agora eu quero chegar em casa, tomar um banho, uma cervejinha, porque eu mereço e dormir. Pois é, tomar uma cervejinha pra depois dormir! É assim que é a vida.
Tava saindo do CT quando ouvi alguém me chamar.
— aí, doutora? — nem preciso olhar pra saber que é o Halaand.
— o que é, Halaand?
— hiii...fica calma dotorzinha — parou do meu lado e passou sei braço pelo meu ombro. Vê se pode!
Em nossa frente, tava o Jude e o Sancho.
— o que você quer jogador? — perguntei sem dar muita importância.
— ta sabendo que vai ter jogo dos brabo aqui, hoje ne? — perguntou.
— sei, e o que eu tenho haver com isso?
— sei lá, você podia ir assistir nosso jogo e depois vamo pro after party que vai ter lá no apê do Jude — olhei pro Jude.
— Ahh, então as festas depois dos jogos são no seu apê, Jude? — Cruzei os braços e levantei uma sombra.
Deu de ombros — fazer o que se eles gostam mais do meu? — cruzou os braços também!
— nossa, muito bom mesmo — desta vez foi Sancho que se pronunciou — o som de lá é incrível.
— você jura, Sancho? — ele assentiu.
— mas os vizinhos devem sofrer com isso, você não acha? — olhei pro Jude que deu uma risada, muito gostosa.
— você acha?
— acho, vocês deviam pensar nisso também.
— virou defensora dos vizinhos dos festeiros, Thaís? — perguntou me olhando.
— sabe que sim? É que eu falo por experiência própria, sabe? — o encarei e ele sustentou seu olhar, que não me passava nada mais que cafajestajem, se é que isso existe. Ele me deixava muito desconfortável me olhando, era como se soubesse que consegue me deixar com os pelos eriçados.
Halaand parece ter percebido que o clima mudou e deu uma falsa tosse.
— então, você vem? — Sancho perguntou.
— não sei, vou pensar no seu caso — falei e sai andando.
(...)
Tava entrando no meu prédio e vi a Haonna.
— oi — ela me cumprimentou.
Desde o "incidente" que a gente tem se falado muito, o mais perto que eu tenho de uma amiga. Incluindo o facto dela e o meu irmão estarem....digamos que próximos.
— e aí? — dei um toque nela — ta vindo de onde?
— faculdade, tinha umas coisinhas sobre minha monografia que eu precisava resolver.
Ela tava se formando em Medicina e já ta na recta final.
Entramos juntas no elevador e ela discou o numero, já fui me preparando psicologicamente.
— vamos — falou assim que o elevador parou no seu andar.
— mas meu apê é no decimo quarto — falei rindo.
Dei por mim e meu braço já tava sendo puxado por ela.
— não quero ficar sozinha — ela abriu sua porta e nós entramos juntas. — qual é? Hoje é sexta.
— e??
— e?? Eu queria ta numa festa, me acabando de beber, dançando e sei lá, estar com pessoas sacou?? — me sentei no seu sofá enquanto ela tirava sua roupa. Aqui mesmo. No meio da sala.
— me convidaram pra uma.
— ONDE? — ela gritou só de sutiã e calcinha, que cena engraçada!
— no apê da sua "boa pessoa" — fiz aspas com as mãos — Jude, mas eu não confirmei nada.
— confirma então, eu posso ir com você? — sentou do meu lado.
— se você quiser pode ir... — ela saltou e deu palminhas.
— o que eu vou vestir? Ai... — deu voltas pela sala e eu RI.
— você nem deixou eu terminar — levantei também — você pode ir, mas eu não vou.
— QUÊ? COMO assim você não vai?
— simples assim, eu não vou — fui em direção à porta — vista algo lindo e confortável, boa festa pra você.
Abri a porta pra sair mas antes eu ouvi de lá dentro.
— VOCÊ VAI... nem que eu tenha que te levar pelos cabelos.
Fechei a porta e fui dando gargalhadas até chegar ao elevador e depois ir para o meu apartamento.
(...)
Sentada no sofá, ouço a campainha tocar.
— LEWIS — chamo pelo meu irmão que esta no quarto.
A campainha não para de tocar.
— mano, a porta...
— como você é folgada menina — meu irmão me deu um tapinha na minha cabeça e eu ri ainda concentrada no meu celular.
Lewis abriu a porta e eu só ouvi em um tom ameaçador...:
— cadê aquela coisa que você chama de irmã?
Continua...
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Vizinhos de Trabalho
Random- acho bom - olhei pra ele - vamos estabelecer regras - vi um sorriso sem dentes surgir dele - eu sou sua terapeuta, eu pergunto você responde, simples assim....pode ser? - claro, bonita - passou a mão na boca como se escondesse um sorriso - quis di...